07

211 29 58
                                    

BÁRBARA

- mais isso não faz sentido Babi! - Victor disse colocando o cinto de segurança.

- claro que faz sentido Augusto! - eu retruquei dando partida no carro.

- não tem como você acusar meus colegas de trabalho sem provas! - o policial falou indignado.

- eu não estou acusando Augusto, eu apenas coloquei eles como suspeito.

- eu ainda acho isso errado. - ele cruzou os braços feito uma criança fazendo birra.

- Você não acha estranho a policial Carolina tentar segurar os policiais no assassinato da criança?,e esse Leonardo ter achado o exame assim do nada?, você pelo menos perguntou a ele onde ele achou isso? - perguntei.

Ele ficou calado, claramente ele não havia perguntado.

- Como é que você não fez essa pergunta Augusto? É de extrema importância! - disse estacionando o carro de frente a uma cafeteria.

- sei lá eu.... Não me passou pela cabeça. - ele tirou o cinto e desceu do carro, fiz o mesmo, e logo entramos e fizemos os pedidos.

- Você deveria começar a pensar! - eu o repreendi.

- você deveria começar a pensar. - me imitou com voz fina e logo mostrou a língua. - chata.

Respirei fundo.

- onde ela está Augusto? - perguntei.

- sei lá deve está fazendo ronda...

- Augusto... - eu o olhei sério, ele era péssimo com mentiras.

- tá, tá bom, ela tá na reunião do chefe, daqui uns 40 minutos acaba. - eu disso olhando no meu relógio.

Eu não disse nada apenas assenti, logo a moça trouxe os nossos pedidos, ele colocou dois cafés na mesa, os pães de queijo do Victor, e meu pedaço de bolo de morango.

- você adora bolo de morango não é? - ele disse vendo eu concentrada no meu bolo.

Sorri com sua pergunta, ele ficou me olhando, então logo fechei a expressão de novo.

- você fica mais bonita quando sorri. - ele disse, confesso que fiquei com vergonha, mas tentei não transparecer, mas provavelmente minhas bochechas vermelhas deve ter me entregado.

- bolo de morango me faz lembrar minha irmã. - eu digo mudando de assunto.

- irmã? Sempre achei que você fosse filha única. - ele disse comendo seu pãozinho.

- e sou! Quer dizer, agora eu sou. - eu disse lembrando de tudo que havia acontecido.

- oque aconteceu? - perguntou.

Eu me calei.

Não queria falar disso, de uma certa forma, ainda me doía.

Ele pareceu intender meu silêncio, então não disse nada por uns minutos.

- sabe, eu perdi meu melhor amigo em um acidente de carro. - ele comentou.

Eu não disse nada, apenas fiz sinal para que ele continuasse.

- no começo eu não queria acreditar, eu pensava que estavam fazendo uma brincadeira de mal gosto comigo quando me ligaram do hospital.

Ele pareceu triste em falar, mais mesmo assim não parou.

- eu lembro que eu fiquei em estado de choque, chorei por dias, no dia de seu interro, eu não consegui parar de chorar por um minuto, ele realmente foi bom pra mim.

Disse e logo se calou.

- eu sinto muito... - foi tudo que eu podia dizer.

- tudo bem. - ele sorriu de lado. - eu tô superando.

- não se supera uma morte Victor. - ele me olhou. - se aceita.

Eu disse e logo levantei antes que ele dissese algo.

Paguei oque nós consumimos e logo fiz sinal para que ele voltasse para o carro.

Fomos o caminho inteiro em silêncio.

Chegamos e fomos até a tal Bianca.

- Ah, olá Vic oque deseja? - a whistleblower diz.

Vic? O quão próximos eles eram?

- Olá thaiga, onde está Carolina? - ele pergunta.

- acabou de sair da reunião, está revisando alguns papéis criminais. - ela disse concentrada em seu computador.

- ótimo, me faz um favor? Mande Carolina ir até meu escritório por favor?

- claro. - ela sorri. - bom trabalho. - ela diz para mim e pra Victor.

Eu e ele apenas faz um aceno e fomos pra nossa sala.

- desnecessário em. - ele diz sentando em sua cadeira.

- do que?

- eu vi você fechando a cara pra Thaiga. - ele me olha.

Eu não digo nada, apenas separo uns papéis.

Logo escutamos uma batida na porta.

- que comece o interrogatório.

ℭ𝔯𝔦𝔪𝔦𝔫𝔞𝔩 𝔠𝔞𝔰𝔢Onde histórias criam vida. Descubra agora