Capítulo dezessete

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Quem é vivo sempre aparece, boa leitura (;

Sexta-feira.

Residência Hale-Campbell 06:15 A.M.

Violet descia lentamente cada degrau da escada, meio sonolenta, com os olhos ainda tentando se acostumar com a claridade do ambiente.

Era possível sentir o cheiro de café no ar, além das vozes consideravelmente baixas vindas da cozinha. Quando a garota entrou no local, viu a cena familiar de muitas manhãs, com Ethan e Dinah tomando café da manhã juntos, lado a lado, conversando com sorrisos no rosto.

– Bom – a fala de Violet foi interrompida por um bocejo da mesma – diaaa – acabou prolongando a última letra, mas sorriu docemente para os pais assim que seu olhar caiu sobre eles.

– Bom dia, querida – ambos disseram, devolvendo o sorriso para a mesma.

– acho que você vai precisar por mais gelo nisso aí, pequena vênus – o homem disse se referindo a mancha arroxeada no maxilar, ainda um tanto inchado, da garota.

Violet riu de leve, mas concordou com o pai, então logo foi até o freezer e pegou uma bolsa de gel congelada, a enrolou em um pano e levou até o local. Ainda em silêncio seguiu em direção a mesa e puxou uma cadeira ao lado de Dinah.

A mais nova não os olhou com o ato, ainda estava sonolenta, mas o casal se entreolhou, não havia nada estranho na situação, estavam habituados com tudo, inclusive com Violet cheia de hematomas, mas conhecem a própria filha, sabem que sempre tem algo por trás.

Ethan pigarreou, coçando a garganta, e Dinah suspirou, limpando as mãos em um guardanapo.

– ah meu bebê – a loira mais velha falou docemente, pronta para acolher sua "criança" em seus braços. Como toda mãe, não gosta nada de Violet lutando ou causando quaisquer riscos a si mesma por achar que esse é a melhor forma de se expressar, então abraçou a filha, levando uma de suas mãos até a cabeça e puxando para o seu peito, deixando a cabeça em cima da de Violet.

– ãn... mãe, eu estou bem – apesar da fala, a garota não tentou se desvincular do abraço da mãe, até riu um pouco, devolvendo o abraço com o braço livre.

– Te conheço há dezoito anos Violet, não tente fingir que não tem nada acontecendo nessa sua cabecinha, não para a sua própria mãe – Dinah pareceu apertar mais ainda a filha no abraço, como com medo de que ela escapasse.

A mais nova suspirou.

– Não é nada demais mamãe, são apenas problemas de adolescentes – mesmo que não vissem, havia um mínimo sorriso em seus lábios, tentando confortar a mais velha.

– Eu espero que esses problemas não envolva nenhum rapaz – Ethan se pronunciou logo em seguida, em um tom humorístico, mas Violet não o respondeu, apenas riu levemente e antes que o homem pudesse continuar a brincadeira, Dinah riu, não um riso frouxo, uma risada verdadeira.

– Bem, se for um garoto, espero que valha a pena você estar quebrando tanto a cabeça – Dinah falou sorrindo, soltando a mais nova do abraço, mas logo em seguida levou uma de suas mãos até o rosto de Violet e o virou para ela, olhando diretamente em seus olhos.

– não, não é por um garo- bem... não é por um garoto, é-

– por mais de um?! – o homem falou um tanto incrédulo, arrancando outro riso de Violet.

– não, meu deus, não! – a mais nova desviou o olhar de sua mãe para seu pai e continuou – é em relação a mim mesma ok? Só... está tudo confuso com a mudança e a readaptação a forks, só isso – Ethan suspirou, parecendo aliviado.

vermelho azul, Amarelo sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora