𝐂apítulo 52.

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Pov Daven Smith.

— Vamos lá bonequinha, me conte sobre eles! - falo pela milésima vez, vendo a garota a minha frente negar várias vezes.

Suspiro e saio dali, indo até meu filho, que estava observando.

— Já era para ela estar morta, não? A garota perdeu muito sangue, nem viva deveria estar mais.

— Lucas, calado! Logo, logo ela morre. Gabrielly vai se sentir culpada e botar a culpa no Beauchamp, que não vai querer ajudá-la. - sorri.

— Você tem que parar com essa obsessão de pegar todas as garotas que Beauchamp pega, porque não o deixa em paz?

— Porque eu quero ver ele desistindo, você não entende? Eu quero ver ele morrendo em minhas mãos, que nem fez com a minha filha, que é a sua irmã! - apertei minha mão com força, e a solto levemente, como se sentisse o sangue dele escorrendo por ali.

— Ela não está morta, muito pelo contrário, ela está muito bem viva. E você sabe disso! Está esperando o momento certo para usá-la novamente.

O vejo tirar uma caixa de cigarro do bolso, pegando um e o levando até a sua boca, tragando e soltando o ar.

— Espertinho você Lucas, e sabe qual é o momento certo? - tirei o cigarro de sua boca com força, chamando um capacho meu e entregando a ele. Apontei com o dedo para a garota que estava sentada na cadeira chorando, ele logo entendeu e foi até lá.

— Quando os dois estiverem apaixonados, e não vai demorar muito. A garota é a cara da Emilly, só muda algumas coisas.

— Imagina o quão arrasada Gabrielly vai ficar se descobrir que estava somente tampando um buraco na vida dele. - ri sendo acompanhado por Lucas. - Tadinha!

— Não tem problema, eu faço ela esquecer rapidinho.

Ri mais alto, começando a tossir sem parar.

— Tá, qual foi a graça? - me olha com tédio.

— Meu filho, logo você fazer ela esquecer?

— Sim, ela nunca vai saber quem sou eu.

— Tá bom, vou deixar você descobrir sozinho. - sai de lá rindo.

Vou até a ruiva, que agora estava gritando por ter sua pele queimada pela ponta do cigarro. Me abaixo a sua frente, vendo ela se contorcer de dor.

— Garota você não morre não?

— Não quero... dar esse sabor... a você! - ela fala, soluçando e com a sua voz fraca.

— Pois então que fique ai. - me levantei e fui até um freezer pequeno que tinha ali, peguei uma cerveja e comecei a tomá-la. - Sabe, eu acho que a sua amiga quer ver você morta. Ela não veio até agora e você já está aqui a um bom tempo.

Pego uma cadeira e me sento de frente para ela, o prazer que sentia ao ver pessoas machucadas era muito forte. Me sentia a pessoa mais incrível fazendo isso.

— Esperar. É isso que preciso fazer! - ela resmunga de dor, peço para o meu homem que estava ali parar.

— Se esperar mais morre. - comecei a rir.

Lean On Me !¡ BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora