Capítulo vinte e três - Bônus

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- Que bonitinha - Adam me dá um selinho - Eu adorei,você tem no celular?Eu queria ouvir.

Faço que sim com a cabeça e pego meu celular,empolgada que ele quis.

- A-aq

Tento continuar mas começo a tossir compulsavemente,não consigo parar. Minha garganta não para de doer e lágrimas brotam nos meus olhos,sai sangue da minha boca e do meu nariz,eu deveria saber que elas me feriram forte demais

- Meanna!

Paro de tossir mas não consigo respirar direito,acho que Adam me pegou no colo. Apaguei.

°°°

Sinto uma cabeça na minha mão, tento raciocinar o que estou vendo... Ele se mexe,tento abrir meus olhos mas eles estão fracos

- Meanna?

Conheço essa voz,óbvio que conheço. Insulto a mim mesma por não conseguir dizer seu nome

- Adam - Falo finalmente,me recuperando e me sentando na cama - O que tá acontecendo?

- Você tá na infermaria da escola, você tava muito mal.

Olho mais para seu rosto e vejo seus olhos vermelhos

- Você estava chorando?

- Você estava sangrando demais.

Sorrio de leve e o abraço, no fundo eu ficava feliz que ele se importava. Eu sempre tive medo de isso acontecer,é a terceira vez que isso acontece. Eu estava sempre sozinha,sempre acordava no meu quarto tentando raciocinar o que aconteceu, agora não. Eu não estava sozinha,eu não podia me sentir melhor

- Eu estou bem - Digo finalmente - Você não precisa se preocupar.

- Sua mãe vai vir aqui.

- O que?!

- O que aconteceu foi grave.

- Não foi nada,só aconteceu porque elas cortaram minha testa.

- Você ainda diz ? Se eu pudesse eu literalmente as mataria,não teria dó tem ressentimento depois.

Sorrio novamente, ele estava ali e estava comigo. Coloco a mão em seu rosto o alisando, tentando saber que aquilo era real,que eu estava com alguém especial. Sinto uma imensa vontade de chorar ao toca-lo,parece um sonho tão bonito. Minha única companhia era meu caderno e minha mente,um amigo e uma inimiga. Eu não posso ficar sozinha com ela,não posso deixar que ela me domine. É simplesmente má, está sempre dizendo que estou errada, que sou fraca,feia,deveria morrer.

- Eu te amo. - Adam diz,pegando minha mão e a beijando. Pego seu rosto entre as mãos e o beijo,tentando confirmar de todas as maneiras que isso é real. Sua mão percorre o meu braço, o alisando com carinho. Eu poderia ficar daquele jeito pra sempre,o sabor de Adam embriagava quem o sentia.

- Quando minha mãe vem? - Pergunto ainda abraçada com ele,não quero o soltar nunca mais.

- Eu liguei pra ela nesse instante,você mora longe né?

- Infelizmente.

- Você precisa me apresentar a sua mãe como namorado.

- Adam... - Coro com o pensamento - Isso é difícil...

- Por que?

- Ela sabia do meu casinho com o Bruno.

- Más lembranças - Ele revira os olhos - Espero que sua mãe não se importe de ter a filha galinha.

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