The Last Slytherin

Capítulo 102.

"Boa noite Slytherin..."

"Boa noite Malfoy..." 

Acordo assustada com o coração acelerado e essas palavras ecoando em minha mente. Será que sonhei? Sinto uma dor de cabeça forte e me sento, percebo poucos raios de sol passando por minha janela e logo em seguida a porta do meu quarto é aberta revelando minha duas amigas do orfanato.

"Que bom que acordou Ana, o café já está servido, estávamos vindo te acordar." Amélia diz.

"Acordei com uma baita dor de cabeça, acho que irei ficar descansando hoje." Explico.

"Tudo bem, iremos avisar a irmã." Judite fala. Coloco a mão em cima do travesseiro e escuto um barulho de papel amassando. "O que é isso?" Ela pergunta.

"Ah!" Mostro o pequeno papel. "Fiquei curiosa para ir até essa tal de realidade desejada como vocês me disseram ontem mas não consegui, adormeci sem perceber eu acho." Sorrio.

"Que pena, mas não se preocupe, uma hora você consegue." Amélia sorri. "Antes que eu esqueça, o correio passou e te deixou algo, olhe." Ela me entrega uma caixa embrulhada em papel pardo sem remetente.

"Que estranho, nunca recebo nada, de quem será que é?" Pergunto.

"Não sabemos, não vimos o remetente escrito e o carteiro também não falou nada sobre." Elas olham para fora da porta. "Temos que ir, esperamos que melhore." As duas sorriem e fecham a porta. Pego a caixa e rasgo o papel revelando um pequeno baú de madeira lacrado e um envelope. Abro o mesmo e dentro está uma carta e uma chave, provavelmente do baú. 

"Ana...
Não quero complicar as palavras desta carta para que não fique confusa mais do que imagino que você ficará mas pense em mim como seu anjo da guarda. Sei de suas dúvidas com sua marca que sim, é de nascença e de quem são seus pais e quero começar te explicando que nesta vida, em sua real vida, seus pais, com sobrenome Slytherin (sim, como nos filmes de Harry Potter), eram pessoas muito boas que não tiveram condições de te manter mas saiba que te amavam muito. Mas eu Ana... Eu posso te dizer com toda a certeza que te amo mais que tudo. Sei que não está entendendo nada, que não sabe quem eu sou mas o importante é que eu sei quem você é e mesmo sendo de outra realidade, sei que sou incapaz de amar alguém como te amo. Talvez eu me liberte deste universo fictício, talvez um dia eu esbarre em você sem querer e começamos uma conversa e assim poderemos viver o que sonhamos e te garanto que nenhum script será necessário para que eu me apaixonasse de novo e de novo por você, porque você Ana, foi, é e sempre será a única que fez meu corpo se estremecer com nossos "amor elétrico". Tenha certeza que neste momento estou fazendo de tudo para que nos reencontremos e assim nossos corações se acendam novamente no mais puro amor, espero que me espere como sempre te esperei mesmo que não saiba quem em sou mas, enquanto isso não acontece, dentro do baú está tudo de que precisa para finalmente sair deste lugar, viajar, estudar, ter sua casa, carro ou qualquer outra coisa! Seja feliz e eu estarei feliz! Espero que mesmo confusa sinta um milésimo do amor que eu, um desconhecido para você, sinto.
Até algum dia Ana... De seu e somente seu, D.
Ps: Olhe em seu pulso...

Acabando de ler sinto meu coração se apertar e olho para meus pulsos focando em um deles com uma tatuagem de um D com raios em volta. Eu não tinha isso quando fui dormir esta noite! Leio mais umas três vezes a carta tentando entender alguma coisa mas fico ainda mais confusa, quem será ele? D... Daniel, Danilo, Dênis... Começo a repassar na cabeça todos os nomes que sei que começam com a letra D mas não conheço ninguém com esses nomes! Pego a chave e abro o pequeno baú, quando olho o que tem dentro meu coração acelera mais do que já estava acelerado e congelo por segundos, não pode ser...