Mad World; Draco Malfoy +18

Confiança

Às vezes não esperamos que algo que não queremos aconteça em nossas vidas. Sempre temos um pouco de esperança para que tudo dê certo.
A dor de ser forçado a fazer alguma coisa que não quer é mais dolorosa do que qualquer outra. Tudo isso se resulta em traumas.
Traumas que deixam marcas. Marcas que você carrega para o resto da vida.

- Por favor, fique comigo e seja minha.

Seu pedido me pegou de surpresa.

- Eu... não posso, Draco. Sinto muito, mas você não me ama. Eu não posso ficar com alguém que não me ame.

- Você me ama?

Amar é uma palavra muito forte. Não estava certa de nada. Eu não sabia o que eu sentia e acredito que agora Draco está mais confuso do que eu quanto aos seus sentimentos.

- E você me ama? - pergunto ao rapaz, eu já sabia qual era resposta. Porém, queria ouvir ele pronuciar cada palavra.

- Eu...não sei.

Saio de cima do rapaz e me deito de costas para ele. Depois de uns minutos, sinto seu braço abraçar a minha cintura. Ele beija meu ombro e se aconchega em minha nuca.

- Por favor, pense sobre isso.

Não respondo. Agora eu estava confusa. O que eu sentia por Draco? De qualquer forma, não acredito que seria correspondido, ou seria?
Draco dormiu em instantes, já eu não conseguia dormir. Tiro o braço de Draco com delicadeza e saio da cama lentamente para não acorda-lo. Decido ler o livro que ele me deu.
Ando até a mesa e pego o livro. Quando me viro para voltar a cama vejo algo surreal.
Eu ainda estava deitada na cama, junto de Draco. Porém, eu estava de olhos fechados. Como? Eu estou de pé bem aqui.
Ando até a cama na intenção de me acordar.

- Eu não faria isso se fosse você.

Uma voz totalmente desconhecida soa atrás de mim, percebo que agora o livro desapareceu da minha mão. Lentamente me viro e quem vejo é o mesmo homem do meu primeiro pesadelo. Gellert Grindelwald, meu avô.

- Grindelwald. - minha voz saiu em um fio.

- Ora minha querida, você sabe quem sou eu. Sou seu avô, então me chame de vovô. - diz de forma doce e gentil.

Ele não estava velho. Era a sua forma jovem, a mesma do sonho.

- Por que está aqui? Como está aqui?

- Como percebeu, seu corpo está ali - aponta para a cama. - E ai. - aponta para mim. - O que você acha que é isso?

- Loucura da minha cabeça?

Ele ri.

- Não minha pequena criança, você está sonhando.

- E por que estou sonhando com você?

- Preferiria Chester no meu lugar?

Nego com a cabeça.

- Minha neta. Minha única neta, minha descendente. Sangue do meu sangue. Imagino que você precise de muitas respostas certo?

- Sim.

- Então comece as perguntas.

Poderia começar já do porquê Chester e Voldemort me querem. Mas decido viajar um pouco no passado.

- Chester é mesmo seu filho?

- É sim, de sangue.

- Quem é a mãe dele?

Ele suspira.

- Sua avó era uma bruxa que eu conheci a muito tempo. Acredito que você a conheça, Alcina Hermestrem.