A HISTÓRIA DE UMA POC REVOLTADA

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TODOS PREPARADOS PARA DAR BOM DIA A ESSA POC?


Capítulo 1 – A História de uma Poc revoltada.

Park Jimin On

Quem me conhece sabe que eu não sou exatamente uma pessoa muito calma e muito menos controlada. Na verdade, eu tenho uma tendência fantástica de explodir por nada. Taehyung costumava dizer que era porque a raiva não cabia no meu corpo e ela acabava explodindo, mas isso era só uma tentativa dele de me chamar de baixinho e no final das contas, ele só conseguia um roxo bem feito espalhado pelo corpo.

Mas em parte a culpa disso era totalmente minha, afinal de contas, eu poderia ter escolhido outro melhor amigo. Eu tinha um jardim de infância inteiro e se eu escolhi justo aquela praga, a culpa era minha e agora só me restava aceitar. Aceitar que ele já sabia onde eu morava e não tinha mais como fugir.

Também não é como se eu tivesse muitas escolhas. Afinal, era isso ou ficar sozinho e Taehyung sabia ser muito amigável quando queria, mesmo ele gostando de me irritar.

Ele era a droga de uma sensação naquela escola. Ele jogava no time de basquete e consequentemente, como todos os outros animais que conseguiam bater uma bola no chão, eram aplaudidos como se fossem reis de alguma coisa.

Eu sempre acreditei que esse estereótipo de atleta era apenas uma coisa que a Disney havia colocado na nossa mente, mas vendo como todos andavam ao redor deles, como se eles fossem especiais de alguma forma, me fez crer que realmente acontecia na vida real.

Já eu por outro lado, tinha preocupações muito maiores do que uma bola e uma rede.

É cesta. – Taehyung me corrigiu. – Jogamos a bola na cesta.

Que seja. – Eu respondi revirando os olhos. – Eu tenho um problema de verdade aqui.

– Qual o problema em fazer o trabalho de ciências com o Jeon? Eu conheço ele, ele é... – Ele hesitou, pensando em um adjetivo e se ele não tinha, eu tinha vários adjetivos para classificar Jeon Jungkook.

– Babaca? Egocentrico? Egoista? – Tentei completa recebendo um olhar repreendedor do meu amigo.

Ele é legal. – Taehyung resmungou. E era claro pra mim que ele iria defender o coleguinha de time, mas eu não ligava pra isso.

– O problema não é se ele é azul ou amarelo. O problema é que ele não é Kim Namjoon. – Eu respondi como se fosse obvio o problema e ele apenas respirou fundo.

– Qual é a sua fascinação por Kim Namjoon? – Ele questionou confuso. – Tirando tudo o que você fala dele normalmente?

Bom. Ele é o líder do grêmio e o pai dele é professor na universidade W e eu realmente gostaria de falar com alguém dessa escola que se importa mais com notas do que com bolas e cestas. – Falei certo vendo ele aprovar meu acerto com a cabeça.

– Saquei. – Ele concordou. – E tenho certeza que isso não tem nada a ver com o fato de ele ter covinhas adoráveis ou ser o único outro garoto assumidamente gay da escola.

É claro que não. – Eu neguei rapidamente, um pouco constrangido. – Eu concordo que essa escola tem heteros demais e que falta um pouco de cor e diversidade nesse lugar e que o fato de ele representar os poucos LGBTQ+ na escola realmente me agrada, mas isso não quer dizer que eu queira ficar com ele.

BONGIORNO POC - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora