prólogue

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Autora

Califórnia 7:15 a.m


Após confirmar que estava sozinha no pequeno cômodo, a garota fechou os olhos e apurou os sentidos, tudo que ouvia era apenas o som de um dia rotineiro na Califórnia, e apesar de ser um dia ensolarado, o clima naquela casa não estava nada bom, ao menos, não relaxado como sempre era.

Sentia o cheiro de café fresco, torradas, ovos e tudo que era comum nas manhãs da família Hale-Campbell, mas estava quieto, muito quieto, não ouvia sua mãe cantarolando, nem seu pai jogando charminho pra esposa, ou então "reclamando" com seus pequenos e rápido animais, furões. Nem mesmo escutava a respiração ofegante de Apolo e sua coleira que fazia pequenos barulhos pela plaquinha de metal no acessório.

E então, tudo começou.

Em questão de segundos Violet estava desviando de um golpe e saindo de perto da parede pra não ficar encurralada, ao olhar para frente viu o homem de cabelo amarronzado, olhos claros em um tom castanho, alto e musculoso, ele era forte, Mas Violet era rápida.

A garota agiu rapidamente ao desviar do primeiro golpe e socar um canto específico do abdômen, que mesmo sem força, era capaz de afetar o oponente. Enquanto levantava seu tronco, foi ligeira em tentar desferir um chute na altura da cabeça alheia, golpe que for rapidamente bloqueado, a jovem sentiu seu pé ser agarrado e então não estava mas com os dois pés firmes no chão, mas contornou a situação dando um giro e com o outro pé acertando as costelas do homem - mais uma vez não de uma maneira forte, apenas para que escapasse - que a soltou direto e recuou um pouco, e Violet logo "caiu" com as mãos no chão, conseguindo dar um impulso e voltar em uma cambalhota.

O som da luta era o único som no ambiente, as respirações meio ofegantes e os corpos batendo nas paredes ou nos moveis. Assim que a garota se colocou em pé novamente em direção a quem lhe atacava, ouviu um novo som, lâmina, e então viu uma ponta de metal afiada entre seus olhos.

– E morreu – o homem falou em um bom som, com uma de suas sobrancelhas arqueadas, demonstrava sua confusão em Violet ter perdido tão rapidamente.

– pai, eu literalmente acabei de acordar! Hoje é dia de mudança, não pensei que teria treinamento! – se explicou com uma carinha triste.

– Você acha que se alguém quiser lhe fazer mal vai simplesmente fazer em outro momento por ser um dia especial pra você, pequena vênus? – o homem lhe perguntou com certo divertimento na voz e obteve como resposta um "não, velhote" bem humorado, e logo, a garota de cabelo curto e dourado, saiu em disparada pela casa com Ethan a perseguindo.

– crianças, venham tomar café! Hoje será um dia cheio. – Ditou Dina da cozinha para seus dois maiores amores, seu marido e filha.

Esse foi o primeiro dia em que Dinah não chamou por seus dois filhos, ela finalmente entendera que um não viria mais.

vermelho azul, Amarelo sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora