Ajeito meu corpo na cama macia tentando encontrar uma posição confortável. A cada movimento que eu dou, parece que estou enfiando uma faca no meu quadril, não posso nem sorrir que meu rosto arde todo, resumindo... estou uma merda.
Escuto um suspiro baixo vindo da porta e viro-me devagar para ver quem está presente.
— Hey... — assim que vejo quem é, tento sorrir, porém acho que não funcionou pela sua careta. — Vem cá.
Depois de mais um suspiro, ele caminha lentamente em minha direção.
— Não gosto de te ver assim. — Stefan abaixa o olhar se sentindo culpado. — Ainda mais por saber que a culpa é minha.
— Eu já te disse que não é culpa sua. — levo minha mão até a sua fazendo um carinho. Ele levanta o olhar me encarando e eu me ajeito novamente para ter espaço o incentivando a deitar-se comigo, assim ele faz.
Sua cabeça se encontra no meu peito e começo a fazer carinho em seus cabelos macios.
— Não tem que se sentir culpado... — sussurro baixinho. — Essas coisas acontecem, poderia ter acontecido com qualquer um.
— É, mas aconteceu com você! — rebate manhoso. — E porquê está comigo.
— Então eu tenho pena da Elena. — solto um riso para descontrair e ele me olha confuso. — Se eu estou assim por estar com você, o que sobra pra Elena que está com Damon?
Ele pensa um pouco e logo caímos na risada.
— Não quero que se machuque por minha causa. — ele suspira mais uma vez e eu reviro os olhos.
— Se eu não estivesse com você, estaria do mesmo jeito. — reclamo bufando e ele me olha duvidoso. — Meu amor, não sei se percebeu nesses últimos oito meses de convivência, mas seu irmão é meu melhor amigo! Eu fui sequestrada para atingir os dois, se eu não estivesse com você, de qualquer maneira iria atingi-lo e ainda teria outra pessoa sequestrada comigo para te atingir.
— Tem razão. — bufa descontente. — Não gosto de te ver assim, e é teimosa demais para aceitar meu sangue, você iria se curar rápido!
— Já conversamos sobre isso. — continuo fazendo carinho em seus cabelos. — Nada de sangue.
— Tá bom. — resmunga igual uma criança birrenta.
— Por que não vai fazer algo para eu comer, hum? — proponho brincalhona e ele concorda se levantando.
— Se precisar de alguma coisa, não hesite em gritar o meu nome. — Stefan diz preocupado.
— Acho que você não ouviria. — falo risonha.
— Tenho certeza que sim. — fala dando aquele sorriso perfeito que eu tanto amo e sai andando.
— Stefan! — grito com falso desespero e vejo ele aparecer em velocidade sobrenatural preocupado, logo vem minha direção.
— O que foi? Aconteceu algo? — pergunta afobado em completo desespero. É tão fofo!
— Nada não. — dou de ombros segurando o riso. — Era só pra testar mesmo.
Solto a risada presa vendo sua feição brava, ele logo se vira para sair do quarto emburrado.
— Você sabe que eu te amo! — grito ainda rindo quando ele já está fora do quarto.