Junho de 1820 – Grécia – Pireus
Acordei ainda triste, fiquei um pouco mais na cama pensando nele, em mim, na nossa situação e no que eu faria. Troquei-me e desci, fui para a cozinha e dona Gilde disse que os rapazes já tinham saído e que voltariam no final da tarde. Comi um pedaço de pão com queijo e tomei suco, depois subi para o meu quarto e peguei a camiseta de Dimitri que tinha ficado comigo em troca do resgate do meu robe. A dobrei e cheirei pela última vez e fui para o quarto dele, e deixei-a em cima da sua cama e sai. Eu não poderia ficar mais com ela porque eu a cheiraria todos os dias e ficaria triste e naquela sofrência de ter o coração partido. Não queria ficar nessa BAD.
Peguei algumas maças e dei para os cavalos e para Mávro, o escovei e coloquei a sela nele. Tinha tantos lugares que eu queria conhecer ali, talvez visse o Parthenon um pouco mais inteiro. Perguntei para Dona Gilde onde ficava a Acrópole ela disse que não ficava longe, mais era melhor eu esperar Dimitri para ir comigo. Eu insisti e ela me passou a localização em um mapa, ficava a uns 15 km de distância de onde eu estava. E me falou que a Deusa Atena era a padroeira da cidade e era considerada a deusa da sabedoria, das habilidades e dos ofícios, da guerra defensiva da tecelagem, da agricultura e da navegação.
Fui cavalgando com Mávro pelos campos afora. De longe já dava para ver o incrível templo de Atenas em cima do monte todo imponente com seus imensos pilares, não tinha como não contemplar sua grandiosa construção com tanta história, que infelizmente já estava bem destruída.
Quando chegamos me deparei com uma vista de tirar o fôlego, era mágico e triste ao mesmo tempo por causa das ruínas, era incrível e fascinante. Já não se podia entrar dentro das construções por risco de desabamento. Tinha algumas pessoas apreciando os templos, desci de Mávro e me juntei a eles que estavam contando as histórias sobre o lugar.
Ali em cima na acrópole tínhamos o Parthenon de Atenas, o Propileu, o Erecteion e o templo de Atena Nike. Eles disseram que em grego, a palavra Acrópole significava "cidade no topo", o que faz sentido, já que ela estava em uma colina rochosa de 150 metros de altitude.
O Parthenon significa "O templo da deusa virgem", e servia como tesouraria, onde se guardavam as reservas de moeda e metais preciosos da cidade. E ali se fazia sacrifícios com donzelas para garantir a segurança da cidade de Atenas. Sempre as mulheres eram sacrificadas, oh, vida!
Fomos para o lado oeste da colina que ficava a construção do portão da fortificação. A entrada era à altura da beleza e da imponência dos templos construídos no local. O Propileu, foi concebido para proporcionar uma entrada monumental ao centro religioso da cidade de Atenas. Ele foi erguido todo em mármore branco, sendo o ponto de partida dos visitantes até a parte mais alta da Acrópole. E o espaço tinha sido usado como um refeitório e uma área de descanso para os visitantes.
Já o templo Erecteion, situado do lado norte é considerado o espaço mais sagrado da Acrópole, onde se realizava o culto de várias divindades. O local homenageia Erecteu, rei mítico e herói de Atenas. Uma das partes que mais chamam a atenção no templo é a lateral, onde estão as Cariátides, colunas em forma de estátuas de seis belas mulheres que sustentam todo o peso da cobertura.
E o último templo era de Atena Nike que ficava ao lado sudeste, que nos tempos micênicos protegiam a entrada para a Acrópole. Nike significa vitória, e no interior desse templo havia uma estátua da deusa Atena desprovida de asas para que a deusa nunca deixasse Atenas.
Depois da volta pelos templos, eu parei para apreciar a cidade lá em baixo, a vista era bem alta e ampla. A Grécia era maravilhosa cheia de mistérios e histórias. Eu amava aquele lugar! Começou a ventar muito e a dar vários relâmpagos, o céu atrás de nós estava escuro, parecia que ia cair uma tempestade. Eu estava tão fascinada com tudo que não tinha percebido a mudança de tempo. Subi em Mávro e começamos a correr mais não teve jeito, a chuva nos pegou. Eu tinha visto uma pensão a alguns quilômetros e poderíamos nos abrigar por lá até a chuva passar.
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Koúkla Mou - Livro 3 - Novos Desafios
RomanceAs aventuras de Agnes Montgomery e Dimitri Kardakos se intensificam quando o irmão mais velho de Alekos, Tasos Kardakos, chega para ficar. Além de causar intrigas, mal estar e dor de cabeça para todos, ele acaba revelando algo que vai abalar a relaç...