Mystic Falls – 1864
A noite se encontrava fria, carregada de um vendaval abrupto, que despertava o medo dos desfavorecidos da pequena cidade, localizada no estado da Virginia, nos Estados Unidos.
Mesmo sendo o seu lar de nascença, não havia um patrimônio digno para que Damon Salvatore pudesse se vangloriar junto de sua família. Ao contrário, a casa deles era o resultado de uma renda baixa, para um cargo que lhe custava extremamente alto, um soldado do exército americano.
Damon estava beirando os trinta anos de idade, e como tinha uma estrutura familiar volátil e dispersora, entrou cedo naquele mundo devastado.
Era um jovem rapaz, muito bem afeiçoado que, aos vinte anos de idade recebeu o chamado de servir na península coreana. Viajou os muitos quilômetros esperando encontrar apenas a guerra e a tristeza, a dor e a entrega. Todavia, foi surpreendido pelo destino ao encontrar um grande amor, uma mulher forte que lhe pareceu como uma orquídea denphal, linda e delicada, mesmo assim resistente ao severo e frio inverno, Kim Boreum.
De modo tão natural, a jovem sul-coreana trouxe frescor e doçura para a vida do Salvatore. O sorriso intrigante de Boreum lhe despertou a atenção, assim como os olhos de Damon, roubaram o coração da enfermeira.
Quando percebeu, o clima tenso da fronteira deu início a um belo romance. Romance este, que pouco tempo depois se oficializou num casamento tradicional, feito dentro da cultura de Boreum. Após três anos de relacionamento, ela engravidou! Damon ficou extasiado ao saber da notícia. De repente, a Coreia do Sul havia se tornado o seu lar, a casa dele e de sua família. Seu trabalho não parecia mais tão penoso, tudo havia mudado, o nascimento daquela criança havia mudado para melhor o interior de Damon, trazendo-o um sentimento completamente inexplicável.
Quando viu os olhinhos puxados de seu filho, Damon derramou um lágrima que encontrou repouso na curvatura de sua boca. Ele era lindo assim como sua esposa. Boreum deu o nome que sempre quisera ao seu bebê, Taehyung. Um Salvatore. Um Kim e um Salvatore! O coração do casal se encheu de regozijo naquele momento, jurou para si mesmo que seria o melhor pai para Taehyung e o melhor esposo para Boreum, por todos os dias de sua vida.
Todos os dias de sua vida.
Todos... os dias...
[...]
— DAMON?! — Boreum deu um grito tão estrondoso quanto o barulho do galho de árvore que atravessou o vitral da janela.
Na ausência do pai dentro da casa, Taehyung, com sete anos de idade, correu em direção a sua mãe que se encontrava debilitada por conta da gravidez.
— Mãe... — ele parou ao chegar na mulher encurvada, após andar abruptamente — o-o papai ainda não voltou.
— C-como? — Boreum se apoiou na mesa sentindo-se ainda mais preocupada. O clima se encontrava desolado, estava frio lá fora, os raios tomavam conta do céu negro, que por vezes se tingia de branco por conta dos luzeiros, cheios de magnitude, era perigoso! Colocou a mão na barriga enorme, sentia que estava perto da chegada do bebê! Pôde sentir um leve chute embaixo, mesmo estando com a mão trêmula. O olhar da mulher vacilou para o seu filho. — Entendi, e-está tudo bem, Taehyung. — Boreum forçou um sorriso ao ver a expressão de apavoro de sua criança.
— Mas... eu estou com medo. — a pequena boca do menino se deu num bico trêmulo. — Está tudo escuro. — ele murmurou e só então, Boreum percebeu que o vento havia apagado a lamparina na cozinha.
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Salvatore ♦ Kim Taehyung
Fanfiction(CONCLUÍDO) Numa noite fria de 1864, Damon Salvatore deixou misteriosamente a sua família. Sua esposa grávida da pequena Clair, e seu filho mais velho de sete anos, Taehyung. Agora com vinte e um anos de idade, estando ele e Clair sozinhos no mundo...