Sick love (Tate e Violet)

Normal people scare me

Tate pov

Se passaram alguns dias e eu não conseguia tirar aquela garota da minha cabeça, eu sonhava com ela todas as noites e me lembrava perfeitamente de cada detalhe do rosto dela, as vezes ia até a minha janela na esperança de ver ela de novo mas não voltei a vê-la, eu queria tanto entender o que tava acontecendo comigo e por que essa garota me deixava tão vulnerável, o que tinha de tão especial nela?

Eu sabia que só tinha um jeito de ter respostas e de conseguir me aproximar dela, então fui até o quarto da minha tia falar com ela. Ela estava sentada na cama lendo um livro e eu bati na porta pra chamar a sua atenção, ela se assustou quando percebeu a minha presença ali.

Nora: Tate querido, pode entrar, venha sente-se aqui - ela falou me chamando pra sentar na cama dela e eu lentamente fui até ela e me sentei.

Tate: Tia, eu andei pensando sobre aquela ideia de fazer terapia e talvez... Talvez realmente seja melhor, pode ser uma experiência boa, né?

Nora: Claro meu amor, pode sim mas só se você quiser mesmo, eu não quero que se sinta forçado a fazer nada.

Tate: Eu sei tia mas eu realmente quero ir, mas se eu não gostar eu ainda vou precisar ir de novo?

Nora: Não, claro que não, se não se sentir bem ou se ficar desconfortável não precisa mais ir eu prometo, se não gostar, nem eu e nem a sua mãe vamos obrigar você a ir de novo.

Tate: Ok - eu falei já me levantando pra sair do quarto dela, quando de repente ela me chamou.

Nora: Tate - ela falou com calma e eu me virei lentamente

Tate: Sim tia?

Nora: O que te fez mudar de ideia? Por que eu te conheço e quando você não quer fazer alguma coisa, não tem quem te obrigue - ela me conhece bem demais pra simplesmente achar que eu mudei de ideia assim do nada.

Tate: Nenhum motivo específico tia, eu só quero que alguém me ajude e que eu consiga me sentir um pouco mais normal - eu falei forçando um sorriso.

Nora: Agora eu tenho mais certeza ainda que tem outro motivo, você sempre me disse que não gostava de ser normal e que não queria ser normal, que pessoas normais te assustam Tate, você diz isso desde que se entende por gente e agora simplesmente quer se sentir normal? Não, eu sei que tem outro motivo.

Tate: Não é nada demais tia - eu falei tentando fugir desse assunto desconfortável.

Nora: Tate, eu te vi quando você era apenas um bebezinho, pequeno, frágil e tão lindo, te carreguei nos braços e te dei banho, te alimentei e cuidei de você como se fosse meu próprio filho, eu conheço você melhor do que qualquer pessoa nesse mundo, então se quer mentir pra mim, minta melhor meu amor - ela falou séria olhando pra mim mas ao mesmo tempo com um tom um pouco sarcástico.

Tate: Até tem outro motivo tia mas eu não quero falar sobre isso, é uma coisa nova pra mim e eu ainda tô tentando entender.

Nora: Entendo meu amor mas me responda, isso tem alguma coisa a ver com a filha do Dr. Harmon, a Violet? - ela olhou pra mim com um olhar malicioso.

Tate: O quê? Não, é claro que não tia, eu nem conheço ela, a gente nunca se falou - eu falei me assustando e sentindo o meu rosto queimar de vergonha, será que estava tão nítido assim o meu desejo por ela?

Nora: Eu sei meu amor mas vejo você olhando pela sua janela as vezes e eu sei muito bem que a janela do seu quarto é em frente a janela do quarto dela.

Tate: Ok tia, já chega desse assunto, tchau, boa noite - eu falei saindo do quarto dela apressado.

Poucas coisas me deixam mais desconfortável do que falar sobre os meus sentimentos e eu nem sei se realmente tenho sentimentos por essa garota, sei lá, eu nunca gostei de nenhuma garota e nem quero, gostar de pessoas, se aproximar de pessoas, lidar com pessoas, é muito complicado e eu não quero mais complicações pra minha vida e também, eu sou o Tate, Tate Langdon, as pessoas não se aproximam de mim, elas tem medo de mim e as meninas, elas me acham esquisito, talvez não pela minha aparência, eu até me considero alguém bonito, mas pelo meu jeito e pelo meu histórico, então eu não quero gostar de ninguém pra ser rejeitado e abandonado e sentir a mesma dor de quando o meu pai foi embora, eu não gosto de sentimentos e desde que perdi o meu pai, eu decidi que não teria mais nenhum.