Lua Negra: A Saga Lunar - Livro 3 ( Concluído )

Capítulo 57

— Gabriel

O processo é lento e indolor, eu estava agoniado, já se passou horas e Nick ainda não havia reagindo, mas ele já estava com uma aparecia ótima, porém diferente, é claro, parecia mais forte. Assim pensei.

- Olha, os músculos dele estão se contraindo. — Vejo os músculos de seu braço se inchando, a água que estava em seu corpo já fora embora, ele estava muito melhor de quando eu o vi quando cheguei, e logo notei algo estranho, ao meu redor, víamos uma iluminação azul aparecer, parecia magia.

- Lorde Aharis? O que está acontecendo? — Perguntei curioso.

— Está acontecendo, Gabriel, chegou a hora! — Ele afirmou, dando alguns passos para traz. Aquela luz azul misturado com fiança, passava sob os meus pés e ia em direção a Nick, logo começou a penetrar a sua pele, correndo por suas veias e por todo o seu corpo, um vento rodeou o local, um vento forte que fez com que a água daquelas pequenas possas, voassem junto ao vento.

- Acho melhor eu, me afastar um pouco! — Disse eu, lorde Aharis concordou.

— Nick

O vazio, ela é localizada no mais profundo do subconsciente, uma pequena brecha entre o cérebro que ainda reagi diante da morte, e era nesse vazio em que eu me encontrava, abri os meus olhos e me sentei olhando para o local onde eu estava, tudo a minha volta era branco, até mesmo a densa neblina que cobria o meus pés.

- Onde, eu estou? — Falei sozinho, tentando entender o que havia acontecido, até escutar alguns passos parando logo atrás mim, me virei um tanto assutado, e eu não sabia ter outra reação, a mão do indivíduo se estendeu ate mim, ajudando me a me levantar, eu estava confuso, curioso e emocionado mais do que tudo.

- Pai? — Falei com a voz tremula e a garganta doía por segurar o choro.

— Filho. — Ele sorriu, eu o olhava e vinha lembranças do rosto dele como da última vez em que eu o vi.

- Eu... Pai — Dei alguns passos longos até ele, e o abracei forte, dei lhe um abraço com tanta força que podia jurar ter esmagado os ossos dele, um abraço repleto de amor, dor e saudades.

—  Meu filho, você cresceu, é como se eu estivesse me olhando no espelho, você se parece muito comigo! — Respondeu ele.

- O que houve comigo? Onde eu estou? — Pergunto olhando em volta.

— Você morreu, não completamente, mas Cristopher o matou, o que está te mantendo vivo agora é o seu poder que você deve liberar. — Eu estava me sentindo exausto de mais para debater em como liberar esse poder.

- Pai, eu sinto tanta a sua falta, eu me sinto vazio desde que perdi você e a minha mãe. — Não consegui conter as lágrimas, abaixo a cabeça, sinto o meu pai coloca a sua mão em meu queixo, e o levanta até encontrar os seus olhos.

— Nick, eu sei que é duro e insuportável, mas aconteceu o que tinha de acontecer, tem que superar e seguir em frente agora.

- Eu não sei como, eu sou um monstro, o mesmo monstro que te machucou, o mesmo que matou a minha mãe! — Não me importei e deixei as lágrimas saírem, não podia conter mais.

— Filho, você não é um monstro, eu acompanho você, eu vejo você, eu vejo como você age e as coisas que você faz. Você está se tornando algo que nunca um dia imaginou, e se chegou a esse nível, significa que você é mais do que digno!

- Não tem um dia se quer, que eu não pense em você, eu me sinto fraco, incompetente. Me desculpa, eu não sei como ser igual a você. —  Me ajoelhei no chão, desabando, sentindo fraqueza.