Capítulo 6

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Carol pov's

Cheguei no meu apartamento me tacando no sofá, preciso falar o óbvio? Sim, eu estava pensando no que tinha acabado de acontecer, e porra porque eu queria mais e mais?

Ela sabe provocar bem e eu sei cair direitinho, isso não se faz.

Levantei fui na cozinha preparar algo pra comer, fiz um pão light acompanhado de uma coca zero.

Assim que terminei de comer fui tomar um banho. Depois deitei na cama e liguei a TV do quarto e fiquei assistindo The walking dead, mas fui pega de surpresa pensando no beijo da Bárbara, será que ela também estava pensando? Sera que ela também sentiu algo diferente? Meu Deus eu era tão trouxa de pensar nessas coisas... Ela tinha um namorado, sim um namorado. E não ia perder tempo comigo, acho que ela só queria provar. Como ela mesma tinha deixado claro "Eu já provei de quase tudo nessa vida". Devo ter sido só mais uma provada dela.

Fiquei revoltada com os meus pensamentos, levantei da cama e procurei pelo meu fone e meu celular, voltei pra cama peguei o controle da TV desligando-a e coloquei os fones, coloquei a musica " Basta você me ligar" do barões da pisadinha tocando e fiquei lá, deitada, tentando pensar em outra coisa que não seja Bárbara.

Comecei a lembrar do programa de pet que tinha assistido, estava pensando seriamente em adotar um cãozinho. Isso! Amanhã de manhã vou até o pet shop adotar um.

Até porque não ficaria sozinha em casa nas horas vagas. De tanto pensar peguei no sono

[...]

No dia seguinte levantei 07:30 da manhã, fiz minha higiene pessoal. Comi uns pães de queijo com leite de soja e sai de casa indo até um pet shop mais próximo do prédio onde eu morava.

Entrei no estabelecimento que tinha o nome de " Marie pet" e comecei a olhar os cãozinhos que estavam na vitrine, era um mais fofo que o outro. De repente para uma moça do meu lado.

— Olá, posso ajudar? – Perguntou gentilmente.

— Olá, é, eu estava pensando em adotar um deles.

— Tem criança em casa? – Ela interrogou-me outra vez.

— Não, não, Eu moro sozinha, por isso resolvi adotar um cãozinho pra não me sentir sozinha no meu apartamento.

— Aah sim, bom, temos keeshond, shiba, poodle e bichon havanês para a adoção e são ideais para criar em apartamentos.

Fiquei lá olhando cada um deles, todos fofos, a vontade era de levar mais de um, mas eu custava a cuidar de mim, então levar mais de um seria um erro. Fiquei lá mais ou menos uma hora escolhendo até que decidi levar um da raça bichon havanês. Ele era tão fofo.

Assinei os papeis de responsabilidade porque tem muitas pessoas que maltratam as criações quando se tem uma. Tudo arrumado. E o cãozinho já era meu. Coloquei ele em uma caixinha de transporte de animais e segui para o meu apartamento.

[...]

Quando adentrei meu apartamento e abrir a caixinha ele saiu correndo pela casa, como se estivesse querendo brincar.

— Eita, você já tá se sentindo em casa. – Falei. Com coisa que ele já ia me responder.

— E eu não comprei sua comida. Não fique com raiva de mim, vou providenciar.

Ele ainda estava correndo de um lado para o outro, até que ele entrou no meu quarto e saiu de lá com uma meia na boca. Já vi que ele era das bagunças.

— Não acredito que você é desses que comem roupas e sapatos.

Ele veio em minha direção sacudindo a meia em suas presas, como se estivesse louco. Eu ri da cena. Peguei ele e o levantei.

— Você ainda não tem nome.

Ele ficou me olhando como se quisesse me responder.

— Que tal  Soares? Você é tão zoeiro quanto a Tainá, então acho que Soares seria perfeito pra você. – Ele continuava me olhando. Então coloquei de volta no chão. E ele saiu correndo pro quarto e voltando com meus tênis.

— É seu nome vai ser Soares, e pegue tudo, menos meu tênis de trabalho.  (N/A: O nome de Tainá na fic é "Tainá Costa Soares")

Peguei o tênis de suas presas, caminhei para o quarto e coloquei o tênis em um lugar que Soares não alcance.

Sai do quarto e fui para cozinha colocar uma vasilha de água pra ele, já que eu não tinha comprado ração ainda.

De repente meu celular toca. Saio em direção a sala procurando em cima do sofá. Era a Milena.

— Pronto. – Falei atendendo.

— Bom dia pra você também. – Milena falou do outro lado.

— Bom dia.  Por que me artomentas? – Perguntei.

— Só queria avisar que a Bárbara apareceu por aqui hoje cedo. Pedindo pra que eu passasse o número do seu celular pra ela.

— E você passou?

— Tinha algum problema?

Eu fiz a pergunta primeiro, é de educação responder. Mas não, não tinha problema.

— Nossa, percebo que você poliu suas ferramentas hoje. – Milena brincou.

— Hahaha que graça. – Falei fingida.

— Sem graça.

— Voltando ao assunto. Ela não disse pra que queria meu número?

— Não.

— Hum. ok.

— Então era só isso mesmo. Podia ter esperado  pra te falar quando você chegasse pra trabalhar, mas não aguentei, e também não vou estar aqui hoje de novo na parte da noite.

— Por?

— Porque, estou resolvendo umas coisas pro meu pai, então não vai dar pra ficar hoje, você e o GS vão tomar conta de novo ok?

— Sem problemas, mas e a Thiga?

— Ela vai estar comigo.

— Ah, ok.

— Se cuida branquela.

— Se cuida também.

Então a Bárbara tinha pegado meu número... O que ela pretendia?

Acho que ela pretendia ficar sem namorado. Por Deus. Imagina se ele descobre o que rolou entre nós? Eu acho que ele faria um escândalo e ainda eu perderia o emprego.

[...]

— Soaaaaares. – Gritei.

Ele não apareceu. Mas é claro ele vai demorar pra perceber que Soares é o nome dele. Então sai procurando ele, o encontrei deitado no canto do meu quarto. Cheguei perto fazendo carinho nele.

— Vou sair pra procurar sua comida. Não destrua a casa por favor  – Pedi na intenção de fazê-lo entender.

Sai do apartamento procurando um ponto de pedigree mais próximo.

Mas que porra! Perto de onde eu morava não tinha ponto de pedigree. Então resolvir entrar em um mercado, que por sinal vendem rações de marca.

Entrei em um mercado, o mais conhecido perto da freguesia onde eu morava, era bem grande, acho que havia tudo nele.

Sai procurando a fileira de rações. Parei em frente a fileira de chocolates peguei uma barra de diamante negro o meu preferido.  Mas só comia às vezes porque era enjoativo e eu procurava manter a forma.

Estava de boa andando pelo mercado olhando algumas coisas à mais para levar, quando de repente alguém chega tampando meus olhos.

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