Capitulo 10-Acho que o apocalipse chegou

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Keeley tinha estado no The Surf Shack desde as 9 da manhã e tinha trabalhado sem parar. Olhou para Van que estava ao lado de uma prancha. A sua cara estava animada enquanto mostrava a um cliente como se limpava um prancha. Keeley estava fascinada com a mudança. Ainda há uns minutos ele tinha estado a ralhar com ela por não por as t-shirts na mesa. Como é que ele mudava de irritado e frustrado num minuto para feliz e entusiasmado no outro? Keeley continuou a olhar para ele. Será que ele era assim com toda a gente com quem trabalhava ou era só com ela?

Van apanhou-a a olhar para ele e parou. Provavelmente estava chateado por ela estar a fazer uma pausa. Ele apontou com a cabeça para a parte com os fatos de banho a indicar-lhe que deveria ir lá. Antes do cliente ter entrado ele tinha ordenado que ela fosse organizar os fatos de banho por tamanho e cor. Parecia que ele estava a tentar que ela se irritasse para ter uma desculpa para a despedir. Bem, se ele pensava que isso ia ser fácil estava enganado. Keeley Anne Brewer não era uma desistente! Dirigiu-se até aos fatos de banho e começou a organiza-los.

Demorou meia hora para acabar. Deu um passo atrás e admirou o seu trabalho. Nada mau para uma rapariga que tinha uma discussão semanal com a mãe sobre organizar as suas próprias roupas.

"Toma" disse Van e atirou para ela uma vassoura. Apontou para uma área ao pé da porta "varre" ordenou ele bruscamente.

Keeley levantou a cabeça e olhou para ele "Feliz por o fazer" respondeu ela ironicamente. Começou a varrer devagar.

Pelo canto do olho viu Van a verificar o seu trabalho com os fatos de banho. Keeley apertou a vassoura imaginando que era o pescoço de Van. Ele tratava-a como uma empregada que não confiava, não como uma parceira de trabalho. Frustrada começou a cantar a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

"Cinderela, Cinderela. Noite e dia, Cinderel-"

"Sabes que te consigo ouvir" interrompeu Van.

Keeley olhou para ele vendo-0 com os braços cruzados e com um olhar irritado com a o que ela queria mostrar com música. "E então?" perguntou ela inocentemente.

"Então, isso quer dizer que os clientes também te podem ouvir."

Ela revirou os olhos e olhou à volta "Que clientes Van? A loja está vazia." Eram seis da tarde e já estava a ficar escuro. Normalmente a praia ficava deserta depois do pôr do sol.

"Tu sabes o que eu quero dizer. Para de cantar antes que os afastes todos."

"Acho que a tua personalidade os afastava primeiro do que a minha cantoria."

"Bem, de certeza que nunca te ouviste então."

Qual era o problema dele? Ele parecia odiá-lá desde o primeiro dia. "Sabes que mais Van? Se eu te der um presente bom vais tirar a felicidade a outra pessoa?"

O corpo dele ficou tenso e os seus olhos tornaram-se frios "Com muito gosto, se isso significar longe de ti, miúda do secundário" antes de ela poder falar ele foi para a outra divisão.

Ela olhou para ele chocada. O que é que ele tinha contra pessoas do secundário? Talvez ela devesse falar com Shawn para mudar o seu horário com outra pessoa. Obviamente, isto não estava a resultar.

Keeley suspirou e olhou para a vassoura. Ela podia não gostar de Van mas ainda tinha trabalho para fazer. Começou a varrer outra vez e lembrou-se da música da Cinderela. Olhou para a loja e não viu clientes nenhuns. "Cinderela, Cinderela. Noite e dia, Cinderela. Limpa a casa, faz almoço! Lava a louça, acende o lume! E a caminha e o pózin-"

Uma voz por trás dela riu-se e Keeley assustou-se. Ela virou-se para pedir desculpa ao cliente mas parou quando viu quem era.

"Cory" disse ela surpreendida. O que é que ele estava aqui a fazer?

The Cell Phone Swap- Pt TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora