Longe de ti

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Eu não posso mais viver aqui tão só

Hoje eu entendo quão pequeno sou

Quanto tempo demorei pra perceber

Que tudo que eu preciso está no Senhor

Na minha força, eu só me precipitei

Por caminhos tortuosos caminhei

Na verdade, fui eu quem me afastei

Mas te peço de todo meu coração

Hoje eu quero voltar

Gabriel Guedes - Filho


No dia seguinte, Emma ainda se sentia tonta por causa da medicação, mesmo em seu estado de fragilidade, ela conseguiu dar o depoimento aos dois policiais que vieram até a casa de Benjamin. Ambos foram embora antes mesmo que desse a hora do café.

- Coma mais

Estefânia tentava alimentar a amiga com uma tigela de mingau de aveia. Mas Emma mal conseguiu engolir as primeiras três colheres.

- É o suficiente, Fanny! Não consigo engolir mais do que isso.

Estefânia colocou a tigela em cima do criado mudo e cruzou os braços na frente do corpo.

-- Você precisa se alimentar. Nem minhas filhas são difíceis assim, Emma!

Emma respirou fundo ao ouvir a repreensão de sua amiga.

- Estou fazendo o meu melhor, Fanny. Mas a comida não está descendo.

- Tudo bem mas, por favor, tente se alimentar melhor no almoço. Ok?

- Fanny, você certamente é uma mãe incrível!

A amiga de Emma suspirou com aquele elogio e fingiu emoção.

- Aaaa é?

- Sim, mas é um pouco carrancuda também!

Estefânia olhou para ela com uma expressão impassível.

- Fique ciente, se eu precisar ser, eu serei. Me chama de tenente Fanny.

O jeito como Estefânia levou a mão até a testa como forma de continência, fez Emma rir. Sua risada foi interrompida por batidas na porta.

- Pode entrar

Estefânia falou em direção a porta que lentamente foi aberta por Benjamin.

- Acho que nossa paciente está melhor, ein?!

Emma sorriu um pouco sem jeito. Sentia vergonha por tudo o que acontecera noite passada, e as cenas se repetiam a cada minuto.

- Sim, doutor! Mas ela é bem teimosa, não quer se alimentar.

Estefânia olhou rapidamente para Emma.

- Humm, isso não é bom. Vamos verificar pra ver se está tudo bem.

A amiga de Emma levantou da cadeira em que estava sentada, dando o lugar para o jovem médico.

- Sente tontura?

Ele perguntou enquanto se acomodava na cadeira

- Não

Emma respondeu sem olhar diretamente para Benjamin

O Amor Que Nos UniuOnde histórias criam vida. Descubra agora