Capítulo trinta e dois

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Eu me sentia culpada por sumir,por estar fazendo coisas que nem meu namorado nem minha mãe aprovariam.

— Sente falta da sua mão?  — Fábio me pergunta enquanto fuma comigo.

— É uma pergunta meio idiota.

Deixo a sensação de nada me invadir. Isso fazia eu me sentir melhor, era melhor que cortes físicos, me tirava do mundo.

— Você é uma garota legal.

Fábio abraça minha cintura,olho pra ele com um sina de advertência então ele para. A alguns dias descobri que eles dava maconha para alguns dos alunos do colégio e conhecia um lugar que eles poderiam fazer isso sem serem descobertos, a idéia me pareceu tentadora.

— Seu namorado apóia você fazer isso?

— Ele não apoiaria — Resolvo deitar na grama,fazendo a sensação aumentar mais ainda — Me sinto bugada,então não chegue perto de mim porque eu não quero.

— Sabe que nunca faria isso.

Fábio diz que eu deveria confiar nele, só que não consigo.  Na verdade eu não confio em ninguém que não seja o garoto no qual eu entreguei meu coração. Me pergunto se ele ficaria bravo comigo por isso,já pensei em parar no momento que provei. Mas eu odiava depender de Adam,queria qualquer outra coisa que me distraisse.

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Sinto minha lucidez voltar e Fábio está me encarando,sentado no jardim que ninguém;nem mesmo os funcionários da escola vinham.

— Vai me mostrar o caminho hoje?

— Não.

Então ele tampa meus olhos com um braço em volta de minha cintura me levando até o colégio, a sensação seria bem melhor se fosse com o Adam. Não que Fábio fosse feio ou algo do tipo,mas minha mente define bonito e atraente. Bruno e Adam são bonitos e atraentes,tanto que cheguei a pensar que estava apaixonada por Bruno.  Fábio era bonitinho,não do ponto no qual eu sentiria vontade de beija - lo.  Na verdade não sinto vontade de beijar ninguém que não seja Adam,nem mesmo Bruno me causa antigas sensações.

— Chegamos. — Fábio me solta — Agora vou pro meu quarto,me procure sempre que quiser.

Ele acena e reparo como ele é bad boy. Fábio tem os cabelos ainda mais pretos que o de Adam, os olhos são pretos e só usa roupa preta. Enquanto Adam é um "emo" Fábio é uma espécie de vampiro, ou talvez um CAM* da vida real. Mas diferente da Luce*,não tenho olhos pra ninguém que não seja meu Daniel *. Assim que entro no meu quarto vejo Adam sentado na minha cama,congelo na hora com medo dele reconhecer meu cheiro.

— Adam?Preciso ir ao banheiro.

Corro sem deixar ele falar e corro até o banheiro a fim de lavar meu rosto.  Ando sempre com uma pastilha halls preta no meu bolso desde que comecei a fumar.  Saio do quarto preuculada se deixei Adam desconfiado.

— Você tá me evitando?

Me alivio de imediato com sua reação, feliz por ele ter chegado a essa conclusão.

— Vanussa pode chegar a qualquer momento.
Eu quero beijar você

— Duvido.
POR favor,vamos sair.

— Vamos sair.

— Você vai comigo?
Óbvio
Sim?

Adam logo se levanta me beijando profundamente,e como eu amava isso... Precisava me controlar,sabia que podia ficar ousada as vezes.  Ele me leva até a sala de estar,onde fico envolvida em seu abraço no sofá

— Vamos sair amanhã?  — Pergunto com vontade que ele fique comigo.

— É fim de semana,claro que sim. Que tal irmos a uma biblioteca?

— Eu vou adorar,mas...

— Amor — Adam me interrompe,rindo da minha reação  — Depois quero te levar a um lugar.

— Qual?

— Surpresa!

Ao contrário das pessoas normais eu não odiava surpresa,fiquei empolgada com o que poderia ser.

— Você sumiu hoje, onde estava?

Fiquei calada,eu não odiava mais nada do que mentir pra ele. Eu não queria mentir,queria falar. Mas e se ele descobrisse depois? Não seria pior? O depois é sempre pior, a idéia de me imaginar longe dele dói, e é uma possibilidade.  Mal percebo e é estou chorando,arrependida por ter começado isso.

— Anna?O que foi?

— Mi-minha mão — Choro mais ainda,eu odeio tanto mentir pra ele — Fico frustrada em olhar pra ela,a falta dela,quer dizer.

— Tem certeza?

— Sim.

Escondo minhas lágrimas na cara dele,eu odiava estar errada. Mentir para alguém que eu amava era o cúmulo, me senti como os membros da sociedade. Me senti mentirosa e má.

— Você nunca vai me deixar,né?  — Pergunto quase num sussurro

— Não, Meanna.

— Eu nunca vou trair você.

— Eu sei.

— Eu amo você.

Logo que digo isso Adam levanta meu rosto e me beija suavemente, sem ligar para as pessoas que estão nos vendo.

— Nunca vou deixar você, nunca.

O último corteOnde histórias criam vida. Descubra agora