Finalmente era sábado!
Eu estava um pouco que feliz dessa vez,Manoela iria me buscar para ver o Adam. Ainda assim ela não me disse nada sobre o estado dele,mas de alguma maneira sei que ele está bem,sei que vai ficar bem.
- Eu posso ligar pra você no fim de semana? - Vanussa pergunta,lhe dou um sorriso
- Pode sim.
Tenho vontade de abraça-la, mas não sinto que tenho liberdade pra isso. Pego minhas malas e vou até o jardim da escola,onde Manu está me esperando,assim que ela me vê com recebida com um abraço
- Os dias pareciam que não passavam. - Digo quando ela me solta
- Digo o mesmo,o Adam sentiu sua falta.
Sorrio na mesma hora,isso é tão reconfortante
- Ele tá bem?
- Ainda não recebeu alta mas não está nada mal.
Sorrio novamente e vamos até a saída da escola,onde pegamos um táxi e vamos até um hospital. Eu estava exageradamente ansiosa pra vê-lo,eu não estava acostumada com a falta de sua presença,eu não sabia que precisava do sorriso dele para que meu dia valesse a pena,eu não imaginava que podia gostar dele tanto assim.
Enfim chegamos, minhas malas ficam no táxi para quando eu voltar.
- Eu falei para o pai dele que você viria - Ela explica - Mas relaxa que ele não é de todo ruim.
- Ok.
Estou apreensiva quando chego no hospital, olho para todas as portas com a esperança que ele esteja em alguma. Paramos onde tem uma homem sentado,não aparentava ter mais de 40 anos e aqueles olhos,só podia ser pai do Adam.
- Oi tio,essa é a amiga do Adam,a Meanna.
- Olá, minha querida - Ele me dá um sorriso amoroso que eu retribuo - Eu me chamo Nicolas,muito prazer em conhecê-la
- O prazer é meu.
Que coisa mais clichê de se dizer - eu penso - mas já disse então fique.
- O quarto de Adam é este aqui.
Manoela aponta para um quarto com o número 48.
- Você vai comigo? - Pergunto a Manoela
- Não precisa,ou precisa?
Balanço a cabeça negativamente enquanto eu abro a porta,espio para ver se Adam está acordado,ele está. E está tão lindo como nunca, eu me sinto perdida e tímida, em um mundo em que o central fosse ele e apenas ele. Me aproximo de sua cama
- Oi. - Digo
- Senti sua falta.
Eram só três palavras, eram coisas mínimas que mexiam tanto comigo,tudo que tinha a ver com ele mexia comigo
- Eu também senti a sua - Sorriso - Você tá bem?
- Melhor agora
- Meu deus Adam - Reviro os olhos - Essa cantada é bem velha.
- Coisa de Brasileiro.
- Pois é, coisa de Brasileiro.
- Senta aqui - Ele se abre um pouco de espaço pra mim na cama,sorrio e o faço - Como anda você e o Bruno?
Por que ele tinha de perguntar isso?
- A gente deu uma trégua esses dias - Respondo,ele parece confuso - Ele estava me consolando
- O que aconteceu com você?
- Você é retardado? - Reviro os olhos novamente - Meu melhor amigo foi atropelado,como acha que fiquei?
Ele parecia surpreso e ao mesmo tempo desapontado,o que ele esperava?
- Vocês voltaram?
- Não oficialmente.
- Você quer reatar?
- Não.
- Por que?
- Porque eu acho que não estou verdadeiramente apaixonada,Adam.
Eu queria dizer mais que isso,eu queria dizer a verdade mas seria impossível, mesmo que isso não fosse mentira. Por que as coisas eram sempre complicadas pra mim?
- Você parecia bem apaixonada.
- Muitas pessoas parecem muitas coisas.
Olho em seus olhos e por instante quase me perco,seu rosto era perfeito e eu queria tanto toca-lo,eu queria sentir seu rosto,sua mão....
- Obrigada - Ele diz finalmente - Obrigada por vir aqui,é importante.
- Que é isso,sou apenas mais uma de suas amigas,Adam.
- Não, você é especial, você entende?
Seus olhos estão com espectativa e eu não estou entendendo nada
- Entendo...?
- Esquece - Adam me dá um sorriso fraco - Quando vai sair?
- Na verdade agora - Digo me levantando - Preciso ir para casa.
- Você volta?
- Hoje eu não sei. Mas amanhã eu volto com certeza
- Amanhã é muito tempo.
Ele faz cara de chorão e eu sorrio, ele sempre me fazia sorrir
- Preciso ir...
- Meanna,vem aqui.
Me aproximo dele como pedido e ouço um gemido de esforço, Adam senta na cama e me abraça, retribuo seu abraço com todo o carinho que posso,com toda a saudade que tenho aguentado todos esses dias,com toda a força dos meus sentimentos por ele.
Espero que tenham gostado! E deixem comentários tanto com crítica quanto elogios, quem gostar eu peço que votem
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O último corte
Ficção Adolescente'' — Eu tenho medo de você nunca se apaixonar por mim. Seu abraço está mais fraco,ele continua chorando em meu ombro. Sua dor sufoca meu choque. — Não há nada a temer — Digo finalmente,mantendo a voz firme — Isso é impossível. '' Segunda temporada: ...