Tudo Está Fazendo Sentido

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É bom me "afastar" um pouco do mundo bruxo. É sempre muita pressão, não que a vida trouxa seja muito diferente, mas saber que tem pessoas "normais" andando com você pelas ruas é mais reconfortante.
Convenhamos, o mundo bruxo é um pouco louco.
Saber que você está em um mundo onde não vai tropeçar com criaturas mágicas que ao olhar dos trouxas é fictícia, me deixa um pouco mais aliviada.
Eu gostava do mundo bruxo, mas havia loucuras demais.

Estar na casa dos Black era aconchegante. Ter Sirius como companhia era melhor ainda.
Sirius com seu grande sorriso, andou rapidamente até Lupin e o abraçou batendo em suas costas.

- Lupin, meu grande amigo, como você está?

- Estou bem, Sirius. É bom vê-lo outra vez.

Sirius soltou Lupin e me olhou com mais ânimo.

- Minha grande menina. Venha aqui.

Era impossível não se contagiar com a alegria do homem. Sorri para ele. De braços abertos, ele se aproximou e me abraçou tirando meus pés do chão.

- Puxa, como você cresceu. Está muito bonita. Os meninos devem estar ficando doidos.

- Em questão só um. - resmungou Lupin sério.

- Ah é mesmo? E quem é o rapaz, hm?

- Draco Malfoy. - disse Lupin meio seco.

Sirius pareceu congelar. Ele também ficou sério.

- Malfoy? Ah esse garoto. Agora estou vendo o motivo de Lupin ter ficado tão sério quando toquei no assunto.

- Lupin! - chamei sua atenção. - Combinamos de não tocar nesse assunto.

- Lupin fez certo, querida. Malfoy não é um rapaz digno de ter você.

Revirei os olhos e andei pelo corredor em direção a sala de jantar. Me sentei em uma das cadeiras e cruzei meus braços.

- Não faça birra. - mandou Sirius.

- Não estou fazendo birra. Eu só não queria falar do Draco por um momento.

Sirius olhou Lupin um pouco confuso. O outro suspirou e por fim confessou.

- Draco anda perseguindo ela. Parece até um maluco.

Isso é um problema, pensou Sirius.

- Agora que Sirius já sabe, não precisamos mais falar dele. Temos outros assuntos a discutir.

Draco é um assunto a se discutir, pensou Lupin.

Seu olhar de reprovação me dava nos nervos.

- Certo, agora vamos conversar sobre o motivo de vocês terem vindo aqui.

Sirius batucou as mãos na madeira da mesa. Ele pegou alguns papéis de uma pilha logo atrás dele e os jogou na mesa.
Ele pegou um dos papéis e me entregou.

- Acredito que seja este o homem que Dobby mencionara para você, Chester Parvat Grindelwald.

- Grindelwald? - sussurei tão baixo que provavelmente nenhum deles ouviu.

Grindelwald. Eu reconhecia o nome. Minhas mãos tremiam ao ver a foto do homem. Chester.
Os cabelos escuros, a pele pálida, uma enorme cicatriz indo do nariz até a mandíbula. Os olhos escuros.
Eu não conseguia me lembrar de onde vinha o sobrenome dele.

- Chester conseguiu fugir de Azkaban uns 4 ou 5 anos atrás. Ele é filho de Gellert Grindelwald. - ele jogou mais uma foto.

Peguei a foto em minha mão e arregalei os olhos. Era ele, Gellert Grindelwald. Era ele quem estava no meu primeiro pesadelo.
Mas por quê? Não era possível!
Será que seria algum aviso para o futuro? Gellert Grindelwald viria atrás de mim junto com o filho? Não fazia nenhum sentido.

Mad World; Draco Malfoy +18Onde histórias criam vida. Descubra agora