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Barbara Passos

Acordo na minha cama, perdida, começo a lembrar de tudo. Aquilo só podia ser um pesadelo né? Pego meu celular, 20:00 horas? Já? Quando eu ia levantar da cama alguém abre a porta e vejo minha mãe entrando.

-Filha, você tá bem? Tá sentindo alguma coisa?-pergunta preocupada

-Hm... Tô bem, mas o que aconteceu, eu só lembro de sentir minhas mãos trêmulas- digo lembrando do "pesadelo"

-Ah sim, você desmaiou quando a gente voltou pra casa e você viu o Lucca.

Nessa hora meu coração erra a batida e as palavras não saem da minha boca. Quando finalmente consigo dizer alguma coisa, ou melhor, gritar alguma coisa.

-O QUE? QUEM TA AQUI? ME DIZ QUE NÃO É VERDADE- nessa hora meus olhos já estava marejados.

-Ele tá aqui e quer falar com você.-ela diz séria

-Não vou, e a senhora não vai me obrigar- encaro ela, assim como ela fico séria.

-Mas eu vou, ele disse que tem muito a dizer pra você, o que custa ouvir?- meu pai chega na porta falando

O olho indignada

- O QUE CUSTA OUVIR? VOCÊ SE LEMBRA QUE AQUELE TRASTE ME DESTRUIU, VOCÊ SE LEMBRA QUE FOI POR ELE QUE ENTREI NA MERDA DE UMA DEPRESSÃO, QUE FOI POR CAUSA DELE QUE EU ME CORTAVA, QUE ME SENTIA INSUFICIENTE, UMA INÚTIL, QUE EU FUI UMA TROUXA APAIXONADA E ME FUDI BONITO, VOCÊ SE LEMBRAM? -desabafo gritando enquanto as memórias vem em minha cabeça e lágrimas rolavam descontroladamente no meu rosto.

-Não grite comigo, garota! Eu sou o pai aqui e decido que é melhor, você vai falar com ele sim. -os dois saem batendo a porta. Antes de eu tentar fazer algo, o ser desprezível entra por aquela porta.

- Babi, quanto tempo! Você tá linda! -cínico nojento.

-O que você quer, Lucca? -pergunto impaciente

-Você. Na verdade eu vim te pedir desculpas para te conquistar -ele da uma risadinha e um sorriso que anos atrás eu acharia a coisa mais fofa do mundo, hoje isso chega a me dá repulsa. Depois do que ele fala, eu gargalho, mas muito alto.

-Você deve tá me achando com cara de palhaça, né? Mesmo que eu ainda fosse louca e apaixonada por você, que não é o caso porque você me dá nojo, eu não cairia igual um patinho, sabe porque? -pergunto retóricamente e ele não responde -Porque agora eu tenho um namorado que sim me dá valor, que gosta de mim, que me respeita, e que não quebrou o meu coração.

-VOCÊ O QUE? VOCÊ NÃO PODE NAMORAR!

-E por que não? -arqueio uma sobrancelha.

Ele chega perto de mim, perto até demais, eu me afastaria, mas não quero que ele ache que estou nervosa por ficar perto dele, coisa que eu não estou

-Porque eu sempre serei dono do seu coração e dono desse lindo corpinho. -passa a mão em mim.

Se ele acha que eu vou me render fácil, ele ta certo, ele é tão irresistível.

-Isso é verdade, eu não consigo colocar ninguém no seu lugar, Lucca. -digo manhosa.

-Eu sei, nós somos perfeitos juntos -quando ele ia me beijar, dou um chute com toda minha força e ódio no meio da suas pernas. Fala sério, acharam que eu ia perder saliva com esse aí?

-Somos perfeitos pra ficar bem longe um do outro, otário. Nunca mais encoste em mim, eu te odeio -digo e sinto meus olhos lacrimejarem, mas nunca que eu ia derramar uma lágrima por homem, qualquer.

Ele se levanta, e quando achei que ele ia embora ele começa a falar de novo. E vem pra perto de mim.

-Você vai se arrepender disso! -fala bravo.

-Garanto que ia me arrepender mais se não tivesse feito isso, viu amore.

-Ninguém vai te tirar de mim, meu amor, escuta o que eu digo, tá? - caralho, mimimi ah seboso. Enquanto ele falava eu só revirava os olhos e encarava minhas unhas.

-Cara, você tá passando vergonha, por que não vai embora, já passou da hora de vacilão tá na cama com mais uma doida por aí, não acha? -digo ainda olhando para minhas unhas que eram bem mais interessantes.

-Eu vou, mas isso não acabou -vai indo em direção a porta.

-Pode apostar que acabou sim. -digo já frustada com aquele ser aqui.

Ele finalmente sai, Amém irmãos. Mas tava muito sossego, logo meus pais entram não muito agradáveis.

-O que foi dessa vez? -la vem eles brigarem comigo. O porquê? Eu não sei.

-Por que não o perdoou? -eles tão brincando né? Não é possível.

-Não é bem óbvio, pai? -é claro que ele sabe o porquê, mas ele quer algo. -Vamos pular essa parte, porque conheço vocês e querem algo. O que querem? -eu só queria descansar, mano.

-Filha, nós gostamos do Victor e tal... -minha mãe começa, e já não gostei desse começo.

-Você vai voltar com o Lucca. -meu pai fala logo, sem nenhuma expressão no rosto. Aí eu começo a rir, mas do que antes, tipo rir um ataque, sabe?

-Ai...ai -digo parando de rir ao olhar para cara deles que não diziam que era brincadeira. -COMO ASSIM VOLTAR COM ELE? QUE EU SAIBA QUEM VAI ATRÁS DE LIXO É RATO. VOCÊS NÃO VÃO ME OBRIGAR, NEM QUE ME PAGUEM! -ai sim eu pistolei, eu não ia aceitar isso, nem que eu tenha que fugir de casa. Opa, essa ideia não é tão ruim.

-Olha, não tem nada a ver com o Victor, mas nós achamos melhor e vai ser assim, simples. -meu pai diz ainda sem nenhuma expressão. "SiMpLeS".

-Melhor pra quem? Hum? Porque aquele cara me destruiu, e vocês me viram sofrer, só viram mesmo pois estavam muito ocupados com o traba... -paro de falar ao raciocinar -NÃO, VOCÊS NÃO VÃO ME FAZER NAMORAR ELE POR CAUSA DA MERDA DE TRABALHO, E ALEM DISSO EU GOSTO DO VICTOR. V-I-C-T-O-R -Falo pausadamente o final

-VOCÊ NÃO VIU QUE ELE ESTA ARREPENDIDO? E NÃO VEM FALAR QUE GOSTA DELE, POIS EU SEI QUE VOCÊ NUNCA ESQUECEU O LUCCA, TODOS VÃO SAIR GANHANDO. -diz gritando, mas depois se acalma. -O pai dele é um ótimo dono de negócios, vai ser bom pra nós. Você decide, namore com ele e você está livre, recuse e fique sem namorado e não vai mais sair de casa. Voltamos daqui a pouco com sua decisão.

Eles saem e trancam a porta e me deixa chorando. Mas lembram quando disse que a ideia de fugir não era tão ruim, então.....

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Parece que a teoria da Xana_Carnivora tava meio certa 🤡

𝐘𝐎𝐔 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐌𝐄, 𝐚𝐬 𝐁𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 !¡Onde histórias criam vida. Descubra agora