| le désiré |

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O desejado: Um casamento que aconteceu e uma morte que nunca existiu.

Aquele lugar nunca ficou em silêncio. Sempre se ouviam passos, ordens, risadas e comentários. Houve momentos em que houve angústia, terror e medo, mas esses momentos foram interrompidos pelos cavalos, pelo som das espadas saindo do esconderijo e pelos suspiros, suspiros que traziam paz.

Mas hoje foi um dia diferente no palácio do rei Luke Hemmings, primeiro no reino de Camberra. Aquele dia chegava uma vez a cada seis meses, um dia que o estressava e ele não fazia nada além de grunhir o dia todo, enquanto sua rainha ria da irritação justificada que seu marido sentia e alegava ser carma.

Eles haviam se casado há quatro anos e apenas duas vezes nesse período foram íntimos. A noite de núpcias e o dia seguinte, desculpando-se por estarem nervosos, mas não houve conexão por parte de Luke, e a rainha Theodere não se sentiu atraída pelo belo rei. Na maioria das vezes eles se davam bem, tinham um bom relacionamento como se fossem amigos, mas havia momentos em que as pressões da coroa e o bem-estar de seus reinos os irritavam e ambos davam conselhos um ao outro sobre como agir e administrar um reino.

Nessas ocasiões, nem uma alma tentou colocar-se entre o rei e a rainha.

— Vou pendurar suas cabecinhas na proteção do palácio para servir de alerta aos visitantes — comentou Luke, estendendo a mão para Theodere que dava as últimas ordens na preparação do grande salão, que estava cheio de bolos e requintados preparativos.

— Vossa majestade, você é um cínico — Comentou Theodere , enquanto pegava um bolo de chocolate que o rei havia retirado de uma bandeja. A bela mulher o recolocou, sentindo como sua coroa estava inclinada. — É contra a visita semestral das crianças do reino, acusando que odeia os bebês por seu barulho e destruição, mas todos os dias compartilha com um dos seres diz odiar.

— Por favor, Theodere —Luke encostou-se em uma das mesas, observando sua esposa se mover delicadamente enquanto falava —Você sabe que Edward é diferente.

— É diferente porque você e Michael o criaram, então, como ele tem atitudes parecidas com as suas, você o tolera mais do que as outras crianças — Respondeu Theodere, vendo sorridente como estava ficando maravilhoso o local onde receberiam as crianças.

E como se os dois o tivessem convocado, as portas da sala se abriram e um menino de quatro anos entrou correndo no local.

Pincipito ! Pincipito ! 

O rei imediatamente, com passos largos, colocou-se no caminho do pequeno Edward, um menino de 4 anos, cabelos cor de mel e olhos escuros. Pálido como um papel.

— Meu Deus, o que você fez agora? — Luke perguntou preocupado, carregando a criança, observando enquanto os criados tentavam desobstruir a entrada. Ambos se preparavam para o próximo confronto.

— Papai disse que não poderia comer esses bolos e eu subi em uma árvore e ameacei pular...

— Ah, não... — Luke rosnou, fechando os olhos com força. — Ainda estamos praticando isso, Ed...

— Mas consegui cair bem e corri. Papai está furioso —  Edward terminou sua explicação, assim que as portas se abriram novamente e um guerreiro ofegante com cabelo preto, pele pálida e barba de alguns dias apareceu. Ele estava vestido com seu uniforme real escuro, com a espada na bainha na cintura e botas pretas.

Para Luke ele era aquele homem lindo, mas agora eles eram inimigos. Sempre que se tratava de Edward, eles eram inimigos.

Michael Clifford começou a dar passos pelo tapete, o que fez o menino tremer.

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