A RECAÍDA DA POC

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Ouvi dizer que tinha gente gritando e chorando por atualização. 

Como se eu não fizesse todas as vontades de vocês. 

Aiai, Enfim a cadelinha.

Capítulo 9 – A recaída da POC

Park Jimin On

Ir para a escola era um saco. Agora ir para a escola em um dia chuvoso era ainda pior, mas ir para a escola em um dia chuvoso com a mente agitada e confusa, conseguia ser um pesadelo acordado.

Taehyung parecia notar que eu precisava de um segundo de paz para arrumar meus pensamentos e que a nossa conversa na noite passada ainda ecoava pela minha mente. Então ele apenas me acompanhou em silencio, com as mãos nos meus ombros, me ajudando a desviar das pessoas, já que eu não estava tão preocupado em olhar por onde eu andava.

Ele só parou de me dirigir pela escola, quando nos sentamos na sala de aula e com aquele sorriso bonito, ele disse que chamaria Lin Mari para sair. Ele estava de olho na menina do primeiro ano a um tempo, mas sempre acabava sendo tímido demais para chegar nela. Ela fazia parte do clube de xadrez e de artes, então estava na maior parte do tempo presa no próprio mundo e acabava não notando os olhares do meu amigo, ou todas as vezes em que ele puxou assuntos estupidos e bobos apenas para falar com ela.

Eu achava fofo a forma como ele olhava pra ela e sendo sincero, ela parecia perfeita pra ele. Era gentil, inteligente e aparentemente muito carinhosa, mesmo que as vezes desajeitada e atrapalhada, do tipo que tropeça no próprio pé e despois pede desculpa até pro vento. Além de ser tímida e fofa, era também muito discreta e tentava passar despercebido sempre que possível.

– Boa sorte. Só não pergunte de novo se ela gosta de Michelangelo, porque ela com certeza não estará falando da tartaruga ninja. – Eu disse rindo da cara dele, por que da ultima vez, ela disse que amava Donatello e ele confundiu com a tartaruga Ninja.

– Que engraçadinho, você. – Ele resmungou envergonhado. – Como eu ia saber que ela tava falando do pintor?

– Ela estava vendo um quadro dele, o que você achou? Que a tartaruga tinha pintado aquilo?

– Eu fiquei confuso, mas se ela queria falar de desenho, eu que não ia reclamar.

– Você é tão bobo as vezes. – Eu murmurei rindo. – Você fica nervoso atoa. Apenas seja você mesmo, ela vai gostar.

– Tem certeza?

– Claro, garotas gostam de garotos bobos. – Eu disse implicante e ele fez uma careta me mostrando a língua. – To falando serio.

E então a aula começou e mesmo que minha mente não estivesse ali naquele momento e nem na chuva que caia com tanta força do lado de fora, ninguém parecia ligar e ninguém pararia ou esperaria eu me entender. O mundo não havia parado para me esperar e eu teria que afastar aqueles pensamentos, porque eu não poderia viver na confusão pra sempre.

Na hora do almoço, me sentei sozinho e observei de longe mais uma das tentativas de Taehyung em se aproximar de Mari. E quase rir baixo ao ver ele tropeçar no caminho e ela se engasgar com o suco pelo susto. Eles eram feitos um para o outro.

– Então... Podemos conversar agora? – Namjoon surgiu atrás de mim e eu me assustei com sua presença, já que ele costumava ficar com os meninos do grêmio no horário do almoço.

– Claro. – Assenti para ele se sentar e o observei com atenção, mas me sentindo um tanto nervoso. – Pensei que ficasse no grêmio nesse horário. – Eu disse tentando distrair o silencio que havia se instalado.

BONGIORNO POC - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora