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Enquanto a sinfonia de gritos em desespero superava qualquer lampejo de esperança, fui seguindo as indicações daquele homem do chapéu colorido, entretanto quanto mais eu conseguia escapar, mais aquele ser parecia me dar atenção.
Por causa disso corremos dentre os equipamentos na direção oposta da que entramos ali, com a experança tola de que fosse o sulficiente para o fazer nos perder de vista, um trajeto que parecia idiota; mas eu não estava com o minimo raciocinio para me opor. E assim acabamos em meio aos emaranhados das construções que estavam sendo erguidas ali; uma área extremamente perigosa com vários vergalhões de metal prontos para nos empalar.
Quase esqueci de situar.
Junto a mim tinham mais sete pessoas, que apavoradas me seguiam como patinhos incapazes de verbalizar uma única palavras tão congelados pelo pavor quanto eu; e quando aquela coisa surgiu na minha frente arrebentando a parede e jorrando escombros como se fosse água eu vi a minha morte: vi ele me pegar pelo pescoço e o quebrar como a um galho fino e fraco me deixando contorcer de dor até sufocar enquanto matava um a um os patinhos atrás de mim. Eu vi. O medo me fez ver esse futuro refletido na máscara de gás que aquela coisa usava.
Assim tão próximo que o tempo até parou para mim.
Olhando de perto podia notar que parecia ser um homem, e que este tinha seu corpo em brasas; o que senti ao perceber aquilo foi inexplicável, acho que parte de mim entendeu por instinto o inexplicável; de alguma forma eu sabia o que ele era, sem o conhecer.
Eu não soube; apenas senti.
Sabia que ele estava banhado por um chama eterna que nunca se esvai, gerada por aquele que alguns nomeiam de deus e outros de demônio.
― Pede um autógrafo! ― A voz dele gritou quase dentro da minha cabeça de tão alto que ecoou e em pânico apenas obedeci.
― Ai meu deus! Eu não acredito que é mesmo você me dá um autógrafo! ― Movida pelas aulas de teatro eu sorri e gritei indo em sua direção animada como uma tiete; dando tempo dos demais saírem dali pelo caminho que o homem colorido havia me dito.
Eu iria morrer da forma mais ridícula que alguém já viu.
Foi o que pensei.
Mas não.
O ser parou e me olhou confuso; me atrevo a dizer que meio sem graça e até mesmo acanhado.
Olhou em volta e pegou algo com uma criatura que eu não conseguia compreender de tão assustada que estava, e logo me entregou. Era uma foto autografada, e foi ali que aprendi o nome deste ser para nunca mais conseguir esquecer.
Fiquei olhando aquilo atônita; mas logo me deu um estalo e agradeci ainda na atuação. Perto assim podia sentir que se ele realmente me pegasse pelo pescoço queimaria minha carne como se fosse uma destas soldas de ferreiro.
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Térekin - Âmago do Caos-
ParanormalObra em analise. *~* Plagio é crime. *~* *~* Mais do que isso; plagiar significa que você não tem capacidade de criar algo seu. Então não pode ser considerado um escritor. Seja criativo e confie em sua própria capacidade.