Ela está correndo pelo bosque sagrado.
O bater de asas a segue no labirinto de neve.
Ela odeia a sensação de folhas mortas sob os pés.
O cheiro de um cemitério.
Por um descuido, ela tropeça em uma raiz no chão e acaba caindo de bruços. Pássaros a rodeiam como se fosse hora da refeição. Ela pode ouvi-los se preparando para o banquete. Se encolhendo no chão, vê um par de botas perto de sua cabeça. Erguendo os olhos para ver a quem pertenciam, Bran está parado acima dela, com as mãos atrás das costas.
Ele dá um passo à frente, depois outro. Ele está caminhando.
Bran anda em volta dela. Seus saltos agitam a neve, fazendo os flocos pousarem em sua bochecha. (S/n) tenta rastejar para longe, porém ele levanta o pé e pressiona a bota contra a coluna dela. Ele sabe exatamente onde aplicar ressão, aprendeu a anatomia do declínio.
_Você pode não andar, mas vai voar -
Sua voz a imobiliza com mais força.
Seus dedos dela raspam a neve até sangrar ao tentar sair daquela situação.
Ela não entende.
Eu não posso voar, ela pensa.
_Seus ancestrais voavam sobre os céus montados em dragões. Você tem sangue Targaryen correndo em suas veias, filha bastarda de Aemon - Diz ele, sem rodeios, sem encorajamento, sem sentimento. Apenas declarando um fato.
Claro que você pode voar…
O Conselho está preocupado. Lady (S/n) chegou ontem e já adoeceu.
Sam culpa o ar desagradável da capital e o estresse da viagem.
Brienne pensa que sua companheira provavelmente se exauriu.
Tyrion se pergunta se isso pode ser um tipo diferente de tensão mental. Passou tantos anos em guerra que as consequências das noites maus dormidas e falta de alimentação decente estão se manifestando agora.
Bran, o Quebrado, diz a eles que sua amiga ficará em King's Landing até que ela se recupere.
_Todos nós vamos cuidar dela - Diz ele suavemente, olhando melancolicamente à distância. _E eu vou me certificar de que sua mente esteja em paz…
Ninguém discute com o rei.
Ao acordar (S/n) percebeu que estava em outro quarto. Esse por sinal é muito mais espaçoso. Bran, pensa se sentando rapidamente na enorme cama. Olhando ao redor, não o avista, porém sente a presença de algo, como se estivesse a observando de longe.
_Eu sei q-que está ai - Diz alto ao levantar. Em resposta, o corvo de antes sai de trás da cortina. Seus olhos brancos leitosos não deixando os dela.
_Bran, por que estou neste quarto? Qual é o propósito disso? - Rosna para o pássaro que em resposta crocitou batendo as asas insinuando ataca-lá. Recuando ela fecha as mãos em punho querendo esfaquear o animal até sobrar somente penas.
_Lady (S/n), se estressa tão facilmente - A voz dele ecoam pelo recinto, uma pitada de diversão era presente no seu tom. Ela vira para onde vinha o som e lá estava ele, sentado na cadeira com as mãos cruzadas.
_Responda minha pergunta - Avança nele e para na sua frente deixando seus rostos a poucos centímetros. Seu olhar gélido demonstra desinteresse e algo que ela não sabia decifrar.
_Precisa relaxar - Diz sem demonstrar qualquer tipo de emoção.
_ Se você se comportar poderá sair do quarto acompanhada por Podrick hoje a noite. Basta me deixar ajudá-la - E lá está ele, usando seu poder de rei sobre ela. (S/n) queria recusar mas viu essa condição como uma oportunidade de falar com Tyrion.
_Esta bem, me diga o que fazer - Ela vê o rosto dele se contrair em contentamento. Ele faz um sinal com a mão para que coloque a cabeça em seu colo.
_Relaxe, esvazia sua mente - Ela acena com a cabeça em concordância e fecha os olhos.
Se passou meia hora e ela não conseguia acalmar seus músculos, um turbilhão de pensamentos polui sua mente, não dando passagem para o corvo de três olhos.
Bran coloca mão sobre a cabeça dela e acaricia seus cabelos de forma quase carinhosa, mas ela sabia que algo do tipo nunca viria do mesmo.
Sem dizer nada, lá está ele, novamente dentro dela. Dessa vez sua mão fantasma vai muito além da coluna, ela desliza por entre suas coxas alisando.
_P-para - Suspira sentindo o corpo reagir aos toques.
"Shh..É para o seu bem" a voz sem emoção ecoa por sua mente.
Bran contrala o corpo dela abrindo suas pernas para que fiquem mais amplas, logo em seguida seus dedos deslizam pelas dobras úmidas delicadamente como se estivesse estudando o local. (S/n) choraminga por não conseguir retomar o comtrole do corpo, nunca imaginou que um dia estaria passando por algo tão constrangedor, ainda mais com o Stark.
_Bra-bran, deve h-haver outros mé-étodos…Ah…- Seus olhos esbranquiçados se arregalam e um longo gemido sai de seus lábios quando dois dedos entraram na sua abertura.
"Você não parece estar odiando esse" A voz dele sai como se estivesse se divertindo.
Ele aumenta a velocidade sentindo os dedos dela cada vez mais molhados,
A garota se entregou ao prazer, gemendo e resmungando para que fosse mais rápido, Bran o faz e não demora muito para ela ter um orgasmo. Nesse pequeno período quando a mente dela se esvazia por fim ele consegue adentrar.
"(S/n), abra os olhos", um vasto céu azul se faz presente diante de si, não se lembrava de como foi parar naquele lugar.
Uma mão estente para ela se levantar, Bran sorri simpático a puxando para cima.
_Estamos no passado, olhe - Aponta para três crianças brincando com a neve. Ela contrai o rosto as reconhecendo.
_São meus amigos…e eu - Sussurra contemplando a pequena (S/n) que pula nas costas do menino loiro. Ela é a única com pouca roupa, nunca sentiu frio, desde que nasceu sua pele é morna, nem quente nem fria.
_Vamos, está na hora de ir - Ele se afasta caminhando para o lado oposto.
_Espera! - Quando correu até ele tudo ficou escuro novamente"
Sua respiração forte bate contra as vestes de Bran. Acanhada levanta o rosto para encara-ló apoiando o queixo na perna dele.
Ele levanta a mão dela que ainda estava entre as pernas e limpa seus dedos com um lenço.
_Terá sua recompensa - Diz de forma suave e beija os dedos dela. (S/n) puxa sua mão para longe dele e se afasta recuando para trás.
_Já posso sair?
_Claro, pedirei que um guarda vá chamar Podrick - Ele rola a cadeira em direção a porta que se abre na mesma hora.
_Acabei de me lembrar, Podrick não está. Hoje cedo o mandei em uma missão. Me perdoe - Fala antes dos guardas fecharem a porta, sumindo complemente da sua visão.
_Bran, seu filho da puta - Rosnou atirando um cálice contra a porta.
Era verdade quando lhe disseram sobre corvos. Ele mente…todos eles mentem.
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Máquina Restrita
FantasyVocê começa a ter sonhos estranhos 2 ano após a guerra ter acabado e Bran se tornado Rei. Querendo entender o significado deles, a mesma procura pelo corvo de três olhos, porém mal você sabe que está indo para toca do lobo. (Bran vilão x Leitora) ba...