Capítulo 17.

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Dois dias se passaram desde que voltei. Draco não sai um minuto do meu lado e nem tem assistido as aulas.
Ainda tenho dificuldade em andar por minhas costas doerem mas já estou melhor. Não contamos a ninguém que estou aqui e Naguini está cada vez mais estranha. Ela tem ficado mais agitada com o passar dos dias então tivemos que prendê-la em uma jaula.

Estou deitada na cama da sala da minha mãe vendo de longe o entardecer. Draco foi pegar nosso jantar. Hoje o frio está de matar qualquer um, literalmente congelante.

Draco entra e vou devagar sentar na mesa. Após comermos sento na cadeira próxima a janela e Draco ao meu lado pegando minha mão.
Ontem contei a ele o que passei no um ano que estive fora, que para ele foi apenas um mês e o mesmo está sem reação, imagino por não saber como me confortar.

"Sabe uma coisa que eu nunca esqueci..." Ele me olha intrigado. "De ficar na janela de noite, eu não sabia o porquê de estar lá, mas eu estava... Acho que mesmo inconscientemente me sentia mais próxima de você..." O olho.

"Ana quando você foi embora, eu não disse aquela frase em vão, eu te amo, na verdade descobri que te amava muito antes de sentir seus lábios pela primeira vez. Eu só queria deixar claro isto..." Ele fica sem jeito de falar isso e coça a cabeça.

"Eu também te amo Malfoy..." Sorrio dando um peteleco em seu braço.
Me levanto.

"Vem, vamos deitar." Peço.

"Mas ainda está cedo não acha?" Ele fala.

"Vem logo." Pego sua mão e devagar vamos até a cama. Eu me deito e logo depois ele.
Após nos aconchegarmos um no outro o beijo delicadamente e curtimos nossa companhia. "Eu te amo..." Rimos. "Agora que falei, não consigo parar de repetir isto!" Brinco e ele me beija novamente. "Amanhã quero ver meu pai.. digo, Snape." Draco assente e adormecemos.

(...)

Acordo de madrugada e me levanto com cuidado para não acordar Draco. Estava passando um pouco mal, suando frio, estava sufocada! Não aguentava mais ficar presa em um cômodo!

"Ana Slytherin" sussuro e saio de lá. Queria ir ao salão comunal da sonserina, estava com saudades daquela vista do lago Negro.
Enquanto estou andando escuto passos e me escondo, Snape passa e posso ver seus olhos vermelhos e escutá-lo fungando. Meu coração aperta de uma tal forma quando o vejo assim ...
Respiro fundo e os passos param por um segundo até que escuto eles se aproximando novamente.

"Te peguei!" Aponta sua varinha para mim mas quando me vê desfaz sua defesa. "Ana..." Me abraça e começa a chorar lá mesmo. "Fiquei com tanto medo de te perder... Onde você se meteu? Como voltou?" Falava olhando em meus olhos chorando.

"Vamos sair daqui Severus." Ele entende, até porque estávamos no meio do corredor. Chegando em sua sala ele tranca a porta e conto tudo para ele que ouve atentamente.

"Você não pode ficar aqui, não agora, quando você voltou a dois dias atrás seu pai sentiu Naguini e está louco a sua procura. Você corre perigo! Precisa sair daqui!" Ele vem em minha direção. "Faça suas malas, viva com os trouxas um pouco, espero tudo se acalmar aqui." O paro na hora.

"Por que deveria ouvi-lo? Agora sei a verdade, você matou minha mãe, mentiu pra mim, eu te amava como um pai e foi isso que você me deu, apenas mentiras!" Me afasto brava.

"Ana não foi bem assim por favor me escute..." Ele senta.

"Por que escutá-lo? Para mais uma de suas mentiras?!"

"ANA ME ESCUTE! Petrificus Totalus." Balança sua varinha. "Ótimo agora acalme-se. Sua mãe era minha irmã.... Ela não era uma Slytherin, falei isso para que você não desconfiasse de Voldemort. Quando estudávamos ela teve um caso com seu pai mas ele enlouqueceu e tudo o que aconteceu, aconteceu. Em suas visões você pode ver que ele usou a maldição Crucio para controlá-la, torturá-la. Não pude deixar ele fazer isso, mas também não poderia me virar contra ele e deixar você sozinha ainda bebê. A vida de sua mãe já estava perdida mas sua não ... Eu te criei desde então como minha filha. Eu te amo como uma..." Ele suspira por fim e retira o feitiço.

Eu mesmo podendo me mexer fico parada. O som de nossas respirações se instala na sala e depois de longos minutos corro para abraçá-lo. "Eu também te amo pai!" Ele chora como uma verdadeira criança.

"Mas por favor, se esconda... Me escute por favor." Suspiro por fim.

"Tudo bem... Vou falar para Draco pegar minhas coisas no dormitório e antes de ir passo daqui, já está amanhecendo, agora preciso ir." Antes que eu saia ele segura meu braço.

"Onde você está ficando?" Sorrio.

"Segredo de estado." Saio.

Vou até o quarto da minha mãe e entro, lá Draco estava de pé e quando me viu veio até mim.

"Onde você estava? Não pode sair por aí você sabe!?" Percebo a preocupação em sua voz em conjunto com seu maxilar trancado. Ele suspira e me abraça. "Saia de novo sem me falar e eu te mato."

"Fui falar com meu pai..." Sento na cadeira descansando as mãos na mesa.

"Você viu Voldemort?!" Ele vem até mim e ajoelha em minha frente.

"Não Draco, fui ver Snape, meu verdadeiro pai, Voldemort foi apenas necessário para que eu nascesse." Ele se levanta e senta na cadeira ao meu lado. "Mas está tudo bem... Enfim... Preciso de um favor, você pode pegar minhas coisas no dormitório?" Ele assente.

"Por quê?" Ele pergunta e conto para ele minha conversa da madrugada. "Preciso ir para as aulas hoje se não meus pais me matam mas quando elas acabarem pego e nos encontramos na sala do Severus então." Falo que sim e ele sai sorrindo frouxo.
Como alguma coisa preparada pela minha varinha e tomo um banho colocando um moletom, como sempre.

Abro a janela para que o ar frio preencha a sala, pego um dos livros que estão na estante para ler e sento na frente da mesma.

(...)

Quando já está escurecendo arrumo tudo lá e vou até a sala do meu pai escondida com a gaiola de Naguini.
Chegando lá tem mais malas do que eu me lembro e Draco está falando com Snape. Quando percebem minha presença se aproximam.

"Por que tantas malas?" Olho para os dois.

"Draco irá com você. Para sua proteção." Snape fala.

"O quê?! Não! Ele tem aula, ele tem a família dele, isso não está certo! Eu sei me virar muito bem não acham?! Que absurdo! Não o colocarei em risco!" Brado.

"Ana eu vou com você porque eu não quero que você fique sozinha, só isso. Está tudo certo. Para a escola estou com meus pais e para meus pais estou na escola. Snape também vai ajudar com as coisas aqui." Draco fala calmamente.

"Mas..." Antes que eu fale algo ele vem até mim e segura meus ombros.

"Deixe-me ir com você desta vez." Suspiro e não falo nada.

"Vocês terão que se camuflar na multidão, não chamem a atenção por nada! E... Preciso levar Naguini para ele." Se refere a Voldemort. Eu concordo, Naguini não estava mais como antes, ela era controlada por ele cada vez mais...

"Vou sentir sua falta." Sussurro o olhando e ele sorri fraco. Seguro nas mãos de Draco e aparatamos.

Oiii então galera tenho uma pergunta. Vocês iriam gostar deu colocar tik Toks aqui quando der? Tipo, uns que combinem direitinho com o capítulo para que entremos na vibe também? Espero que estejam gostando ❤️

The Last SlytherinOnde histórias criam vida. Descubra agora