3080 Words
Estava verdadeiramente apavorada com tudo aquilo.
Daniel me mostrava coisas que não conseguia "desver"; e minha vontade era de sair correndo da minha própria sombra.
— Danny... — Murmuro meio trêmula e ele compreende bem que estava muito apavorada.
Ele não diz nada, apenas suspira e pega um casaco demonstrando que iria me acompanhar até em casa; e só então me atento mais a seu porte físico:
Realmente ele era muito alto, minha cabeça batia na altura de seu ombro tendo uma diferença de umas duas cabeças para a altura monstruosa do meu pai, coisa pouca comparado a todos que já vi; e junto disso era magro ao ponto de poder ver os ossos de sua clavícula pela gola por conta da camisa larga que era grande demais em largura mas perfeita em comprimento.
Seus cabelos ruivos bem aparados em um corte fade eram elegantes e lindos, mas eu nunca notava isso por conta de seus olhos de jade, mas principalmente pela cara carrancuda de poucos amigos, que impõe um grande "cai fora".
Estranhei um pouco os tios dele não terem aparecido ainda, e lembrei que sempre chegaram tarde por terem uma loja no centro.
— O que eu percebo é: quando mais demonstro que eu vejo, pior fica. Então se eu finjo que não vejo nada eles vão embora. — Diz ao destrancar a porta, e percebo que possuia um toc: ele punha a mão sobre algo escondido abaixo de sua camisa quando tinha medo. talvez fosse um totem que o fazia se sentir protegido. — As vezes... eles chegam bem pertinho para checar se eu to vendo mesmo. E eu tenho que fingir que não. — Completa ao trancá-la assim que eu passo. — Então eu só evito falar do assunto, pois parece que atrai em dobro.
— M-me desculpa por trazer o assunto. — Digo ao caminhar pelo corredor vendo que ele evita entrar no elevador mesmo estando em um andar mais elevado, e segue até as escadas.
— Fun... é bom falar com alguém que não te acha louco. — Murmura descendo as escadas ao vestir o casaco e posso sentir que realmente a temperatura havia caído como em todas as noites, e ele me entrega um segundo casaco que havia trazido consigo.
Sorrio e pego o objeto macio e aconchegante, que me era entregue com tanto carinho e zelo.
— Digo o mesmo. — Sorrio um pouco curiosa sobre o lance do elevador, mas sem coragem de o perguntar diretamente.
Mas tinham uma ideia.
Se ele via coisas, era natural não desejar ficar preso em um lugar que não pudesse correr. Eu também passei a evitar alguns tipos de ambientes desde o primeiro ataque e depois do segundo isso piorou.
Podia ouvir os ecos de nossos passos na calçada vazia do entardecer.
E tentava absorver tudo que degladiava na minha cabeça, e com isso acabei contando o que o mensageiro me disse, e Danny ficou me encarando com uma cara que eu não sabia decifrar se era de espanto ou de estar incrédulo.
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Térekin - Âmago do Caos-
ParanormalObra em analise. *~* Plagio é crime. *~* *~* Mais do que isso; plagiar significa que você não tem capacidade de criar algo seu. Então não pode ser considerado um escritor. Seja criativo e confie em sua própria capacidade.