Em quem confiar

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Gilly pressiona a compressa fria na testa da jovem garota de cabelos escuros listrado com branco. A febre dela diminuía aos poucos conforme as horas de passavam. As cortinas foram fechadas para que o brisa fria  da noite não entrasse no recipiente já que a mesma estava vestindo apenas uma fina camisola.
(S/n) acorda sentindo pequenas náuseas, e percebe não estar sozinha. Seu coração dá um pulo de alegria quando vê aquele rosto familiar.
_Gilly ! - Diz sentindo um grande alívio, não estava sozinha.
_Sua Graça disse que você desmaiou. Falou que você não tem se alimentado bem - Diz segurando o pano molhado na mão esquerda antes de mergulha-lo novamente na bacia. Ela quer contar tudo para a garota, mas algo detém sua língua Algo pesado. Algo dentro de si dizia cuidado.
_Oh…Si-sim, você poderia me buscar algo na cozinha? - Sorri francamente.
Gilly devolve o sorriso ficando muito feliz em obedecer.
Quando (S/n) fica sozinha, ela enterra a cabeça no travesseiro e grita socando a cama com toda a raiva do mundo. Eu te odeio Bran, O quebrando. Em seguida deita de costas e olha para o teto.
Ela tem que pensar. E tem que pensar rápido. Quais planos o Stark está planejando enquanto ela fica ali deitada. Não conseguia imaginar do que ele era capaz se continuasse em King's Landing.
Em quem ela pode confiar? Quem não seria ameaçado por ter conhecimento da situação?

E o que ele quis dizer quando disse que Sansa, Arya e Jon estão longe agora? Ele
estava insinuando talvez que…?
Não, isso exigiria muita reflexão.
Puxar as "cordas" manipulando eventos de forma que conseguisse chegar nessas circunstâncias.
O lobo solitário morre, mas a matilha sobrevive.

É isso que você ouvia dos Starks.

Você não pode alcançá-los agora.
Você está sozinha.

Ela se senta na cama. Os Stark foram espalhados aos quatro ventos, a capital foi reduzida a cinzas e ele agora é o único árbitro do poder.
Ela se sente tonta, mas lúcida. Na verdade, ela nunca se sentiu mais viva. Ela deve convocar Tyrion, ela deve se encontrar com ele em segredo. Ele pode juntar as peças com ela.
Ela tem que colocar tudo no papel também, apenas no caso de… Um coaxar atrapalha seus pensamentos soando como uma risada. Sentindo o sangue congelar, (S/n) leva a mão à boca.
Ela tem medo de olhar, mas deve. Tomando coragem, lança um olhar por cima do ombro avistando um corvo empoleirado na cabeceira da cama, com a cabeça inclinada em indagação.
Seus olhos são de um branco leitoso.
O pássaro está olhando para ela com fome. (S/n) põe um pé no chão, mas o corvo grasna um aviso.
Se ela for mais longe, ele cairá sobre ela. Com medo, a mesma recua o obedecendo, por enquanto.

Ela se deita de volta colocando a cabeça no travesseiro.
Acima dela, o corvo observa, com as asas abertas.
(S/n) sente fervendo sob sua pele. Ela quer arrancar as roupas, os lençóis e os travesseiros e ver as penas flutuarem. 
Ela fecha os olhos, sabendo que não vai dormir.
O sonho a leva antes mesmo de Gilly abrir a porta. 

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Nota: Oii, caso tenham gostado do novo capítulo, comente e vote, isso é muito importante para os escritores, isso nos deixe mais animado para continuar.
Bjs 🐺

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