Sick love (Tate e Violet)

"Vermelho vibrante"

Tate pov

Eu acordei cedo com um barulho de caminhão de mudança e abri os olhos lentamente com a cara fechada, odiava acordar cedo e ainda mais com barulho, deveriam ser os novos vizinhos, Constance ficou sabendo essa semana que uma nova família se mudaria pra casa ao lado "a casa dos assassinatos" a Constance é obcecada por essa casa, eu não sei exatamente o por que, talvez algum tipo de valor sentimental ou sei lá, nós já moramos nessa casa três vezes, na primeira vez foi quando o meu pai ainda estava conosco, na segunda foi quando a Constance namorava com o idiota do Larry e na terceira foi quando a minha tia perdeu o filho e o marido dela, então fomos morar com ela pra não deixá-la sozinha mas depois de um tempo as dívidas começaram a chegar e nós tivemos que vender a casa mas Constance não quis ir pra longe e resolveu comprar uma casa exatamente do lado da nossa antiga casa, Constance é a minha mãe caso esteja se perguntando mas ela nunca exerceu esse papel na minha vida, então eu não a chamo assim, acho que a única mãe que eu realmente tive na minha vida inteira foi a minha tia, Nora Montgomery, ela mora conosco desde que o único filho dela foi sequestrado e morto com apenas 1 ano de idade e o marido dela se suicidou após isso, nessa época ela também morava na casa ao lado.

Além da minha tia e da minha mãe eu também moro com as minhas duas irmãs e eu tenho mais um irmão mas não falamos muito sobre ele e quanto as minhas irmãs, acho que são as únicas coisas que fazem com que eu não perca totalmente a cabeça e mantenha ao menos um pouco da minha sanidade, a Rose tem apenas 7 anos, ela é deficiente visual, nasceu assim, ela costuma encher bastante o meu saco mas é a minha irmãzinha, eu ainda amo ela, mesmo quando ela mexe nas minhas coisas e me faz querer matá-la, eu também tenho a Addy, ela tem 19 anos e apesar de ser 2 anos mais velha que eu acho que eu sempre agi como o irmão mais velho dela, a Addy tem síndrome de Down e a minha mãe sempre faz ela se sentir mal por isso, eu sempre cuidei muito dela por causa disso, eu lembro que quando eu tinha 2 anos de idade eu costumava dormir do lado da cama dela com uma Nerf e é por isso que um dos nossos cachorros só tem um olho hoje em dia, eu também lembro que uma das minhas primeiras brigas foi por causa dela, eu tinha mais ou menos 10 anos na época, dois gêmeos insuportáveis estavam provocando ela e a chamando de retardada, eu fiquei tão puto que quebrei o nariz de um deles e fiz o outro vomitar sangue, depois disso eu só me meti em mais e mais brigas, machuquei muitas pessoas e fui expulso de muitas escolas durante a minha vida, até chegar no inferno que me encontro agora chamado Westfield, pelo menos lá ninguém enche o meu saco, na verdade a maioria das pessoas de lá tem medo de mim então não tenho nenhum amigo.
Voltando a realidade eu escutei alguém batendo em minha porta fazendo eu me levantar da cama.

Tate: Merda, quem é? - eu perguntei irritado

Constance: Sou eu Tate, já está na hora de acordar, você vai fazer o café da manhã hoje - escutei a Constance falando do outro lado da porta, conseguia sentir o cheiro de cigarro e conhaque atravessando a porta, com certeza tinha passado a noite bebendo e transando com algum idiota muito mais novo que ela.

Tate: A minha cabeça dói, a tia Nora não pode fazer o café da manhã hoje? - menti, não estava sentindo dor de cabeça mas não queria levantar da cama.

Constance: Sinto muito querido mas a sua tia foi ao mercado e as suas irmãs estão com fome então você vai ter que levantar, tem muitos remédios na farmácia do banheiro, pegue algum pra dor de cabeça e logo vai melhorar.

Tate: Você não pode fazer o café só hoje? Você nunca faz - eu falei com raiva por saber que ela estava jogando as obrigações dela pra cima de mim simplesmente por ter bebido demais na noite passada.

Constance: Eu não estou me sentindo muito disposta hoje filho, por favor faça esse favor pra mamãe, eu vou voltar pra cama - ela falou já se afastando da porta do meu quarto.