5 semanas depoisUm som que ela nunca pensou que temeria é o rangido suave da madeira. Ele nem sempre a deixa ouvi-lo chegar no entanto, ás vezes ela nem o ouve.
(S/n) se senta na cama enquanto a cadeira dele vira para o lado dela. Já fazia 2 dias que ele não a visitava, talvez estivesse muito ocupado com seus deveres de rei.
Ela coloca as palmas das mãos sobre as cobertas e encara as unhas roídas. Está á tanto tempo naquele quarto que perdeu a noção dos dias. Isso costumava acontecer quando estava dentro da caverna do corvo, porém ela tinha Hodor, Meera e Bran…
Todo esse tempo que está ali em momento algum foi espancada ou ferida, mas ela preferia beijar os punhos do horrível rei da noite do que deixar o Stark acariciar sua mente.
Bran se inclina para trás em sua cadeira, um pequeno sorriso em seus lábios.
_Ouvi dizer que você comeu um pouco mais hoje. Isso é bom. Você está se recuperando - Semana passada (S/n) havia parado de se alimentar pois estava se sentindo mal.
Ela abaixa a cabeça em uma demonstração de convalescença.
_Estou bem, sua graça. Bem o suficiente para ir para casa, com sua permissão. Você cuidou bem de mim - Fala de forma doce e hesitante que ela pensou que havia abandonado há muito tempo. Algumas coisas devem ser reaprendidas.
Bran murmura algo baixinho, mas seus lábios não se movem. No entanto, a mesma o ouve falando com alguém ou algo.
Ela entrelaça os dedos, esperando, temerosa.
Bran dá um tapinha em seu colo.
_Vamos ver então.
(S/n) sabe o que isso significa. É o que ele exige dela toda vez que ela afirma que está pronta para voltar para o Norte.
Ela remove as cobertas e rasteja em direção a ele. A jovem se abaixa colocando a cabeça suavemente em seu colo e espere por mais comandos.
Seu coração bate selvagem de um jeito que não consegue controlar e ao mesmo tempo tenta limpar sua mente, esvaziá-la de pensamentos.
Seus dedos estão frios ao segurar a bochecha dela em sua direção. Um pouco de seu cabelo solto cai sobre as pernas insensíveis dele. Ela se pergunta, ele já sentiu vontade de removelas já são inúteis ou se ele se contenta apenas em andar em sonhos?
(S/n) olha para o homem e vê seus olhos refletidos em sua íris escura.
Intimidador.
Não deveria ter pensado nas pernas dele, estremece com sua própria falta de controle. Ela costumava ser boa nisso, mas seu rei tem um jeito de incomodá-la, de despir sutilezas e equilíbrio. Ele está além da política.
Bran traça o dedo pela bochecha dela. _Abra sua boca para mim - Sua cadência cadenciada é calmante. A jovem quer confiar nele mas não pode.
Ela abre a boca e sua língua rosa treme.
_Um pouco mais largo - Obedece apertando as mãos no tecido fino do vestido.
Bran encara a abertura escura, o rosa maduro, o fundo cru de sua garganta. As flores podiam florescer ali, mas os vermes também.
Ele segura seu queixo, a mesma espera pelo veredicto. Ela já espera que Bran vai dizer precisa de mais descanso, mas ele vai deixá-la pelo menos caminhar pelos jardins? (S/n) tenta não se perguntar essas coisas, mas é inútil.
Bran observa o conflito em seus olhos.
_Você é fraca, (S/n) - A jovem solta um suspiro contra a palma da mão dele.
_Todos nós somos. Nós rastejamos nus para a luz - Ele continua, pressionando o polegar contra seu lábio inferior.
_A boca escura que herdou da sua mãe, essa é a sua primeira fraqueza, deve reconhecer isso, não somos nós mesmos. É uma lição de humildade -
(S/n) pisca. A umidade está se acumulando em sua garganta. Ela quer engolir, mas a unha dele bate em seus dentes inferiores._Algum dia, alguém vai rastejar para fora de você também - (S/n) fica rígida. Ele nunca falou sobre isso antes, ela não pode deixar de ver isso como algo horripilante, se lembrou de um sonho que teve onde uma coisa feia incipiente, protuberante e supurando saia de sua garganta, quebrando sua mandíbula… ainda se lembra do gosto das penas de corvo. A mesma estremece, o nascimento a apavora mais do que a morte, mais do que qualquer violência.
Bran estende a outra mão e afasta alguns fios de suas têmporas.
_Não tenha medo. Eu não vou deixar isso te prejudicar. Limpe sua mente como eu te ensinei. Deixe seu corpo ficar ainda mais fraco. Fuja do seu corpo, se for preciso -
Não resista , é o verdadeiro significado de suas palavras, mas durante toda a sua vida resistiu, mesmo quando se curvou aos carcereiros.
Ela não quer ser como ele, se ser como ele significa agir assim, ela não deseja.
(S/n) fecha os olhos, sua boca aberta dói e está com câimbra.
Os dedos dele repousam no meio de sua garganta, ela sabe o que vem a seguir.
O remédio.
Ele tira um pequeno frasco cheio de uma tintura de âmbar viscosa na qual a jovem vê larvas em decomposição, raízes cabeludas e galhos quebrados.
Primeiro ele passa um pouco nos dedos e deixa o óleo escorrer até os nós dos dedos. Em seguida, ele esfrega suavemente seus lábios, fazendo-os brilhar, logo em seguida enfia seus dedos revestidos dentro de sua boca. Lentamente, aos poucos. A primeira vez que ele fez isso, ela pensou que vomitaria de náusea, mas o remédio cheira a grama depois da chuva e tem um gosto agridoce, como cânfora. Em vez disso, fica tentada a lamber, mas sabe que não deve fazer isso.(S/n) não pode envolver os lábios em seus dedos, na primeira vez ele a repreendeu por isso. Ela deve manter a boca aberta e esperar que ele pinte o interior de sua boca. Ela não deve mover a língua contra seu dedo indicador enquanto ele o enrola em suas dobras. A mesma tem vergonha de quanto quer chupar aquele dedo indicador. Ele a disse uma vez que está alimentando-a com a raiz do mais antigo represeiro, mas ela não acha que isso possa ser verdade.O medicamento entorpece a metade inferior de seu rosto, até que ela mal consegue falar ou engolir.
Ele tira a mão de sua boca e fecha suavemente sua mandíbula.
Em seguida, ele leva o dedo indicador aos lábios e o lambe de forma rápida e desapaixonada, sem seguida aparafusa a tampa do frasco, limpa o dedo nos lençóis dela e ele volta encara-lá.
_Como você está se sentindo? (S/n) apenas acena com a cabeça, a gota escorrendo pelo queixo mas Bran traça o polegar pelo o local limpando-à
Seus olhos são escuros e brancos, mais brilhantes do que a luz das cinzas filtrada pela tela do sol.
Bran acaricia o topo de seu cabelo.
Ele chama sua criada. Talvez seja hora de lavar seus lindos cabelos.
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Máquina Restrita
FantasyVocê começa a ter sonhos estranhos 2 ano após a guerra ter acabado e Bran se tornado Rei. Querendo entender o significado deles, a mesma procura pelo corvo de três olhos, porém mal você sabe que está indo para toca do lobo. (Bran vilão x Leitora) ba...