Qual é o Meu Destino?

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DRACO P.O.V

Eu sentia um vazio interno. Estava perdido, solitário e confuso. Não só por saber que me tornei um comensal da morte de Voldemort, mas também por não ter S/n por perto.
Desde que fiquei enfurecido pelas palavras da garota naquele dia, eu não a vi mais. Eram raras as vezes em que conseguia vê-la, na sala de aula ela ficava escondida e sempre era a última a chegar e a primeira a sair, via ela no jantar e às vezes no almoço. Será que estava se alimentando bem?
Nos outros lugares da escola eu nunca a via. A garota estava diferente, não sei exatamente o que era. Ela estava com raiva de mim?

Deixei meus companheiros de lado para ficar sozinho com meus pensamentos. Meu pai disse que tudo ficaria bem, eu era o escolhido pelo Lord Voldemort. Minha mãe por outro lado, ficava meio receosa quanto a me tornar um comensal tão jovem. Há um tempo recebi a marca negra. Foi extremamente dolorido. Minha mãe me reconfortou a todo momento, já meu pai ficou em silêncio total.
Outro dia ouvi pela porta do escritório de meu pai. Ele estava acompanhado de um homem que até hoje não sei quem é. A voz grave do homem era nítida assim como sua tranquilidade ao falar.

- Receio que seu filho esteja preparado para o que o lorde das trevas deseja.

- Sim, meu amigo. Não duvide do meu Draco, mas posso duvidar do seu filho já que não o conheço.

- Acredito que minha filha venha mais a calhar do que seu filho, Lucius. O lorde das trevas solicitou pessoalmente que eu a leva-se até ele.

- Não duvide de meu filho, Chester.

Chester, pelo menos sei o nome do indivíduo.

- Você está duvidando da minha menina, nada mais justo do que eu duvidar do seu.

Passos ecoam pelo assoalho de madeira escura e ouço a voz de meu pai um pouco exaltada.

- Você não sabe de nada do meu filho.

- Sei que ele é um covarde e um pouco obsessivo. E já vou logo avisando, meu querido amigo, se o seu filho encostar um dedo sequer na minha filha, ele não será o único a encontrar a morte.

- Está me ameaçando, Chester? - perguntou calmo.

- Não ficou óbvio? - debochou. Os passos voltam a ecoar no cômodo e não consigo distinguir de quem é. - Voltarei assim que possível, tenho de manter contato com minha filha e me certificar de que ela está segura.

Os passos ficam mais próximos. Corro para a escada como se estivesse subindo naquele momento, o homem abre a porta e pude ver como era seu rosto.
Pele pálida, olhos extremamente escuros assim como os cabelos, era alto, não parecia ser tão forte fisicamente e tinha uma cicatriz enorme indo do seu nariz até a mandíbula. Ao se aproximar de mim ele me observa.

- Bom dia, Draco. - disse com um pequeno sorriso.

- Bom dia, senhor. - digo seco.

Ele desce as escadas em silêncio indo em direção a porta. Minha mãe o vê e vai se despedir.

- Tenha um bom dia, Narcisa. Obrigado por me deixar conversar com Lucius. - disse educado.

- De nada Chester, tenha um bom dia. - o jeito de minha mãe era doce ao falar.

Agora as perguntas seriam. Quem é a filha de Chester? Ela estuda em hogwarts? Ela também é a escolhida de Lord Voldemort.
Realmente quero saber quem é essa garota.

Estava confuso com tudo isso. Lorde das trevas disse que eu sou o escolhido, porém ele pediu a Chester que leva-se a filha até ele.
Era estranho, essa garota deve ter algo de especial que vá servir para Lord Voldemort.

Mad World; Draco Malfoy +18Onde histórias criam vida. Descubra agora