CAP 11 - RENDIÇÃO DE ATENAS E O FUTURO INCERTO.

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Com Atenas rendida, houve a abertura dos portões e os atenienses escoltados pelos espartanos adentraram a cidade, o clima era desolador, os cidadãos tinham muito medo do que pudesse acontecer agora que estavam sob o poder de Esparta. Estavam apreensivos, já sofriam com a fome e com a peste e agora com a guerra perdida só Deus sabia o que os vencedores poderiam fazer a eles, os espartanos tinham a má fama de serem bárbaros e primitivos, mas até então não haviam feito nada demais para alimentar tal fama. Tudo estava tranquilo até demais. Os líderes de Atenas foram mantidos presos por precaução, e ao contrário do que imaginavam, os espartanos estavam os ajudando, dividiram os alimentos com os residentes e também lhes deram remédios para atenuar suas dores, o jovem Jeon como filho do primeiro grande general de esparta estava à frente de toda a situação na reorganização de Atenas, aproveitando toda a movimentação o Kim se Juntou a Jungkook com o pretexto de ser filho do primeiro comandante do conselho de Atenas e que seu dever era ajudar seu povo e assim puderam se aproximar, sem levantar muitas suspeitas.

Foi um trabalho árduo mas que estava dando frutos, foi preciso isolar os doentes em um só lugar e tomar cuidado para não contraírem a peste, esparta providenciava comida e remédios o suficiente para que todos em Atenas tivessem o mínimo de conforto e Jeon e o Kim fingiam que acabaram de se conhecer e se davam muito bem, foram necessário pouquíssimos meses para Atenas se ver livre da peste, a rota de comercio fora normalizada, mas ainda restava a dúvida sobre o que seria de Atenas, seriam um território pertencente a Esparta, continuariam livres, ou teriam que se submeter as leis e regime espartano? Nesse quesito estava difícil, Esparta e Atenas sempre foram rivais e acreditavam que mesmo unidas ainda alimentariam a rivalidade até o fim dos tempos, com isso o General ia todos os dias a cela dos líderes para que conversassem a respeito, e foi decidido que deixariam Atenas livre contanto que não mais invadissem os territórios espartanos ou incitassem qualquer tipo de ação que os levassem há uma nova guerra, agora os atenienses conheciam a verdadeira força espartana e estavam cientes de que seria mesmo muito difícil os superarem, portanto assinaram um tratado de paz vitalício, onde ambas as nações permaneceriam neutras quando se tratasse uma da outra e a pena para o descumprimento do tratado era a execução, ou seja, agora finalmente não haveria mais guerras no futuro entre as duas cidades. Os líderes atenienses foram libertos e chegara a hora dos Espartanos partirem, o jovem casal estava diante de uma despedida novamente, mas diferente da última, esta tinha um gosto de esperança, com certeza voltariam a ter seus encontros furtivos no acampamento do riacho, estavam felizes por poder estar de volta à normalidade.

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Os dias foram passando e a rotina voltou ao normal a medida do possível para as duas cidades estado, para o jovem Jeon tudo estava na mais absoluta regularidade enquanto que para o Kim algo mudou e mudou muito, seu pai ficou sabendo pelos atenienses o quanto Tae foi importante para a sobrevivência do seu povo, seu filho havia providenciado alimentos, cuidado para que a peste não se alastrasse em demasia, distribuía funções para que tudo se mantivesse funcionando durante sua ausência, ficou deveras orgulhoso e pela primeira vez não sentiu desgosto por seu filho ser diferente, pois acreditava que seu grande apetite por conhecimento foi responsável por toda sua desenvoltura. Taehyung foi liberado de todo e qualquer treinamento corporal e ainda encorajado a seguir com seus estudos, nunca esteve tão feliz, mas uma coisa ainda o incomodava, o ódio pelos espartanos que seu pai nutria parecia não ter diminuído nem mesmo uma mísera gota, mesmo depois de toda benevolência que tiveram, podiam ser escravos a esta altura, mas seu progenitor parecia não enxergar dessa maneira, temia por sua futura relação, com certeza todo esse demasiado orgulho de sua postura e atitude durante o confronto seria facilmente esquecido e o desgosto tomaria seu lugar novamente quando soubesse de seu envolvimento com um espartano, e não um qualquer, era o Filho do grande General de Esparta. Não se incomodaria com isso por agora, esperaria o final de semana chegar para matar toda a saudade dos toques de seu amado, aproveitaria sua presença sem ter nada martelando sua mente, deixaria para se preocupar quando realmente fosse preciso.

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O fim de semana finalmente chegou, nunca foi tão difícil para ambos esperarem o sábado, mas a muito custo ele chegou e agora com Taehyung livre dos treinos para se tornar um guerreiro ele tinha o sábado todo livre para aproveitar como quisesse, e ele aproveitou para acordar bem cedo, até mesmo antes do sol brotar para ir a cozinha preparar um cesta imensa para todo o fim de semana e claro mais duas ânforas de vinho para que pudessem aproveitar ainda mais a presença um do outro.

O espartano como sempre chegou ao riacho cedo pela manhã e tratou de descarregar tudo de seu cavalo, montou a tenda, arrumou toda a estrutura da fogueira, estendeu as peles para ficarem confortáveis e quentinhos logo mais à noite. Não imaginava que o Kim viria mais cedo, portanto estava distraído com a preparação de tudo e ao menos percebeu a presença do outro que chegou de fininho e ficou ali admirando a forma cuidadosa com que o outro fazia tudo. Ao se virar para pegar mais uma das bolsas que trouxera consigo Jeon levou um grande susto ao se deparar com uma silhueta logo atrás de si, estava tão despreparado que o susto lhe causou um sobressalto maior que o comum e acabou por se desequilibrar e cair de bunda no chão o que acabou arrancando um gargalhada deveras gostosa do ateniense e só por isso o susto e a raiva momentânea do espartano se esvaiu, o som da risada de outrem era uma de suas coisas favoritas no mundo juntamente com outras que também provinham do mesmo. Taehyung ao invés de ajudar o outro ao se levantar se jogou em cima do mesmo e ficaram ali abraçados e deitados sobre a pele que o outro havia estendido em frente a fogueira que ainda não estava acesa. Beijaram-se muito, recuperando todo o tempo que perderam com a distância que a guerra os havia causado, ósculo atrás de ósculo e só pararam de enroscar suas línguas quando ambos já sentiam os lábios em dormência para só aí terminarem de arrumar o cantinho especial deles. Tomaram um banho no riacho, um banho juntinhos e agarradinhos, conversaram amenidades, sobre o tempo, as estações, a semana de cada um, o espartano ficou deveras feliz e orgulhoso pelo amado enfim ter conseguido o reconhecimento do pai, o Kim parecia muito alegre e pleno por ter se livrado dos treinos árduos que tanto lhe faziam mal, e se Tae estava feliz o Jeon ficava ainda mais, nada o fazia mais feliz do que ver a felicidade nos olhos do namorado, estava tudo perfeito.

A noite foi tranquila, regada por cuidado, gentileza, carinhos trocados, goles de vinho, beijinhos doces, afagos e várias outras demonstrações de amor e afeto e quando já estavam alegres e quentes o suficiente graças ao vinho, concordaram em adentrar a tenda para continuarem o que faziam mais à vontade. E o que começou com beijos leves e carinhos macios foi se intensificando se tornando algo mais urgente e afoito, os carinhos deram lugar aos apertos fortes, os beijinhos aos chupões e quando deram por si estavam no meio de uma dança envolvente entre seus corpos quentes e suados fazendo amor e reforçando a certeza do sentimento que tinham um pelo outro. Depois de seu ato carnal de amor os do se encontravam nos braços um do outro na mesma posição costumeira de sempre onde o ateniense usava seu peito de travesseiro. E foi nesse momento nada propício que se iniciou uma conversa relativamente séria.

- Kookie, eu não quero mais ficar longe de você. Já faz muito tempo que vivemos assim. O que você acha de contarmos sobre nós?

- Eu também andei pensando nisso, vai ser difícil para o meu pai, mas ele vai acabar aceitando, eu o conheço o suficiente para saber. E no seu caso meu amor?

- Eu não acho que ele vá aceitar, mas o que ele pode fazer? Eu já sou adulto, posso tomar minhas decisões, posso arranjar um trabalho como mestre dos pequenos e viver por mim mesmo, sem depender dele e seguir minha vida como bem entender.

- Certo meu amor, se para você está bom assim, está para mim também. Vamos contar aos outros sobre nós, mas antes eu gostaria de perguntar algo importante a você. - olhou com seriedade para o mais novo que por um momento ficou apreensivo. - Kim Taehyung você aceita casar comigo e viver o resto da vida com esse espartano durão? - Tae respirou a apreensão virou nervosismo, era aquilo mesmo? Estava sendo pedido em casamento? Céus aquilo era bom demais para ser verdade. Tomou folego para responder ao mesmo tempo que deixava suas lagrimas emotivas escorrerem por seu rosto.

- É claro que eu aceito Kookie, você não sabe o quanto isso me deixa feliz.

- Não mais do que eu meu amor. - Jeon secou as lagrimas do agora noivo, não importa se o motivo era bom, nunca era confortável ver seu Taetae chorar, sempre sentia aquele aperto no peito. - Eu não gosto nem um pouco de vê-lo chorar anjo.

- Mas são lágrimas de alegria amor.

- Mesmo que sejam assim, um sorriso sempre é melhor saindo do seu lindo rosto. - o Kim então lhe deu o mais lindo e quadradinho dos sorrisos em seguida lhe dando um beijo longo e calmo que transmitia todo o amor que sentia ali naquele momento. E então se ajeitaram para dormir agarradinhos um no outro, o dia seguinte seria domingo e ainda tinham muito o que aproveitar.

AMOR NA GUERRA °TAEKOOK°Onde histórias criam vida. Descubra agora