BrunaWayne espero que goste ❤️
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A raiva incontrolável que Peter sentia no momento não podia ser explicada em palavras, o sentimento dentro do peito era tão forte que fazia sentir-se com falta de ar. A adrenalina o ajudava a pular pelo prédios com mais agilidade e rapidez do que o costume. Depois da descoberta feita a minutos atrás, o ódio guardado em seu coração de anos atrás tinham retornado o triplo pior, a sede de vingança mais forte. Tudo que se passava por sua cabeça era fazê-lo pagar. Peter prometeu a si mesmo que faria ele pagar.
S/n sorria gentilmente para uma senhora que acabará de passar por ela. O vento da noite fria bate em seus braços desnudos fazendo-os arrepiarem, a garota se amaldiçoou internamente por ter esquecido o casaco, porém não via Peter a tarde inteira e estava com saudades do garoto, tanto que decidiu fazer uma surpresa indo visitá-lo, o horário não importava para tal, eram amigos a tanto tempo que se acostumaram a se visitarem qualquer que fosse a hora. Distraidamente, ela observava as estrelas brilhantes no céu, era apaixonada por tudo que envolvia astronomia. A forma como grandes esferas de plasma brilhavam a deixava encantada, maravilhada em como a natureza é algo lindo, pena que quase ninguém a valorizava de forma correta. A risada da garota preencheu o silêncio da rua em que andava assim que a mesma tropeça em uma deformidade da calçada, não era novidade para ninguém que se distraía bastante em momentos inoportunos.
Assim que avista a casa de seu melhor amigo, um sorriso brota em seu rosto angelical. Não demora muito para estar abrindo a porta com a sua chave, depois de anos de amizade, ambos haviam decidido que teriam chaves de suas respectivas casas caso houvesse algum imprevisto ou emergência, e na visão de S/n, era uma emergência. A saudade era uma emergência gravíssima para a garota.
— Tia May? — a voz doce ecoa pela sala, porém não obtendo respostas, logo sorri imaginando que a mais velha esteja em um dos seus encontros. Decidida a encontrar Peter, sobe as escadas em direção ao quarto do garoto. — Peter? Você está aí?
O silêncio a faz franzir a testa confusa, de manhã o garoto disse que não ia sair de casa pois precisava fazer alguns exercícios atrasados, ele teria saído? Será um encontro com alguma garota e não queria contar-lhe? Os pensamentos de S/n foram contatos por um soluço baixo, mas que a faz entrar em alerta.
— Peter, o qu- Oh meu Deus! — com passos rápidos, a garota já se encontrava dentro do quarto do melhor amigo, porém a cena que via a sua frente fez seu coração partir-se em pedaços e o desespero crescer dentro de seu peito assim que notou o sangue nas mãos do garoto. — O que aconteceu?!
Um grito estrangulado, porém baixo saiu de sua garganta, a situação que o garoto se encontrava era deplorável e fez seu desespero aumentar gradativamente. Peter estava sentado no chão de seu quarto, com as costas apoiadas na parede e seus braços entorno de suas pernas. As vezes ele olhava para suas mãos cheias de tremedeiras e sangue fazendo seu choro piorar. S/n sai de seu transe correndo em direção ao seu melhor amigo, de joelhos em frente a ele, ela não sabe o que fazer para ajudá-lo, entretanto faria o possível.
— Ei... Peter... — com a voz suave, o chamou calmamente para não assustá-lo, pois o garoto parecia distante em um torpor sem fim e qualquer movimento brusco poderia acarretar uma crise. — Olha pra mim...
Lentamente, com as mãos trêmulas, segurou o queixo do garoto com delicadeza e levantou-o para que pudesse encará-la. Esse pequeno ato pareceu acordá-lo de si, como se estivesse voltado para o mundo real somente com o toque dos seus dedos gelados e seus olhos c/s/o.
— S/n...? — sua voz fraca e rouca foi ouvida pela garota. Essa que sorriu fracamente para tranquilizá-lo, e estava funcionando, porém tudo foi por água quando Peter olhou para suas mãos cheias de sangue seco novamente, seus olhos castanhos se encheram de lágrimas novamente e os soluços voltaram em uma intensidade maior fazendo S/n se desesperar ainda mais. — E-eu... Eu fiz u-uma coisa horrível... E-u não q-queria... Eu j-juro... Por favor acredita em mim! P-por favor...
— Eu acredito em você! Eu acredito! Agora eu preciso que se acalme... — S/n pede o instruindo a respirar fundo diversas vezes e pareceu funcionar. — Vai ficar tudo bem.
Entretanto, esse frase foi o gatilho para Peter entrar em crise novamente.
— Não! Não vai ficar tudo bem! Eu matei uma pessoa! Uma pessoa! Estava tudo bem, até eu descobrir quem matou o tio Ben... Eu não podia deixá-lo impune pelo o que fez! Mas eu não queria matá-lo... Eu juro! — grita angustiado, S/n arregala os olhos incrédula pela confissão do amigo, mas ainda sim tenta acalmá-lo. — Me desculpa, e-eu... Por favor, me ajuda...
S/n sem saber o que fazer, apenas opta por uma opção. Puxá-lo para um abraço apertado.
— Shii... — a garota afagava os cabelos castanhos de Peter carinhosamente, esse que chorava em seu colo como uma criança. — Vai ficar tudo bem, estou aqui... Vamos dar um jeito nisso.
Depois de alguns minutos de lágrimas constantes vindas de Peter e algumas de S/n, o garoto finalmente tinha se acalmado. A blusa de S/n estava encharcada de lágrimas, porém não se importou nem um pouco. Com cuidado, se separou do garoto.
— Espere um pouco aqui. — com uma afirmação de cabeça de Peter, S/n rapidamente se levantou e foi em direção ao banheiro, pegou uma toalha e a molhou. Com a toalha em mãos, voltou para sua posição anterior, delicadamente pegou uma das mãos do garoto e a limpou calmamente tirando todos os resquícios de sangue, logo repetiu o processo com a outra mão. Depois de se livrar da toalha manchada de sangue, ajudou-o a levantar-se. — Troca de roupa, consegue?
Peter fez que sim com a cabeça e foi para o banheiro, enquanto isso S/n pegou rapidamente dois edredons e alguns travesseiros, foi em direção a sacada e forrou o chão com um dos edredons e colocou o outro por cima para cobri-los, espalhou os travesseiros e logo avistou Peter a olhando confuso, porém sem contradizer nada. S/n sentou-se na cama improvisada e tirou os sapatos, logo o chamando com a mão. Peter já de roupa trocada, foi até a garota sem contestar, sentia-se destruído por dentro, a vingança que antes queria, o ódio que antes sentia, agora se transformará em amargura, arrependimento... se sentia um monstro.
Os dois já deitados sobre o edredom e cobertos pelo outro, observavam o céu. A cabeça do garoto estava apoiada no peito de S/n, essa fazia carinho em seus cabelos.
— Está vendo aquela constelação? É a minha preferida, Draco. — a garota sorri tentando o distrair com a sua paixão, as estrelas.
— Me desculpe por ter gritado. — ele sussurra depois um tempo em silêncio. Sentia-se bastante culpado pelo comportamento anterior, a garota só queria ajudá-lo.
— Shi... Está tudo bem.
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se quiserem algum, me mandem mensagem, bjss.