O fluir da respiração, emergente. As pupilas dilatadas assim como a palma da mão, que soltava o eflúvio gélido no papel. Uma certeira sensação de desorientação apoderou Taehyung, a parede de alvenaria lhe serviu de apoio ao titubear. Seu coração o iludiu com a hipótese de ser uma ameaça inócua, sem grandes danos e isenta de tamanha violência, mas todos os átomos de seu corpo conclamavam o contrário.
Klaus, o europeu desconhecido parecia verdadeiramente capaz de cumprir com cada letra ali descrita!
Engoliu o bolo travado na garganta, a criança já tinha sumido no meio das demais pessoas que ali desfrutavam do ar noturno e cantigas ancestrais. Por baixo da franja sentiu as gotículas surgirem na testa. Saiu de perto da tocha virando-se para os lados, era inútil, eles não estavam ali!
Tomou fôlego tentando organizar o pensar, embora suas mãos estivessem atadas.
Abaixou a cabeça acelerando o passo, largou o papel amassado no cascalho, retornando pelo caminho que havia percorrido minutos antes. Possivelmente estava febril, já que sentia um calor abrasador lhe rodear.
Queria que fosse o fogo a lhe ameaçar, todavia era unicamente a certeza de que estava encrencado.
Flertou com o inimigo e foi mordido, brincou com a sorte destilando mentiras e meias verdades. Concernente a isto, fora rastreado como uma presa na floresta, com um caçador fatal armado em seu encalço, estando ele no topo da cadeia alimentar.
Como Jisoo, e suas flechas flamejantes na escuridão habitual, dando às aves a falsa sensação de segurança e liberdade.
O Salvatore se tornou uma presa!
Taehyung estava perdido, o desalento tomou conta de sua pulsação, que se tornou ainda mais acelerada quando cruzou o portão da casa de repouso.
Não demorou para o alvoroço ser notado por Bae Joohyun, da cozinha ouviu o barulho da porta. Saiu afoita pensando ser Do-Yoon, já que era muito cedo para o retorno de seu senhorio.
A expressão se tornou confusa, o barulho da lenha queimando na cozinha estava presente, um estalar sutil, que completou a sonoridade do ambiente, assim como o pesado arfar de Taehyung.
Irene piscou duro, olhou ao redor e viu que uma senhora cochilava próxima a janela da sala.
Na ausência de palavras, eles se comunicaram com os olhos!
Os dois se apressaram para a cozinha, lugar onde talvez, eles pudessem ter uma conversa, sem causar dúbias interpretações com seus diálogos. Não que isso fosse um problema tão sério.
Afinal, nada era mais sério do que aquilo!
— Por que já voltou? Você está me assustando. — A funcionária peculiar ditou temerosa, dividiu a atenção com o ensopado na panela de ferro. — Deu tudo certo com o Stefan? — Por mais que o moreno demonstrasse pânico, Irene tentou cultivar um mísero flamejar de esperança.
— .. Não.
A voz rouca se arrastou, causando um arrepio aterrorizante na espinha da bruxa!
— A-aish. — a Bae puxou a mão ao sentir a dor ardida em sua pele, se queimou na panela, não era grande coisa, mas os olhos de Taehyung vacilaram para os dedos pequenos. — Está tudo bem.
— Cuidado Joohy.. — Estava a pegar na mão da mais velha para ver, vários pensamentos sondavam o Salvatore, da qual lutava para não perder a sanidade.
Contudo foram interrompidos.
— Aigoo, eu estou com fome! — Uma voz trêmula e altiva assustou os dois. — Irene-ssi, já está terminando minha comida?
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Salvatore ♦ Kim Taehyung
Fiksi Penggemar(CONCLUÍDO) Numa noite fria de 1864, Damon Salvatore deixou misteriosamente a sua família. Sua esposa grávida da pequena Clair, e seu filho mais velho de sete anos, Taehyung. Agora com vinte e um anos de idade, estando ele e Clair sozinhos no mundo...