Sick love (Tate e Violet)

Ciclo

Tate pov

Eu estava acordado a madrugada inteira, não conseguia dormir pensando naquela mensagem idiota, ainda me arrependia de ter enviado aquilo, eu realmente não quero ser um incômodo para a Violet. Virava de um lado para o outro na cama e de hora em hora olhava o meu whatsapp, só para ter certeza que ela ainda não havia me respondido, se continuasse assim logo eu estaria maluco, mais maluco do que já sou, se é que isso é possível. Após um tempo e mais algumas tentativas falhas de dormir, eu ouvi meu celular vibrando e o peguei rapidamente, havia uma notificação do whatsapp e quando eu li quase não acreditei.
Ela havia me respondido e não só isso, ela conversou comigo, ela gostava de falar comigo, me achava engraçado e queria andar comigo na escola, eu nem consigo acreditar que realmente tenho uma amiga e também não consigo entender porque isso me deixa tão feliz. Eu nunca quis fazer amigos, mas a Violet não, a Violet era diferente, era divertida, se parecia comigo, será bom tê-la como amiga, eu tenho certeza que será ótimo, só não quero que ela tenha problemas por andar comigo, o pessoal daquela escola já me odeia, eu não quero que a odeiem também, mas eu realmente não entendo como alguém pode odiar a Violet, ela é uma das melhores pessoas que eu já conheci. Eu iria até a casa dela hoje, tenho uma consulta com o seu pai e ela me convidou para ir até seu quarto após a sessão, isso me deixa nervoso, só de me imaginar sozinho com ela em um quarto e com a porta trancada, eu me sinto quente. Espantei esses pensamentos rapidamente, não quero pensar na Violet assim, não quero imaginar essas coisas com ela, nós somos amigos, amigos e só amigos, não somos nada além disso e eu posso não saber muito sobre amizades mas tenho certeza que amigos não se tocam, não se vêem sem roupa, não se beijam e com certeza não pensam em fazer sexo um com o outro, ok, a Violet já me viu sem roupa mas foi diferente, a situação foi diferente e eu não acho que ela tenha reparado no meu corpo ou pensado em coisas indecentes comigo, mas eu não reclamaria se ela tivesse pensado, acho que até gostaria na verdade. Senti que estava ficando excitado então tentei pensar em outras coisas, não posso ficar excitado pensando na Violet, nós somos amigos e seria estranho se ela descobrisse que eu fico assim quando penso nela, cogitei me masturbar para que isso saísse de vez de minha cabeça mas acabaria pensando na mesma enquanto estivesse fazendo e logo desisti. Eu não quero a Violet em minha cabeça enquanto estiver tendo esses pensamentos impuros, a Violet é pura, diferente de mim, eu sou sujo e não posso manchá-la tendo ela em meus pensamentos nojentos.
Fiquei nesse dilema por algum tempo, preferi deixar o tempo passar para que esses pensamentos sumissem de minha mente, mas eu fiquei confuso, a minha tia sempre teve uma relação muito aberta comigo e sempre falamos sobre qualquer coisa e ela sempre me disse que é normal ter desejos, todos tem, mas eu nunca me senti assim com nenhuma garota ou garoto, então porquê é assim com a Violet, o que isso significa? Porque eu penso nela assim? Porque desejo ela assim?
Eu estava viajando quando ouvi uma batida leve em minha porta.

Tate: Pode entrar - resmunguei alto o suficiente para que a pessoa ouvisse do outro lado da porta e logo minha tia adentrou o quarto.

Nora: Bom dia, querido - minha tia falou toda carinhosa como sempre.

Tate: Bom dia, tia - eu falei um pouco desligado ainda repensando tudo sobre a Violet.

Nora: Está tudo bem, Tate? - minha tia perguntou tocando meu rosto fazendo com que eu a olhasse e me tirando de meus devaneios.

Tate: Sim, sim, está tudo bem, tia, eu só tô um pouco avoado hoje - eu falei tentando parecer bem.

Nora: Entendi, você por acaso dormiu essa noite, querido? - minha tia perguntou provavelmente notando as olheiras abaixo de meus olhos.

Tate: Sim, dormi sim, tia - eu falei sorrindo forçadamente e ela me olhou erguendo uma sobrancelha como se dissesse que sabia que eu estava mentindo - Não, não dormi - eu falei abaixando a cabeça envergonhado - Desculpe, tia - eu falei em tom baixo.