18. Acordo é Acordo

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Agosto de 1820 – Grécia – Porto de Pireus

Sim, acordei na cama quentinha e aconchegante de Dimitri. Ele já não estava mais ali, mas eu sentia o seu cheiro gostoso no travesseiro. Me levantei com cuidado, meu corpo ainda estava precisando de repouso, mas eu me sentina bem melhor que ontem. Fui para o meu quarto, me vesti e desci para a cozinha. Eu acho que tinha dormido demais porque dona Gilde já estava preparando o almoço. Tomei suco e comi um pedaço de torta que estava uma delícia, e depois fui para o estábulo.

Avistei Mávro correndo dentro do cercado e Dimitri sem camisa com o cabelo preso em um coque segurando uma corda e dando ordens para ele, o treinando. Fiquei encostada na cerca de madeira vendo os dois amores da minha vida. Mávro parou assim que me viu e se aproximou de mim e eu lhe fiz carinho. Dimitri também se aproximou.

Kalispéra, nystagméni (boa tarde, dorminhoca). — disse ele me dando um beijo no rosto.

— Boa tarde, Baby. — falei dando uma boa olhada nele de perto.

Aquele homem transpirava sensualidade.

— Gosta do que vê, moça?

Polý, polý (muito, muito). — respondi me deliciando.

Ele riu.

— Você dormiu bem, Koúkla mou? Como se sente?

— É claro que eu dormi muito bem, e me sinto bem melhor e você?

— Com a senhorita dormindo em meu peito eu acabo dormindo até demais. Alekos que me acordou hoje, se não, eu teria acordado agora junto com você.

— Aff! Você é muito lindo sabia?

— Você que é muito linda e gentil, agápi mou (meu amor). — disse pegando minha mão e dando um beijo.

— Sabe de uma coisa, Baby?

— Me diz.

— Quero o que foi acordado entre nós, e quero com tudo que tenho direito. — falei de uma vez.

— De qual acordo você está falando, moça? — perguntou ele franzindo os olhos.

— Você me prometeu uma noite de prazer se eu voltasse para casa. E cá estou eu.

— Sim, prometi e vou cumprir a minha promessa, Koúkla. — disse ele passando os braços pela cerca e me pegando pela cintura.

Dimitri me puxou para junto dele, eu podia sentir o calor do seu corpo suado, apesar da cerca nos separando. Ficamos com os nossos rostos bem próximos, dava para ver os pigmentos de azul em seus olhos.

— E o que essa noite inclui, moça? — perguntou ele curioso.

— Inclui um jantar romântico, uns drinks doces, beijos, preliminares e depois disso eu creio que você saiba muito bem o que fazer. — falei sustentando a minha vontade.

Eu precisava parar de fantasiar nós dois juntos e acabar logo com essa vontade que eu sentia dele. Aquela noite que ele tinha me dado prazer só aumentou mais minha vontade dele.

— Pelo visto a senhorita já andou pensando em tudo.

— Pode ter certeza que sim, não quero que isso fique só na minha imaginação.

Ele deu um sorrisinho sem vergonha e eu aproximei minha boca da dele.

— Jantar às 7, Baby?

— Jantar às 7, Koúkla mou.

Eu lhe dei um beijo no canto da boca e fui tomar banho. Eu não estava acreditando que eu tinha acabado de marcar a hora que eu pegaria Dimitri gostoso!

Koúkla Mou - Livro 3 - Novos DesafiosOnde histórias criam vida. Descubra agora