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Barbara passos

Ele estava mesmo dizendo isso para mim? Não era possível. Tudo bem, eu entendo que ele não quer perder a reputação de fodão, mas ele está mesmo tão desesperado ao ponto de pedir um namoro falso comigo?

-Sim Barbara! Pensa comigo bobinha. -franzo o cenho pela intimidade. - Você precisa de um namorado para apresentar aos seus pais e eu preciso de uma namorada 'pra fazer ciúme na vaca da Madison! Mostrar que ela quebrou meu coração mas que eu consigo dar a volta por cima. -fala frustrado.

- Victor isso é doideira! E você acha mesmo que a vai se sentir ameaçada por mim? Eu sou uma ninguém garoto, ela é tipo o centro de tudo, porque ela teria inveja do "nosso relacionamento"?

-Por que ela é doida, não podia chegar perto de qualquer pessoa do sexo feminino que ela já fazia o maior escândalo. Se me ver namorando então? Aí ela surta de vez, e é exatamente isso que eu quero.

- Desculpa, mas se ela é assim mesmo eu não quero nem chegar perto. -ele faz uma cara de bebê, que não deu certo comigo.

-Quer saber? Tudo bem Barbara. Agora só 'pra' eu saber, o que você vai fazer quando seus pais perguntarem onde está o seu namorado? -merda, tinha isso ainda.

Eu paro um pouco para pensar, meus pais provavelmente não iriam querer ficar muito tempo.

Eles vinham, conheciam o Victor, passavam uma semana e iriam embora, já não precisaria mais de tudo isso. Depois de um silêncio, eu respondo:

-Ta, eu aceito. -ele abre um sorriso, que transpareceu alivio.

-Você jura? -ele estende o mindinho.

-Sério isso? -ele fecha a cara, erguendo seu dedo.

-Juro. -entrelaço nossos dedos.

É, parece que eu namoro agora.

-Que ótimo Babi! -ele diz e eu mostro uma cara de poucos amigos, não tinhamos essa intimidade toda. -Para com isso Barbara, vamos namorar agora, vou ter que te chamar de "Babi" e você vai ter que aceitar.

-Ok, mas então, como vamos fazer isso funcionar? Precisamos de histórias, como nos conhecemos; como foi nosso primeiro beijo; primeiro encontro e blá blá blá, meus pais são paranóicos e realmente não acho que a escola vai aceitar isso do nada.

-Já pensei em tudo, amor!
-reviro os olhos em resposta.

-Nos conhecemos enquanto eu namorava e ficamos algumas vezes -eu abro a boca em indignação, não quero sair como piranha nisso.

-Nem pensar Victor! Vão me xingar demais e eu realmente não mereço ódio gratuito para inflar seu ego

-Não é isso! Só não quero sair como único corno da história.

- Victor, NÃO! -ele se dá por vencido.

- Tudo bem sua chata. Podemos falar que nos conhecemos enquanto eu namorava, não tinhamos ficado ainda mas eu já tinha sentimentos por você, ai quando eu terminei nós saímos e nos beijamos, ai logo depois começamos a ficar. A escola não precisa achar que estamos realmente namorando, estamos só ficando.

-Eu gostei dessa idéia. Me passa seu número e nós conversamos mais -ele assente. -Saiba que meus pais chegam de viagem amanhã e você vai comigo buscá-los no aeroporto

-Tá. -disse concordado enquanto eu me arrumava para sair dali e ir embora.

-Ei, será que podemos descer juntos? Tipo de mãos dadas e no final você me dá um selinho? -eu arregalo os olhos. -O quê? Não vão acreditar disso se não rolar uns beijos aqui, um beijinhos alí. E outra, eu sou o Victor Augusto, nós estamos nesse quarto a um tempo, isso vai ser praticamente a oficialização do nosso rolo.

-Não é por que eu aceitei isso que vamos ficar nos pegando! -ele ri. -Do que está rindo seu idiota?

-Selinho não é se pegar! -ele faz uma pausa. -Podemos fazer isso ou não?

-Ok, fodase tudo! -passou pela minha cabeça agora como Tainá estaria adorando tudo isso.

Fomos em direção a porta e entrelaçamos nossas mãos, eu me arrepiei com seu toque, mas não deixei transparecer, eu acho.

Da escada consegui sentir olhares sobre nós, provavelmente já estou vermelha de vergonha.

Victor se aproxima do meu ouvido e sussura:

-Ei gatinha, vai ficar tudo bem, não precisa ficar nervosa!

Eu não respondi, só assenti com a cabeça e dei um leve sorriso mostrando os dentes.

Se aproximando do pé da escada, Victor se aproxima e me puxa pela nuca, dando um leve selinho em meus lábios.

Não estava esperando por isso, não agora, achei que ele iria avisar primeiro, MERDA DE GAROTO.

-Obrigada por estar me ajudando nisso Babi. -ele disse me entregando um papel dobrado. -Aqui está meu número, me manda mensagem quando chegar e amanhã me avise o horário que eu tenho que passar para te pegar.

-Tudo bem, boa noite então moreno. -ele sorri com o apelido que eu nem deveria ter falado, estou me sentindo idiota agora.

Saí andando, a procura de Tainá para irmos embora e logo a achei, conversando com Bruno.

-Oi amiga, vamos? -eu disse e ela arregala os olhos, já sabia o que tinha por vir.

-Poxa Babi, já? - Bruno diz e eu
reviro os olhos.

-Já Bruno. Tainá, vamos. -ela assente sem reclamar e da um selinho nele.

Assim que nos afastamos e eu chamo o uber, ela diz o que tanto queria perguntar

- Barbara Passos Sousa, QUE MERDA FOI AQUELA QUE EU VI?! -ela diz indignada e eu dou risada de sua reação.

-Te conto em casa, mas só para adiantar, arrumei o meu tão querido namorado.-eu digo ainda rindo e ela faz uma cara de "meu deus????"

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𝐘𝐎𝐔 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐌𝐄, 𝐚𝐬 𝐁𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 !¡Onde histórias criam vida. Descubra agora