A PROCURA DA POC

3.6K 701 90
                                    

Venho por meio dessa, atualizar o penultimo capítulo dessa história. 

ESPERO QUE GOSTEM!


Capítulo 14 – A PROCURA DA POC

Park Jimin On

– Então você não vê ele a mais de um mês? – Doutor Jae perguntou enquanto me olhava com calma e ternura, como quem diz que estaria tudo bem se eu tivesse fraquejado e ido atrás dele.

– Ele nem se quer tem ido na escola. Depois daquele dia, ele simplesmente sumiu. – Eu disse enquanto cruzava os braços e tentava me esconder dentro da blusa de frio. – Tae disse que ele foi substituído do time e que também não tem noticias.

– Então você tentou ver ele? – Ele questionou e eu me irritei por sua insistência.

– Não. Eu não tentei. Apenas fiquei preocupado. Ninguém some assim do nada e o basquete era importante pra ele. Ele precisa do basquete pra conseguir uma bolsa na faculdade. Ele não largaria tudo assim do nada.

– E como você se sente com o sumiço dele? – Questionou riscando algo no papel. – Na sua primeira consulta, disse que nunca mais queria ver ele e que estaria melhor longe. Se sente melhor agora? – A resposta era não. Eu não estava melhor, na verdade, estava angustiado e em abstinência, queria pelo menos ver ele, ter alguma noticia.

Já fazia um mês.

– Eu não vim aqui pra falar dele. O assunto deveria ser o meu problema em relacionamentos autodestrutivos. – Eu disse tentando mudar de assunto, mas ele negou me olhando.

– Não acho que o senhor seja autodestrutivo como diz. Na verdade, o senhor me parece muito consciente. – Ele disse me olhando com calma. – Durante todas as nossas consultas, me pareceu que você tinha total consciência dos riscos e consequências dos seus atos e você foi embora no primeiro sinal de que poderia se machucar, quanto aos outros caras, você não parece verdadeiramente atingido por eles, não como você fica quando o assunto é o senhor Jeon. Me arrisco a dizer que o senhor o odiava porque gostava dele. – Eu o encarei um pouco chocado, isso era um absurdo.

– Eu não... Eu não gostava dele. – Minha voz não passava nem um quarto da certeza que eu queria ter mostrado. – Eu odeio ele.

– E imagino que seja todo esse ódio, que te deixa tão preocupado e angustiado por não estar vendo ele. – Ele disse como se fosse o dono da razão. – Escuta, Jimin. Como seu médico, eu digo que não existe certo ou errado, você tem o seu passado e estava jogando na defensiva. Foi embora porque estava com medo de se machucar e isso não é errado. Apenas te torna humano. – Ele fez uma pausa. – Mas o senhor Jeon, também tem um passado, um que você não conhece ou não viu e que pode estar o travando a viver o que realmente deseja. Ele também não estava certo e nem errado.

– Então o que eu deveria fazer? – Eu questionei sentindo meus olhos cheios. – O que eu faço pra deixar de me sentir assim?

– Como médico, eu não posso dizer o que você deve ou não fazer, cabe a você decidir. – Ele disse com um toma carinhoso. – Agora, como seu amigo, eu diria para você procurar por ele e conversar, ouvir ele, os medos e as inseguranças e o que o impede de se aceitar e ser feliz.

– Mas eu passei um mês inteiro tentando ficar longe. – Eu disse angustiado. – Porque essa era a solução, não era? Me livrar dele e desse sentimento?

– Fugir nunca é a solução. Você estava só adiando o problema, mas ele ainda está vivo e você só vai conseguir por um ponto final, quando tiver as respostas que procura. – Ele sorriu como um pai dando conselhos. – Vocês dois merecem isso.

BONGIORNO POC - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora