A CONFUSAO DA POC

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Capítulo 10 – A Confusão da POC

Park Jimin On

Você pode ficar? – Foi a primeira coisa que ele disse enquanto ainda limpava o próprio rosto. – Eu preciso tomar um banho, mas você tem que me prometer que não vai embora. – Ele disse se aproximando, tentando manter o olhar no meu olho. – Me promete? – Eu ainda estava perdido e não entendia porque aquilo parecia ser uma questão importante, mas concordei. – Eu já volto. Me espere na cama.

Eu me sentia ainda mole, mas quando ele sumiu para uma das portas do quarto, e o barulho da agua caindo preencheu o ambiente, a realidade voltou. Eu havia recebido meu primeiro boquete. Jungkook havia me chupado. Ele havia realmente tocado no meu pau e não apenas me fudido de costas e ignorado o fato de que eu era um homem.

Ele me mandou esperar na cama. Eu não tinha certeza qual era o plano dele, mas eu também precisava de um banho. Com as pernas bambas e o coração acelerado, eu me levantei e fui na mesma direção que ele, que se assustou ao me ouvir abrindo a porta.

– Você não está saindo está? – Ele questionou um pouco assustado e eu achei engraçado o desespero dele.

– Na verdade, pretendia entrar. – Eu comentei com a voz um pouco fraca. – Eu também preciso de um banho.

– Ah. Claro. – Ele disse abrindo o box e me olhando com ansiedade. – Pode ficar a vontade. – Eu encarei seu rosto e seu jeito ansioso e desconcertado.

– Jungkook... – Ele me encarou. – O que você pretende com tudo isso? – Foi a pergunta que saiu da minha boca e ele pareceu ainda mais em choque do que antes

– Eu não... sei. – Ele disse nervoso. – Eu realmente não sei. – Ele suspirou cansado. – Eu... Eu não sou assim, eu sou hetero. – Parecia um tanto conturbado. – Eu só queria ser seu amigo, mas ai na festa... e depois aqui em casa.

– Eu sei. – Eu interrompi com a voz calma, tentando acalmar ele. Conseguia entender que havíamos perdido o sentido.

– Eu não queria que você me odiasse. – Ele me interrompeu falando mais devagar e mais baixo e me deu espaço para entrar na agua. – Eu sei que você me acha um babaca e eu sei que a culpa é minha e que você e todo mundo que acha isso tá certo, mas eu não queria que você achasse.

– Tudo bem. – Eu concordei sem saber ao certo o que dizer. – Vamos tomar banho e fazer o trabalho. Okay? – Ele concordou e não demorou muito para sair do chuveiro, me deixando sozinho.

Terminei o meu banho com um pouco de pressa e logo pude ver que ele não estava no quarto, mas havia deixado uma troca de roupa pra mim. A porta se abriu quando eu terminava de secar meu cabelo e ele entrou carregando uma bandeja com sanduiches e latas de refrigerante.

– Eu pensei que estivesse com fome. – Ele murmurou baixo e logo deixou tudo em cima da cama. – Sobre o que aconteceu... – Ele hesitou e eu olhei em seus olhos logo notando o que tinha neles, medo.

– Eu sei. Não vou contar pra ninguém. – Murmurei. – Se você quer continuar no armário, não sou eu que vou te tirar.

– Eu não estou no armário. – Ele disse quase ofendido. – Eu sou hetero. Gosto de mulheres. Eu só...

– Eu realmente não preciso ouvir o discurso hetero agora. – Eu disse revirando os olhos, enquanto abria a latinha e procurava por minha mochila abandonada em algum lugar. – Eu acredito em você. – Tentei não soar irônico e nem contar pra ele que existia um equívoco no plano dele entre gostar de mulheres e chupar meu pau. E também não ia perder meu tempo explicando pra um "hetero" que existia a santa bissexualidade, quando ele não estava disposto a ouvir.

BONGIORNO POC - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora