Laura Faye é moradora de Miami e sempre teve o sonho de se tornar uma aeromoça. Depois de muito esforço, a estadunidense conquista a tão sonhada vaga na Constantini Airlines, companhia aérea conhecida internacionalmente. Entretanto, não esperava ter...
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AGRADECI AO GARÇOM PELO CAPPUCCINO e tomei cuidado ao tomar para não manchar minha roupa. Desviei de algumas pessoas da fila e puxei minha mala até o lado de fora da cafeteria. Os saltos estavam fazendo com que meus pés se sentissem doloridos e eu tinha que aguentar eles, pois ainda tenho um longo voo para encarar.
Olhei o horário e soltei um suspiro de alívio ao ver que não estava atrasada. Vendo que tinha uma mesa disponível, não demorei para sentar na cadeira e tirar os saltos para aliviar a dor que estava começando a se formar.
Tomei um gole do café, antes de pegar meu celular e verificar as mensagens dos meus familiares me parabenizando pela conquista, depois de seis meses fazendo o curso preparatório, aprendendo outros idiomas e tendo aulas da própria companhia de segurança, eu vi o resultado na semana passada e logo hoje, na segunda, é meu primeiro dia.
Deixei um sorriso escapar dos lábios ao ver vídeos dos meus sobrinhos me desejando um ótimo voo e aquilo me deu um gás para encarar essa primeira viagem. A Constantini Airlines é uma das empresas mais requisitadas de todo o mundo, não é somente conhecida aqui em Miami, mas por todo o local. Tanto que no dia da entrevista, vi muitas pessoas de outros países tentando ingressar nessa companhia aérea que vem conquistando tantas coisas e deixando os adversários para trás.
Quando vi que iria chegar atrasada caso não corresse, tomei o café na velocidade da luz que quase manchou meu uniforme da companhia. Aumentei os passos e segui as indicações que eles haviam colocado, fui até a sala de briefing e vi outros comissários de outras companhias, consegui distinguir isso por conta da cor do vestido, das camisetas.
— Bom dia a todos, eu sou Susan Hoffman, a responsável por organizar todas as companhias aéreas. — Uma mulher negra, com o cabelo cacheado e com o uniforme todo vermelho estava com uma pasta branca nas mãos e lia algumas instruções que nos eram passadas. — Estarei lendo o nome de cada um e vocês irão seguir essas pessoas que estiverem com as placas de cada aeronave.
Havia em torno de seis pessoas carregando uma plaquinha com o nome das companhias aéreas, na Constantini Airlines estava um homem magro, negro e com o uniforme azul escuro. Ele mantinha uma carranca e por um breve momento, senti um frio na barriga.
A Susan foi lendo os nomes e os comissários foram seguindo os representantes.
— Laura Faye, Constantini Airlines.
Puxei minha pequena bagagem até o homem que anteriormente estava uma carranca e seguimos até uma sala mais ao fundo do corredor.
Eu sentia uma necessidade de puxar assunto, afinal, sou o tipo de pessoa que é tagarela e fala até demais.
— Minha carranca funcionou? — Escutei a voz do homem em um tom de brincadeira e arqueei as sobrancelhas, enquanto ele me encarava com um sorriso nos lábios — Pelo visto funcionou.
Ele deu uma gargalhada e enquanto seguíamos, ele se apresentou.
— Relaxa garota, eu sou Benjamin Dree e sou seu novo amigo de trabalho. — Ao invés de me cumprimentar somente com um aperto de mão, como a maioria dos estadunidenses costumam fazer, ele puxou meu corpo e me abraçou. — Não conta pra ninguém que eu estou tendo essa intimidade já, se não o chefinho corta meu pescoço.
