Capítulo dezenove

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Adam.
Foto Acima(Elenco 2/2)

Já é noite, já se passa horas que Meanna foi embora. Eu ainda não acredito,não acredito que pela primeira vez um sentimento chamado felicidade me achou,e também não acredito da forma que achou. Eu nunca me apaixonei,nunca foi do tipo de ter queda por garotas,meu pai pensava/pensa que eu era/sou gay. Mas acho que meu coração procurava pela pessoa certa... Meu deus,já estou clichê! Mas me parece um crime não me deixar afundar na felicidade. De pensar que tudo isso aconteceu enquanto eu estava no hospital,nunca estive tão ansioso para vê-la. Meanna, a minha Meanna.
Meanna

Então é hora de ir pra escola,e eu não sei se vou aguentar esperar o Adam voltar para vê-lo outra vez. Eu estava tão feliz,eu nunca me senti assim antes.

Arrumo minhas coisas e me despeço relutantemente de minha mãe e pego táxi pra ir para a escola. Eu estou com medo do que vou enfrentar, o dia anterior havia sido perfeito e eu teria que aguentar aquelas garotas outra vez,parecia injusto.

- Meanna,senti saudade!

Era Nycole,sua voz me enojava

- Vai para o inferno.

Sigo em frente ao meu quarto mesmo sabendo que ela está me seguindo

- Soube que seu namoro com Bruno acabou.

- Isso não é da sua conta.

Essa garota não desistia de me infernizar? Ela entrou no meu quarto!

- Vanussa, sai.

Nycole manda um olhar ameaçador a ela,que reaje com indiferença

- Esse quarto é meu,a idiota que vai sair daqui é você.

Nossa,eu estou no chão.

- Quem você pensa que é?

- Sou a garota que pensa que seus pais não gostariam de saber que tem uma filha como você.

Nycole me olha com uma cara de vai-ter-volta e sai. Estou sorrindo pra Vanussa

- O que foi?

- Você parecia gente falando assim com ela.

Então ela retribui meu sorriso,nunca conheci ninguém tão bipolar quanto ela.

- Como foi seu fim de semana? - Vanussa pergunta

- Foi perfeito.

- Fim de semana de Meanna Juliett perfeito? Por acaso você conheceu algum mangáka bonitão?

- Me poupe,Vanussa. - Reviro os olhos - Ainda assim não é da sua conta.

- Tá bom né, a escolha de contar é sua.

Eu sei que ela realmente não queria saber, Vanussa não é de ficar curiosa,nunca foi. Mas eu quero,quero muito dividir isso com alguém. Talvez eu devesse contar a Manoela,mas eu não consigo,talvez porque eles eram muito amigos?Será que eu iria atrapalhar alguma coisa?

Adam,Adam,Adam! Esse garoto não sai da minha cabeça, não quer deixar meu pensamento em paz. Eu não me sentia assim nem com Bruno... Por falar em Bruno, será que eu deveria falar com ele?Eu não o devo nada,pois a mensagem que ele mandou disse tudo,mas ele falou que deveríamos ser amigos,não é?
Adam
- Manu,sério,você deveria estar na escola.

- Não vou sair de perto de você - Ela bate na minha mão - Como foi a visita da Meanna?

- As visitas

- Ela veio domingo também?

- Veio.

Me pergunto se estou sorrindo como um idiota,é eu estou.

- Ela ficou louca quando soube o que aconteceu.

- Que bom,sinal que ela se preocupa comigo.

- Você se acha

- Eu não me acho,só quero que eu seja importante pra ela como ela é pra mim.

- Você fala como se estivesse apaixonado.

- Eu estou.

Não estranho a cara de surpresa da Manu,eu realmente não me apaixono. Eu faço amigos,rio e trato a vida sem importância nenhuma. Mas sim,eu estava apaixonado,estava débil por uma garota que conheço a menos de um ano

- Não acho que você esteja realmente apaixonado.

- Por que?

- Adam,você não se apaixona. E ela tem um passado é igual o seu e é sua amiga,estava com outro,você sentiu ciúme bobo e é só isso.

- Você acha que não sei dos meus sentimentos?

- Você é imaturo.

- Eu tenho mais maturidade que você!

Quem ela pensa que é?Eu sei dos meus sentimentos, e tive que passar por muita coisa pra saber como é amor. Eu só amei uma mulher na minha vida até a Meanna aparecer,e era minha mãe. É óbvio que são sentimentos completamente diferentes,mas eu sei por toda a intensidade que é. Eu não a quero como amigo,mas a aceito.

- Ela sabe?

- Sabe.

- Você se declarou?

- Sim.

- E ela?

Sorrio ao lembrar de suas palavras,tão doces a sua maneira. O médico entra no "meu quarto" com os "meus pais"

- Senhora Clarice e senhor Nicolas, seu filho já pode sair amanhã.

- DEUS SEJA LOUVADO!

Eu grito fazendo todos se viraremm pra mim,aceno um coração. Manoela bate na minha cabeça e me chama de mal-educado.

- Que é isso gente,eu só tô feliz.

Meu pai olha pra mim com uma cara assassina e logo se dirige ao médico

- Desculpe. Isso é muito bom,ele já vai poder ir pra escola?

- Bom,ele deve ficar de repouso. Mas como a escola que ele fica é interna... Mas eu aconselho que ele fique em casa?

- Você acha que pode ficar na escola,Adam?
Mais que pai!

- Claro,é melhor do que aguentar esse agarra agarra seu com a Clarice.

- Não diga isso!

Não creio que estou vendo alguém dessa idade corando.

- Você pode mesmo,Adam?

- Sim,pai.

E eu realmente quero, eu odeio ficar em casa,odeio ser a única pessoa que se importa com a perca de minha mãe. Meu pai não se importou nem um pouco,seu luto durou menos de 7 dias. Mas eu agora eu tinha uma nova chance de experimentar a felicidade,e eu ia aproveita-la.

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