Quando parei o carro em frente a garagem, saio do mesmo e, vou andando até a porta, quando aberta, entrei e dei uma analisada por toda a casa, vejo que não estava tão suja como imaginei, mas antes de qualquer coisa, fui para a cozinha e me sentei na cadeira, peguei a caixa em minha mochila e a coloquei em cima da mesa, voltei a analisar as cartas e do que elas se tratavam, eu estava curiosa, o que era errado.
Pego uma delas mais recente, onde vejo uma letra maravilhosa, logo identifiquei de que, com certeza aquela letra era de uma mulher, comecei a ler a escritura, que dizia:— Estou feliz por ela estar crescendo saudável, sinto em não tê-la por perto, tenho certeza de que Nick, iria adorar lá.
Continuei lendo mais a fundo, e vi que essa suposta mulher mencionava muito o nome, Nick Lombardi, peguei cartas mais antigas, bem próximo ao ano em que nasci, essa mulher voltou a dizer o nome do garoto.
— Ontem, foi o nascimento do meu filho, Nick, ele é uma graça, nasceu com saúde e... É a cara do pai!
Voltei a ler outras cartas, e tudo que eu lia, só me deixava mais confusa e curiosa, eram muitas cartas trocadas desde o ano de mil novecentos e oitenta, até que, eu pego uma carta onde li algo que me chamou a atenção:
— Eu suei, eu chorei e daria a minha vida por ela, não pude ter o prazer em senti-la novamente em meus braços, mas ainda sinto o macio de sua pele, minha pequena, Hannah, um dia, torço para reencontra lá. Cuide de minha filha como se fosse sua, sou, e serei eternamente grata!
Naquele momento, eu não podia acreditar, se era mentira, se era verdade, eu não sei, mas lágrimas escorriam pelo o meu rosto, eu não sabia o que dizer, o que pensar, ao menos como me justificar de tal acontecimento, não conseguir desenvolver uma relação formal ou exata, tudo o que eu pude pensar foi que, eu vivi o tempo todo uma mentira!
— Nick
— Eles te expulsaram?! — Oliver soltou um grito, irritado e com fogo nos olhos de tanto odio.
— Mas por que isso? Qual foi o motivo? — Questionou Luiz, desacreditado com o que acabará de escutar.
- Eles estão me culpando pelo os ataques da vila, segundo eles, tudo começou a dar errado quando eles descobriram que eu sou um lobisomem! — Respondi, sentia uma dor chata na cabeça pelo o fato de ter recebido uma pedrada.
— São uns tolos, depois de tudo o que fizemos por aquela vila, e o prefeito? Ele fez alguma coisa?
- Foi o prefeito quem permitiu isso, Oliver! — Falo tirando a minha camiseta.
— Mas que droga. — Resmungou Luiz. — Eu sinto muito, Nick. — Disse Luiz.
- Obrigado, infelizmente não tem o que fazer, onde está Davi e Lívia? — Perguntei assim que senti a falta deles.
— Lívia está dormindo, e Davi está no quarto dele, ele ainda anda mal, Nick, eu não sei como ajudá-lo dessa vez, Lívia disse que tentaria falar com ele.
- Eu vou ir falar com ele. — Fui até o meu quarto, onde vesti uma outra camiseta, andei pelo o corredor até chegar na porta de seu quarto, olhei para o lado onde vi Oliver e Luiz indo para a cozinha.
Quando me aproximei a minha mão para bater na porta, Lívia a abriu.- Lívia? Pensei que estivesse dormindo. — Comentei.
— Eu tentei, mas me senti na obrigação de vir dar apoio a ele.
- Como ele está? — Perguntei.
— Ele está bem, só, meio abalado ainda, os meses passam, mas a ferida permanece. — Assenti, ela saiu e foi em direção a cozinha, vejo a mesma se sentando ao lado de Luiz, eu entrei em seu quarto, até ver que ele estava sentando no chão encostado na cama.
— Aonde você estava? — Ele perguntou.
- Eu estava na minha casa. — Disse fechando a porta e indo em sua direção, me sentando em seu lado.
— O que foi fazer lá? — Questionou ele.
- Eu não sei, eu... Precisava...
— Eu sinto muito Nick, eu não sei como é essa dor que você está sentindo, só pelo o fato de você ter perdido os seus pais. — Ele colocou a mão em meu ombro.
- Obrigado, digo o mesmo, não sei como está a sua dor, mas a gente pode superar, juntos!
— Não é tão simples, eu tenho os meus pais, amo eles mas, Sofia, era a minha vida. — Ele fala com a cabeça baixa.
- Eu entendo. — Suspirei, decidi conversar com ele sobre mim, pra eu só menos tentar me sentir bem. — Sabe, Davi, eu estou fraco, muito fraco.
— O que você quer dizer com isso, Nick? Você não é fraco!
- Eu prometi, prometi que protegeria todos, perdemos Sofia, perdemos Max, e perdi a minha mãe, eu não consigo ser forte e pro — Proteger todos. — Falo em meio aos gaguejos, e sim, eu estava chorando, posso ser meio ingênuo, mas, não dá para ser forte o tempo todo.
— A culpa não é sua Nick, tudo isso foi por culpa do Raydan e do Cristopher, não foi você quem tirou a vida de sua mãe, foi ele.
- Davi, eu tentei, tentei de tudo para ser forte, mas falhei novamente, eu sempre falho. — Desabei.
— Mas faça desses erros a sua vitória para o amanhã, vamos conseguir Nick, de alguma forma a gente vai conseguir. — Eu sentia raiva ao escutar o nome de Cristopher, eu sentia ódio, e uma vontade imensa de despedaça-lo, minhas mãos tremiam só de imaginar eu tirando a sua vida.
- Eu juro a você Davi, se for preciso, eu daria a minha vida por vocês, mas se for para isso acontecer, eu terei que ter a cabeça do Cristopher em minhas mãos, eu mesmo vou mata-lo, e quando esse dia chegar, e vai chegar, eu vou fazer com que ele se arrependa de ter nascido. — Falo demonstrando um olhar frio e maligno, me senti pedido ao dizer essas palavras, pois nunca um dia me passou pela a cabaça, matar!
— Saiba que eu estarei com você nesse dia, a morte da sua mãe, a de Sofia, Max e o seu pai, não foram em vão, eu, você, e todos nós vamos fazer ele sofrer toda dor que ele nos causou.
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Lua Negra: A Saga Lunar - Livro 3 ( Concluído )
FantasíaApós a tragédia devastadora, Nick se afunda em culpa enquanto seus amigos enfrentam suas próprias batalhas internas. Bethany é arrancada de sua rotina em Small Village e jogada em um turbilhão de mudanças ao aceitar uma oportunidade em Londres, sem...