2698 Words
Eu não sou muito de ler quadrinhos, mas se você não é pior que eu para relações humanas com toda certeza conhece alguém que ama este gênero, e essa pessoa já deve em algum momento ter te explicado a "dor do herói", aquelas desgraças de por quem você ama em risco simplesmente por ser o super herói e atrair mais super vilões do que mel atrai insetos.
Então...
Pelo jeito eu era o maior ímã de desgraças e todos que ficarem próximos de mim estavam na linha de fogo.
Que maravilha...
Como disse, todos estavam em choque, praticamente gritando com os dois policiais babacas que vieram atender o chamado.
Jeff e Edu: uma das duplas a mando de meu pai.
Não tem o que fazer, nem todas as pessoas são legais ou nasceram para estar trabalhando na área que estão; ou pior não sabem lidar com outro ser humano. Mas pelo que meu pai dizia eles faziam bem o seu trabalho, que era praticamente responder aos chamados de emergência como este, e os defendia de suas atitudes grosseiras, pontuando que justamente por já terem visto muita coisa ruim que se afastaram do sentimento de se importar. Um tipo de válvula de proteção mental.
Dane-se isso.
Ainda são babacas. Eu nunca deixei de me importar, não importa o que eu vivenciei, o que passei e tudo o que vi. Eu nunca vou deixar de me importar!
Pode dizer que é por isso que eu sou... Mas eu não sou a única.― E você? ― Jeff para na minha frente.
Descrevendo ele um pouco... (é vou passar a descrever a galera, até os figurantes como eles pra ajudar.) ele parecia ser mais velho que meu pai, mas isso só por que ele não era do tipo que se cuidava.
Um homem de meia idade, caucasiano com manchas de quem já ficou muito na praia na juventude estragando a pele no sol. Tem os cabelos ruivos com linhas grisalhas e um corte militar curto, seu porte é forte com um braço enorme apertado dentro da camisa do uniforme assim como sua pança.
― Você já não cansou de ouvir a mesma história? Estávamos de boas na festa e uns loucos invadiram matando geral com armas que pareciam feitas em casa. ― Respondi séria vendo que meu pai sai da casa vizinha conversando com uma equipe de investigação.
― Libere as crianças. Já tiveram traumas demais. ― Ele diz ao se aproximar da dupla que parece suspirar aliviada por não ter mais de lidar com jovens; preferindo ir ver os corpos mutilados.
Que caras mais...
Cumprimentei meu pai e sai dali, vendo que o vizinho no fim das contas era uma pessoa gentil que havia chamado a polícia não "para" nós, mas "por" nós; já que estávamos nitidamente apavorados. Eu não sei o nome dele, mas tentaria lembrar de sua fisionomia.
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Térekin - Âmago do Caos-
ParanormalObra em analise. *~* Plagio é crime. *~* *~* Mais do que isso; plagiar significa que você não tem capacidade de criar algo seu. Então não pode ser considerado um escritor. Seja criativo e confie em sua própria capacidade.