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Reta final

Barbara Passos

Já faz uma semana, eu acho, que estou aqui, não se dá para perceber o tempo passando quando a única luz natural que recebe é de uma janelinha no alto da parede. Eles já me usaram e machucaram, não só fisicamente mas também, psicologicamente. Eles fazem insinuações que Victor está morto, mas eu ainda acredito que esteja vivo, como eu já disse, ele é minha luz nos dias sombrios, quando me sinto mal sempre me lembro dele.

Eles me deixaram usar o banheiro, mas aqui não tem nada que eu possa usar contra eles, ou até para acabar com esse sofrimento em mim mesma.

Ouço batidas na porta e uma voz falando para me apresar. Saio do banheiro com outra camisola, e finalmente de banho tomado, mas mesmo assim ainda sinto meu corpo sujo, é horrível se sentir assim, como se você não pudesse se livrar daquelas imagens.

Saio dos meus pensamentos quando, aparentemente, um capanga deles me segura e me arrasta até a cama. Eu tentaria lutar, se tivesse forças, aqui eu só bebo água, as vezes a água está dopada, enfim, eu nunca como nada aqui, eles não me dão comida mesmo.

-Pronto, quietinha aí! -ele fala assim que me prende a cama de novo, e sai.

Acredito que alguém ainda esteja me procurando, nem que seja só a Tainá, a que se preocupa comigo de verdade. Meu pai deve ter achado que eu fugi de novo, e minha mãe, eu sei que ela me ama, então acho que deve estar preocupada também.

A verdade é que eu não sei se sou tão importante assim, para as pessoas perderem seu tempo se preocupando comigo, excessão a Marie claro, tudo que eu fazia ela mandava eu tomar cuidado, sinto tanta falta dela.

Tainá costa
1 semana atrás
(Um dia depois do sequestro)

Estava eu e Bruno a caminho da montanha em que Babi e Victor estavam. Babi não mandou mensagem, não que eu esteja desesperada, mas ela sempre me fala quando ela surta por algo, e como sei que babi gostava de victor, claro que ela me contaria. Nós estávamos indo lá para ver se eles recolheram as coisas, vai que eles saíram desesperados, se é que me entendem. (a: de um certo modo, eles estavam desesperados, mas não do jeito bom)

Paramos o carro e descemos de mãos dadas. Mais pra frente, bruno olha assustado.

-Mas o que... VICTOR! -ele sai desesperado, e olho na direção em que estava indo. Victor estava ali jogado no chão, machucado, muito machucado.

Enquanto Bruno socorria Victor, eu chamava a ambulância e policiais, afinal babi não estava com ele. Me agacho em frente ao corpo de Victor e pego seu pulso, sem pulsação. Olho preocupada para Bruno que tentava reanimar victor.

Quarenta minutos depois, a ambulância chega, policiais também, mas decidimos acompanhar a ambulância e falar com os policiais no hospital.

Chegando lá, ligamos para a família de victor, que disseram que estavam a caminho. Tento ligar para babi, mas todas as tentativas são falhas. Começo a me desesperar. Ligo para o pai de babi, mas o mesmo não atende no primeiro toque, mas no segundo ele atende. Aviso tudo que aconteceu, escuto barulhos de chave e logo a ligação é desligada.

-Relaxa, meu bem. Babi está bem e nós vamos achá-la. - Bruno diz me abraçando e tentando me consolar. {A - bem e uma coisa que ela não está né •́  ‿ ,•̀)

-Como você sabe Bruno? E se ela estiver morta? Não Bruno, ela tem que estar bem. -choro se intensifica.

-Boa tarde, podemos conversar? -duas moças com  distentivos aparecem em nossa frente.

𝐘𝐎𝐔 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐌𝐄, 𝐚𝐬 𝐁𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 !¡Onde histórias criam vida. Descubra agora