Música acima escolhida pelo Sr. Franco:
Eram quase 06:00pm quando o sol desapareceu entre as nuvens e o vento calmo soprava em direção ao norte do estado. As folhas caíam sobre calçadas e as pessoas entravam em suas casa depois de um longo dia de trabalho.
Melinda desceu os degraus da escada vestindo uma calça na cor preta de tecido fino e justa em seu corpo. Ela usava uma camiseta cinza e calçava um par de tênis esportivos.
Ao adentrar na cozinha ela se deparou com Jane tomando uma xícara de café preto e aparentava não ter qualquer vestigio de leite ou açúcar na bebida.
- Vai correr uma hora dessa? - perguntou Jane.
- E você bebendo café a essa hora da tarde? - rebateu Melinda.
Jane não disse uma palavra sequer, apenas voltou a tomar seu café quente enquanto assistia a filha colocar os fones de ouvidos que estavam conectados no seu pequeno mp3 que armazeva um cartão de memória com todas as músicas que baixou há alguns dias atrás. Melinda não deu importância por ver a mãe lúcida em um horário que costumava estar embrigada e cambaleando sobre os móveis da casa.
Ao passar pela porta da frente e fechá-la atrás de si. Ela notou que Evan estava descendo de seu Fiat Uno na cor vermelho com a maleta marrom que levava para o escritório de advocacia. Melinda percebeu que ele continuava a observando e quando percebeu que Ingrid ja aproximava-se do marido, a loura começou sua a corrida pela Rose's Blue's.
Enquanto corria sobre a calçada, ela conseguia sentir os olhos de Evan sobre suas costas, mas com a presença da esposa ele não iria fazer nada. Melinda fechou os olhos por milésimos segundos e concentrou-se na música With Love de Christina Grimmie que penetrava sua mente enquanto a imagem de Edward aparecia com uma névoa no escuro.
Os passos de Melinda mantiveram a mesma velocidade de antes, a respiração estava controlada e o suor já começa a escorrer pelo seu rosto. Porque ela lembrava do quão desejou que ele tivesse telefonado na manhã em que acordou sem vê-la do outro lado da cama dele.
Melinda sentiu o vento forte sair do túnel há poucos metros de distância a sua frente e arrancar as folhas secas das árvores que ficavam na floresta a sua direta. Ela passou pelo túnel e percorreu pelo vasto escuro durante trinta e nove segundos enquanto suas memórias se tornavam mais nítidas e constantes.
Após sair do túnel, Melinda virou a direita e adentrou na floresta onde enormes árvores se distanciavam o suficiente para seus galhos não roçar com os das outras. Enquanto pisava sobre as folhas secas e pedaços fino de madeira quebrados que cobriam grande parte da terra escura, ela sentia seu coração acelerar como rápidas batidas de tambor.
Melinda percorreu pelas árvores durante longos minutos até descer o pequeno relevo coberto por folhas e avistar a cabana do Cisne Negro. Ela costumava correr para aquele casebre feito de tábuas antigas para escrever ou fugir de tudo que podia lhe machucar internamente.
Ao passar pela porta da cabana, Melinda ligou a luz e notou que a poeira ja havera coberto grande parte dos móveis. Ela afastou as cortinas escuras e assistiu as nuvens cinza e nenhum feixe da luz solar através da vidraça.
Após limpar toda a casa, Melinda se desfez de suas roupas e enrolou seu corpo nu em um toalha de banho na cor rosa. Ela passou pela porta da frente e com os pés descalços ela percorreu o caminhi coberto pelas folhas que cervavam toda a floresta.
Há poucos passos, ela avistou o lago de cor verde escuro e água tranquila onde ela costumava cantar para os cisnes negros que ficavam sobre a superfície. Melinda era criança quando frequentava aquele local com sua mãe, mas isso foi antes de Jane amanhecer e adormecer embriagada e demorar chegar do serviço.
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O Soneto Do Cisne Negro
Mistério / SuspenseAlguns segredos não devem ser revelados; Algumas mentes não devem ser estudadas; Algumas pessoas não devem ser tocadas. A história se sucede em um dos anos mais chuvosos na cidade de Paris, localizada na França. Quando Melinda denuncia seu ex-namor...