Plenitude/Sinopse
Londres, Inglaterra
04:37 AMLondres é uma cidade mágica, onde o inevitável acontece e tudo é possível. Uma cidade histórica com cultura, personagens e pontos turísticos marcantes. É considerada uma das cidades mais seguras do mundo inteiro, mas não podemos nos esquecer das suas controvérsias que não chegam aos olhos dos turistas, as ações escondidas, e os problemas sem soluções.
O não descoberto e o temeroso, o sombrio e o impagável, a triste história rotineira que não deve ser jogada no ar.
Entre os leitores ansiosos, as mentes incansáveis, os possuidores da insônia temerosa, os sonhadores melancólicos e os sonâmbulos inquietáveis, duas almas se esgueiravam através da escuridão em busca do nada — e do tudo.
O vestido vermelho era puxado para cima.
O vestido verde sucumbiu.
Cinco horas da manhã é muito cedo para já estar de pé.
Malchin estava acostumado, é claro. O trabalho dele exigia isso. Mas algumas rotinas não se facilitam com o passar do tempo. Para o perito, na verdade, estava ficando cada dia mais complicado.
— Você vai morrer com suas veias entupidas. — disse Jayong ao franzir o nariz, com repulsa e nojo.
— E você vai morrer sem ter o prazer de comer uma boa rosquinha. — o mais alto refutou com a boca ainda cheia de farelos.
A Jung permitiu-se apenas comprimir os lábios e balançar a cabeça. Nunca fora de alimentar uma discussão, não seria hoje que isso mudaria.
Fez uma última curva com o carro, virando à esquerda e chegando ao seu destino tão familiar, mas que nunca a deixava suficientemente confortável.
Não admitiria tão cedo, graças ao seu pequeno, porém existente, poço de orgulho, que aceitou o pedido de Malchin de parar na loja de doces apenas para atrasar um pouco mais a ida ao necrotério.
Era, de longe, a parte que ela menos gostava do seu trabalho.
— Bom dia, Doutora Lee. — cordial e falsamente elegante, In cumprimentou, passando pelas portas de vidro blindado.
— Espero que seja. — ela suspirou.
— O que tem para nós? — Jayong entrou na sala com passos ágeis e buscando ir direto ao assunto.
A perita gostava de coisas rápidas, e, no momento, mais ainda. Estava extremamente receosa e temia pela vida dos alunos daquela escola. Tinha consciência de que precisava acabar com uma guerra antes mesmo de ela começar, metaforicamente.
A legista meneou a cabeça para o lado enquanto apontava para o corpo da garota que teve a vida injustamente tirada. Esperou os colegas se aproximarem e puxou o pano esbranquiçado até o colo, expondo palidez e ferimentos na garganta.
Doutora Lee Zoe era extremamente centrada.
E disso, ninguém poderia discordar.
— A causa da morte foi o garfo perto da jugular. — Lee apontou, com as mãos enluvadas, para os furos no pescoço da vítima. — Não penetrou muito fundo, mas foi o suficiente para tirar a vida da menina. Pobre coitada.
Zoe lamentou, levantando as sobrancelhas, antes de continuar.
— Ela também bateu a parte de trás da cabeça com força, creio que antes de morrer. E tem marcas de enforcamento. — tirou mechas do cabelo da frente da garganta feminina para deixar as lesões mais visíveis. — Contudo, não achei nenhuma digital.
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Lírio Oculto
Hayran KurguAlguns problemas são passageiros, fáceis de resolver e não perturbam nossa mente por muito tempo. Outros se prendem à alma e são levados até o túmulo. Ou, nos levam até o túmulo. Segredos e medos funcionam da mesma maneira. E há quem diga que segre...