Isso Tem Que Acabar

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Eu não conseguia mais ouvir o homem. Ele sumiu.
Em meio aos meus pensamentos confusos e paranóicos, eu tentava achar alguma solução plausível.
Minhas conclusões eram.

1. Eu - por algum motivo - me tronei uma legilimente.

2. Havia um homem chamado Chester atrás de mim e entrando na minha cabeça.

3. Alguém me queria para ter poder.

4. Malfoy não iria sair do meu pé tão cedo.

Essas eram as coisas que eu teria de pensar e comentar com Sirius - pelo menos três delas. Sirius com certeza falaria alguma coisa se eu menciona-se que Draco Malfoy, filho de sua prima Narcisa, está obcecado por mim.
Mas acredito que Dobby iria mencionar algo para Sirius já que o elfo viu o garoto ao meu lado.
Notícias correm soltas.

A enfermaria ficou mais iluminada. Estava amanhecendo. Queria ver Ron para ver como ele estava, mas teria de esperar a madame Pomfrey, se não eu levaria detenção por sair da enfermaria sem sua permissão.

Minha ansiedade estava me matando. Eu precisava sair dali.
O peso em minhas costas diminuiu quando vi madame Pomfrey entrar pela porta escura. Quando me viu sentada na cama ela se espantou.

- Enfim acordou, como você está, senhorita Clifford? - perguntou chegando mais perto.

Ela passou a mão por meu rosto e me examinava.

- Melhor, eu acho... o que aconteceu?

- O senhor Weasley apareceu com você nos braços, estava desacordada. Quando ele te colocou na cama e eu fui checar sua temperatura, você estava muito gelada. Eu te examinei e pensei que acordaria depois de algumas poucas horas, porém você acordou dois dias depois.

Eu não me lembro de ter visto algo parecido em todos esses anos, a voz dos pensamentos da mulher era de espanto.

- Entendi, será que a senhora poderia me liberar?

- Bom, vejo que não há mais nenhuma complicação com você que vá piorar, então acho que sim. Porém, vou fazer um tônico para que você não sinta tanta tontura.

Essa menina ainda vai voltar aqui, eu tenho certeza.

Madame Pomfrey foi até um de seus armários perto da porta e pegou alguns frascos os colocando em um copo, um por um. O líquido ficou amarelo.
Com seus passos ligeiros, ela ficou ao meu lado e me estendeu o copo. Agradeci e bebi o líquido, era amargo, muito amargo.

- Eca. - devolvi o copo fazendo cara feia.

- Ora, essas crianças acham que todo tônico tem gosto de frutas. Se acostume querida, esse não vai ser o primeiro tônico ruim que você irá tomar. Agora pode ir, suas roupas e seus livros estão na caixa embaixo da cama.

Ainda de cara feia, tirei a coberta de cima de mim e coloquei meus pés no chão. Um arrepio percorreu meu corpo e senti meus pés formigarem.
Hoje o dia parecia estar mais quente. Provavelmente na caixa não teria a minha saia já que no dia do meu desmaio eu estava de calça. Peguei a caixa, coloquei na cama e a abri. É, minha saia devia estar no dormitório.
Peguei minhas roupas e fui para trás de algumas cortinas no fundo da enfermaria. Troquei de roupa e sai de trás das cortinas.

- Se precisar de alguma coisa é só voltar aqui. - disse a madame.

- Claro madame Pomfrey, obrigada.

- Disponha querida.

Ela com certeza vai voltar. O estado dela parecia grave.

Ok... eu não estou me acostumando com esse negócio de saber o que as pessoas pensam.
Sai da enfermaria. Queria saber mais sobre a legilimência. Sabia quem poderia - talvez - me ajudar... o professor Snape.

Mad World; Draco Malfoy +18Onde histórias criam vida. Descubra agora