| quarantième neuvième |

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Passara uma semana desde a chegada inesperada do pequeno Edward, porque embora todos soubessem que em algum momento ele viria ao mundo, não esperavam que fosse tão cedo e que ele fizesse isso sozinho. Michael estava sendo um grande pai, e aprendeu muitas coisas novas nos dias que se passaram. Embora, Edward fosse um bebê, prematuro, Michael estava conseguindo organizar muito bem o seu tempo. Visitava o pequeno a cada um ou duas horas, mas, ele também fazia seu treinamento, estava com o Rei Luke em diferentes momentos em frente ao povo e ainda visitava as construções das casas e escolas.

O rei Luke, por outro lado, também organizou seu tempo, pois embora se vissem diariamente, em horários diferentes, estes se limitavam apenas às obrigações e responsabilidades que tinham, e ele, como rei, também tinha que passar parte de seu tempo com Theodore, pois como todos sabiam, eles estavam noivos e tentavam se sentir confortáveis com essa ideia e se conhecerem melhor, pois depois que chegasse o dia do casamento, era óbvio que eles deveriam compartilhar toda a sua vida.


Mas ainda assim, apesar do tempo limitado, as obrigações, os percalços, algumas distrações, o comandante de guerra e o rei de Camberra, organizaram seus horários de tal forma, que todas as noites, onde o comandante de guerra tinha que dar seu relatório a uma figura real tão proeminente, acabava sussurrando seu dia, abraçando-se, na cama do rei, onde compartilhavam tudo. Do riso, aos pensamentos, todas as suas atividades diárias, assim como compartilhar beijos e carícias, mas havia um pequeno, mas grande detalhe.


O rei queria mais. 


Luke queria se entregar a Michael, queria dar-lhe seu corpo, queria que ele tocasse cada centímetro de sua pele, que beijasse cada porção de seu corpo, que estivesse dentro dele e o visse gemendo seu nome. Ele queria ouvi-lo arfar, queria mostrar-lhe à sua maneira o quanto o queria. 


Como foi dito, o rei queria mais.


Mas infelizmente, embora o rei fosse um pouco mais experiente em uma relação amorosa, ele ainda era muito inexperiente em sexualidade, onde havia compartilhado apenas um encontro, com um Senhor morto pelo amante que via todas as noites. Luke estava sendo paciente, porque podia dizer que Michael estava tentando com todas as suas forças, porque Michael realmente queria aprender a amar Luke da maneira correta, a perceber todos aqueles sentimentos e emoções que por tanto tempo, talvez ele tenha escondido, ou que agora ele se desenvolveu. Portanto, Luke não queria pressioná-lo, mesmo que ele estivesse desesperado para tê-lo dentro dele. 


Atualmente o rei estava em seu gabinete lendo alguns decretos, além disso, diariamente, em uma gaveta secreta que mantinha trancada, deixava uma pequena nota de uma ideia, que mais cedo ou mais tarde, seria útil para algum movimento no reino. Ele estava concentrado, ele tinha em mente que ao pôr-do-sol, ele tomaria chá com Theodore como ele havia começado a se acostumar, onde ela ou conversava, cantava ou tocava piano, qualidades que pareciam realmente interessantes e talentosas para Luke, mas que, claro, não provocavam o interesse esperado por todos, um interesse romântico, é claro. 

Uma sede repentina o superou e ele decidiu deixar seus papéis para mais tarde. Ele levantou-se de sua confortável cadeira e saiu do escritório, andando pelos corredores, esbarrando nos criados que o cumprimentaram e se curvaram diante dele. Luke chegou à cozinha, pediu um copo de limonada fresca e decidiu bebê-la entre os jardins de seu palácio, onde contemplou as rosas-brancas que trouxeram sempre lembranças e tiveram uma grande importância em sua vida.


— Ei, aqui está ele. — Uma voz profunda o fez se virar e ele sorriu, achando Michael um pouco suado, talvez devido ao seu treinamento, mas isso não lhe tirou o grande sorriso branco que ele tinha no rosto. Destacando, é claro, aqueles lábios rosados, macios e cheios que o rei queria provar novamente, mas ele sabia que não podia, não naquele momento.

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