Corrente de Lágrimas

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Emma sentou no chão de seu quarto, e abraçando a si mesma, chorou sem reservas

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Emma sentou no chão de seu quarto, e abraçando a si mesma, chorou sem reservas. Tinha conquistado tantas coisas, e no fundo ela sempre se perguntou se valeu a pena... Naquele momento, sozinha, imersa em sua dor, as consequências de seus erros mais uma vez bateram a porta. As lembranças do passado aprisionavam sua mente, seus esforços, seus status, sua autoconfiança, tudo parecia fazer parte de algo que ela nem ao menos conseguia voltar a ser.

Ela tinha se doado, corrido atrás, se esforçado, usado até a última gota de suas forças, pra no final, ter chegado onde queria, e ver as coisas se destruírem, sem poder fazer nada para impedir. Onde estaria o sucesso? Esse o abandonara a muito tempo, e pensando em tudo o que a jovem escritora estava vivendo após ter conseguido a fama que almejava, nem um de seus esforços valeu a pena quando o preço a ser pago foi a sua paz. Tinha se envolvido com homem horrível, de caráter duvidoso. Jonathan nunca parava até conseguir o que queria, Emma estava ciente disso, e por isso suas lágrimas continuavam como a corrente de um rio.

Emma deu tudo de si para não demonstrar o quão abalada estava após a conversa que tinha tido com Jonathan. Suas tentativas de não deixar transparecer a avalanche de emoções que havia em seu peito, pareciam estar dando certo. A última coisa que ela queria era deixar os seus pais preocupados, o problema era dela, ela o criou, e ela mesmo o resolveria. Também não conseguia imaginar mais uma decepção que o seu pai sofreria, ao saber que todo o sucesso que a sua filha teve na carreira como escritora, foi graças a um jogo de interesses.

Após o jantar Emma subiu para o quarto e se sentiu aliviada por não precisar manter um sorriso ali. Seus olhos estavam vermelhos, e só percebera que estava assim, quando finalmente se livrou da maquiagem que cobria o seu rosto. Respirou fundo e levou os dedos aos seus cabelos, tentando se acalmar para não entrar em mais uma crise de choro.
Nesse momento o celular voltou a vibrar, suas mãos começaram a tremer após o susto, o número era desconhecido, e ela se perguntou se seria Jonathan ligando de outro celular, pois Emma tinha bloqueado o seu número após finalizem a conversa durante a tarde.

*
- Alô?

- Oi Emma, sou eu, Elena! Como você está?

*

Emma sorriu ao sentir o coração desacelerar aos poucos percebendo que não era Jonathan.

*
- Oi Elena, não estou tão bem, mas vou ficar.

- Aconteceu algo?

- Sim, algumas coisas hoje a tarde...

- Se você quiser, pode falar comigo sobre.

*

Emma não poderia colocar essa carga de problemas nas costas de Elena, a menina já tinha tantos problemas. Parecia egoísta demais, falar do seu desespero e dor para alguém que está em um hospital.

*
- Eu agradeço, Elena. Mas prefiro não comentar, me desculpe...

- Não precisa se desculpar, Emma. Não tem problema, mas saiba que se precisar, pode conversar comigo.

O Amor Que Nos UniuOnde histórias criam vida. Descubra agora