13 - Verdade sobre a cidade.

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O festival adiado por causa do acidente estava finalmente em pé; e a última pessoa que eu esperava ver ali era o meliante que quase pôs tudo a perder

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O festival adiado por causa do acidente estava finalmente em pé; e a última pessoa que eu esperava ver ali era o meliante que quase pôs tudo a perder.

― Gostoso. Mas não é meu tipo. ― Ela comenta ao ver que meu olhar se prendia sobre ele me zombando na cara lavada. ― Não sei por que, mas parece ter algo errado com ele. Meus instintos dizem para ficar longe.

Bons instintos.

― Foi ele quem destruiu a plataforma. Por isso que olhei. ― Respondi e ela já fez aquela cara de "ata sei" que só um amigo sabe fazer.

― Estamos olhando os gostosos? ― Marcos se debruça sobre nós duas fazendo uma voz bem afetada. Já estava com seus dreads novamente, coisa que me cativava os olhos. ― Ele tem uma bela raba, não vou negar. ― Brinca fazendo tipo, logo se pondo a rir; e posso ver Edd o olhar por canto de olho.

Ele sempre parecia se incomodar muito quando o amigo começava a zombar e se fingir de gay para brincar junto conosco e comentar sobre garotos.

Pelo pouco que vi, percebi que a família dele era muito tradicionalista. Isso quer dizer, extremamente antiquados com qualquer coisa, e ele parecia infelizmente seguir as mesmas idéias; sendo muitas vezes racista com Marcos que retrucava já sabendo lidar muito bem com esse tipo de coisa.

― Verdade. Ele tem uma ótima ossatura; daria um bom jogador não acha? Se malhasse mais jogaria qualquer um de vocês longe. ― Ela murmura ainda o encarando sem vergonha alguma na cara.

E como já deve imaginar ele não se intimidou e veio na nossa direção.

― Com licença. Poderiam me dizer onde fica a praça da bruxa? ― Pergunta casual e tranquilo terminando de comer um destes espetinhos de morango com chocolate, jogando o palito no lixo ao meu lado.

Oi. Bruxa?

Que?

― Ah. Sim... ― All demora a se tocar do que ele falava e logo responde. ― É aquela no fim desta rua. Grande e no centro da cidade. Não tem barracas lá só pra cá. ― Alerta o vendo partir.

― Tudo bem. ― Corresponde educado saindo; e eu fico olhando essa cena com cara de taxo.

― Bruxa? ― Pergunto na cara lavada e All ri como se isso fosse um conhecimento padrão.

― Achei que o seu "amigo", tinha te contado todas as histórias da cidade. Ele não contou justo essa?

― Conta de uma vez caralho.

Eu paciente?

Quando menti ou fingi ser?

― Tudo bem. Nem é nada de mais: Quando a cidade foi fundada há muito tempo; diziam que uma bruxa vivia nestes terrenos. Então foram cercando ela e quando conseguiram a capturar queimaram no centro da cidade que era onde ficava sua casa. Muito provável que só era uma pobre mulher solitária... ― Diz ao dar de ombro. ― Mas há uns vinte anos renomearam a praça para o nome do padre que a "purificou", pois acharam que seria melhor pra cidade.

Térekin - Âmago do Caos-Onde histórias criam vida. Descubra agora