CAPÍTULO DOZE

64 13 11
                                    

           EU ESTAVA FICANDO CONFUSA E SINCERAMENTE, MEU LADO RACIONAL NÃO FUNCIONAVA NESSAS HORAS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

EU ESTAVA FICANDO CONFUSA E SINCERAMENTE, MEU LADO RACIONAL NÃO FUNCIONAVA NESSAS HORAS.

Diogo Constantini consegue facilmente me tirar do sério, esse homem consegue mexer comigo e com todo o meu corpo, e para ser honesta, eu estava ultrapassando o limite profissional e deixando o pessoal tomar conta de mim.

Por sorte, Londres é o último voo e logo estarei em Miami, aproveitando o feriado com minha família e conseguindo ficar alguns dias afastada do piloto.

Depois do encontro com Diogo na academia do hotel, subi para o quarto e resolvi tomar um banho, para depois ir jantar. No caminho, resolvi responder Benjamin, que acabara de chegar em Miami e já estava querendo marcar para o sábado uma noitada com muita tequila.

E bem, é óbvio que eu confirmei.

Ainda conversei com Olly, meu irmão e ele mandou dois áudios dos meus sobrinhos, ambos estavam dizendo que estavam com saudades de mim e perguntaram quando que eu chegaria em casa. E ainda perguntei sobre os meus pais, e meu irmão comentou que estava tudo certo e o restaurante estava um sucesso, afinal, é verão nos Estados Unidos e o clima fica ainda mais quente na Flórida.

No hotel, aproveitei para pegar um prato recheado de salada e um pedaço de carne, enquanto sentava na mesa ao canto. Ia começar a comer, quando escutei meu celular vibrar com uma mensagem do aplicativo.

Aproveitei para pegar o aparelho e ergui a sobrancelha quando visualizei um número desconhecido.

número desconhecido: Oi Laura, lembra de mim?? Eu sou o Theo, o cara do bar.

Ah sim, o britânico do bar.

Resolvo colocar um nome em seu contato e me ajeito na cadeira, enquanto digito rapidamente.

oii theo, eu lembro sim de você. como está?

carinha do bar: Eu estou bem, e você?

estou ótima, logo volto para casa e vou conseguir descansar um pouco.

carinha do bar: Poxa, sério? :( só porque eu queria te chamar para sair amanhã.

humm, eu vou pro aeroporto de manhã cedo.

carinha do bar: Mas isso não me impede de vê-las mais vezes, sim?

de forma alguma, podemos nos ver quando eu voltar para Londres de novo.

carinha do bar: Creio que isso vá demorar... queria vê-la de novo. Ainda lembro daquela noite do bar hahaha.

Eu também lembro daquela noite no bar, no entanto, não são os olhos claros que preenchem minha mente, e sim, os olhos castanhos e o rosto do meu chefe invade minha mente, fazendo com que minha boca formigue e lembre daquele momento.

Droga.

Eu nunca me encantei facilmente por um homem só pelo beijo.

Acabei me esquecendo de responder o Theo e logo tratei de enviar uma mensagem avisando que jantaria e que depois poderíamos continuar conversando. De fato, o britânico demonstrou ser um cara interessante e legal.

Mas não foram os seus lábios que me deixaram louca naquela noite.

...

Pela manhã, eu já havia tomado o banho e vestido o uniforme de comissária. Apesar de estar exausta e com os olhos inchados, estava ansiosa para chegar em Miami e ficar um tempo com a minha família.

Passei uma maquiagem que disfarçasse meus olhos inchados e peguei o pincel para deixar meu rosto ainda mais corado do que já estava, afinal, o sol da Grécia deu um brilho na minha cor. Para finalizar, utilizei o gloss para destacar meus lábios.

Olhando o meu reflexo no espelho, ajeitei o fio escuro que estava desajeitado. Também lembrei que precisava retocar o loiro, pois minha raiz já estava tomada pela minha cor natural de cabelo que é o preto.

Resolvi pegar minha mala e desci para o hall, onde localizei alguns comissários que estavam conversando entre si e sorriram quando eu cheguei. Não demorou muito para que Max chegasse e logo atrás, Diogo que estava conversando com alguém.

Tratei de esperar que os dois fossem na frente e os comissários também, para depois ir atrás deles.

O trajeto até o aeroporto de Londres não foi tão longe, e nesse meio tempo, eu ia vendo a chuva aumentando um pouco enquanto chegávamos para nos preparar para o voo de volta. Nem voltei a falar com Theo na noite passada, deixei meu celular no modo silencioso e em avião para que ninguém me incomodasse.

Só iria ligar depois.

Quando cheguei no aeroporto, fiz o check-in e fui orientada a seguir para sala do briefing, onde as informações de segurança sempre são repassadas e os comissários do voo são apresentados. Para variar, durante toda a explicação, Diogo fazia questão de me ignorar e se ele olhou para mim duas vezes, foi muita coisa.

Depois de todos os passos, a empresa nos liberou por quinze minutos antes de ir para o avião organizar tudo. Havia uma mesa enorme com pães, bolos e frutas distribuídas, além de uma máquina profissional para café, cappuccino, chá e dentre outros. Aproveitei aqueles minutos para preencher o meu estômago, afinal, só iria comer quando chegasse em Miami.

Peguei um pote de salada de frutas que estava na geladeira e sentei em uma das cadeiras que estavam encostadas na parede. Enquanto comia, lembrei que tinha que ligar o celular e tirei do modo avião. Em menos de um minuto, meu aparelho bombou de notificações e a maioria do Olly, meu irmão.

Totalizando dez ligações e pelo menos uma vinte mensagens dele, a maioria dizendo que precisava falar comigo. Meu coração acelerou de uma forma absurda e cliquei no ícone de ligação, para ver se ele me atendia rapidamente.

Depois de três tentativas de ligação, Olly atendeu e eu pedi licença para receber uma ligação importante. Encostei na parede e apesar do meu irmão ter me atendido, estava falhando e a voz dele saía cortada.

— Olly? — Eu conseguia ouvi-lo falar, no entanto, estava cortando e só conseguia escutar sua respiração que estava ofegante.

Já estava me preocupando.

— Laura! Merda, eu preciso falar com você.

— Fala, Olly. O que aconteceu??

— O p....

Merda de ligação.

— Fala de novo, eu não entendi.

— Laura, o nosso pai sofreu um infarto. Ele está no hospital agora, acabei de chegar com ele e puta merda, você precisa vir logo para Miami.

Cacete.

FLYING HIGH ©Onde histórias criam vida. Descubra agora